Texto publicado em parceria com o Politize!
Lampião, o lendário líder do cangaço no nordeste do Brasil, é uma figura que até os dias de hoje desperta fascínio e curiosidade. Sua vida cheia de aventuras, batalhas e romances, terminou de forma trágica em 1938, em um dos episódios mais emblemáticos da história política do Brasil. Rodeada de mistérios, o desfecho dessa trama se iniciou com um ensaio fotográfico que despertou a ira de um ditador e deu início à caçada pelo cangaceiro.
Lampião: O Rei do Cangaço
Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como Lampião, nasceu em 1898 no sertão nordestino do Brasil. Cresceu em uma região marcada pela seca e pela pobreza extrema, o que moldou seu destino como líder do cangaço.
Em 1922, após sua família ter sido alvo de abusos por parte de policiais locais em sua região, Lampião assumiu a liderança de um grupo de cangaceiros e iniciou uma carreira criminosa que abalou os sertões nordestinos. Sua fama se espalhou rapidamente, e em pouco tempo seus feitos no combate o tornaram uma figura lendária.
A caçada a Lampião
À medida que a violência do cangaço crescia, as autoridades brasileiras intensificaram seus esforços para capturar Lampião e seu bando, mas sempre sem sucesso. Durante anos, Lampião conseguiu escapar de inúmeras emboscadas e perseguições, mantendo-se à frente de seus perseguidores.
No entanto, em julho de 1938, as autoridades finalmente obtiveram informações que revelavam o paradeiro de Lampião. O tenente João Bezerra liderou uma missão ousada para capturar o cangaceiro e pôr fim à sua carreira criminosa. A Grota do Angico, no sertão de Sergipe, foi escolhida como local para a emboscada.
Lampião e seu bando foram surpreendidos pela polícia em uma fazenda em Sergipe. A tropa de 48 policiais de Alagoas metralhou todos os 34 cangaceiros, matando 11 deles no local, entre eles Lampião e sua companheira, Maria Bonita.
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Tudo começou com uma foto
No entanto, essa história começa um pouco antes, em 1936, quando o fotógrafo Benjamin Abrahão Botto conseguiu de Lampião a autorização para acompanhar seu bando e realizar um ensaio fotográfico com os cangaceiros. As fotos foram parar nos jornais, despertando a fúria de autoridades que dariam início a caçada pelo Rei do Cangaço
No segundo episódio da série Sobreposição, a Politize! conta detalhes dessa história e explica como esse estranho ensaio fotográfico foi responsável pelo trágico destino de um dos mais polêmicos nomes da história do Brasil.
Assista abaixo:
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