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5 vícios comuns que você precisa eliminar agora da sua redação

Expressões difíceis usadas incorretamente, fórmulas prontas, duplos sentidos. Veja como evitá-los

Por Claudia Gasparini, de EXAME.COM
Atualizado em 17 abr 2019, 18h08 - Publicado em 11 ago 2016, 19h20

Num mundo dominado por e-mails, redes sociais e aplicativos de mensagens como o WhatsApp, a comunicação escrita ocupa um espaço central no cotidiano. Mais do que nunca, é preciso saber escrever com objetividade, clareza e coerência.

Ter uma boa redação não é um “luxo” dispensável: a competência é decisiva para o sucesso em qualquer área profissional que você decidir seguir.

“A excelência na escrita tem impacto direto sobre a carreira”, diz Rosângela Cremaschi, professora de comunicação da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e consultora na RC7. “É comum que ela se traduza em promoções, aumentos salariais e visibilidade no mercado de trabalho”.

Mas como aperfeiçoar a sua redação? Um bom começo é conhecer alguns vícios muito comuns, mas fáceis de eliminar, como os que você verá a seguir:

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1. Usar expressões “difíceis” (que não significam o que você pensa)

Quem nunca leu algo como “Essa questão deve ser discutida junto ao departamento de RH”? Segundo Cremaschi, a expressão “junto a” significa “perto de”. Pode até parecer mais culto dizer que você discutiu a questão junto ao departamento, mas isso não faz sentido: escreva simplesmente que a discutiu com o departamento.

Posto que” é outra expressão elaborada que muita gente emprega equivocadamente, afirma Diogo Arrais, professor de português do Damásio Educacional. O sentido correto é adversativo (como “embora”), e não causal (como “já que”). A norma culta prevê que você diga algo como “Posto que estivesse chovendo, fui à praia”, e não “Posto que fizesse sol, fui à praia”.

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Outro exemplo é a palavra “assertivo“, muito usada no discurso corporativo com o sentido de “preciso”, “exato” e “correto”, talvez pela semelhança sonora com a palavra “acerto”. O significado, porém, é outro: uma pessoa assertiva é aquela que expõe e defende suas ideias com firmeza, autoconfiança e vigor.

2. Insistir em fórmulas prontas

Segundo o professor Diogo Arrais, do Damásio Educacional, muitas pessoas ainda enfeitam suas redações com frases consagradas, que pouco ou nada acrescentam à mensagem. Exemplos típicos da correspondência profissional são “Venho por meio desta” ou “Sem mais para o momento”.

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Além de soarem pouco naturais, essas fórmulas alongam o texto desnecessariamente e criam barreiras para a compreensão do seu recado. Quer manter um diálogo mais claro e genuíno com o seu leitor? Revise seu texto e corte todas as frases e expressões que estão ali só por convenção.

3. Repetir, repetir, repetir

“Muita gente acredita que, para que o interlocutor compreenda bem sua mensagem, é preciso ‘reforçar’ o texto com a repetição de informações e palavras”, diz Cremaschi. Na verdade, é o contrário: a redundância só serve para cansar e desconcentrar o outro.

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Para sanar o problema, a dica é usar conjunções, como “entretanto”, “porém” e “embora”, e pronomes relativos, como “dos quais”, “onde” e “cujo”, que criam conexões entre as ideias e dispensam a necessidade de retomá-las várias vezes.

Pesquisar sinônimos para as palavras que precisam ser repetidas também é interessante, recomenda Arrais. O dicionário não é o “pai dos burros”, como se costuma dizer, mas o aliado dos curiosos.

4. Ignorar possíveis duplos sentidos

Na frase “A diretora discutiu com o gerente o seu descontentamento com a equipe“, de quem é o descontentamento: da diretora ou do gerente? Desprovida de recursos como o tom de voz e as expressões faciais, a comunicação escrita é especialmente suscetível a mal-entendidos. Um erro bastante comum é negligenciar esse risco, deixando de ler o texto com o olhar do interlocutor.

“Ao escrever, dê uma pausa, vá buscar um café e depois o releia, a fim de checar se não há dupla interpretação”, diz Cremaschi.

Cuidar da pontuação também ajuda a evitar a ambiguidade. Basta ver a diferença entre “Pegue o livro, que está na gaveta” e “Pegue o livro que está na gaveta”. No primeiro caso, há um único livro, e seu lugar é a gaveta. No segundo, pode haver vários livros, mas apenas o que está na gaveta deve ser pego.

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5. Cometer velhos erros

Mesmo profissionais de alto gabarito hierárquico escorregam em velhos tópicos de gramática, endereçados desde os tempos de escola. Os verboshaver” e “fazer” são exemplos típicos. Muita gente já sabe que ambos devem permanecer no singular quando têm sentido de existência ou tempo transcorrido. No lugar de “Fazem dois anos” e “Haviam dados”, deve-se escrever “Faz dois anos” e “Havia dados“. Mas a forma incorreta ainda aparece em muitos textos, diz Cremaschi.

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