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A técnica cientificamente comprovada que ajuda a ser mais criativo

A escritora Agatha Christie já dizia que uma pequena dose de preguiça não faz mal a ninguém! Entenda a ciência por trás da ideia

Por Taís Ilhéu
11 mar 2025, 15h00
criatividade agatha cristhie
 (Canva/Wikimedia commons/Reprodução)
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A satisfação de memorizar uma frase famosa ou aplicar uma fórmula complexa não tem preço. No entanto, há uma sensação ainda mais especial: descobrir a solução para um problema que ninguém mais conseguia resolver. Ser criativo tem um apelo especial, muitas vezes visto como um talento inato, quase mágico. Mas, na verdade, a criatividade pode ser desenvolvida, assim como qualquer outra habilidade. E o que é mais fascinante: existem técnicas cientificamente comprovadas para isso.

É possível fazer parte do clube dos criativos, mas antes é preciso primeiro abrir mão de um certo pilar da sociedade super produtiva em que vivemos: o foco. Ué, ser uma pessoa focada não é positivo?! Calma que a gente explica melhor.

Nos anos 1950, o psicólogo e pesquisador J. P. Guilford conduziu os estudos pioneiros sobre a criatividade, e compreendeu que nosso raciocínio opera em dois modos.

O convergente é aquele focado, no qual seguimos um único caminho lógico para solucionar um impasse. Já o divergente é bagunçado, faz conexões malucas e explora vários caminhos ao mesmo tempo. É neste último que mora a criatividade (você pode ler mais sobre a pesquisa nesta matéria da SUPERINTERESSANTE).

O fato é que bem antes de Guilford ou de outros pesquisadores começarem a engatinhar pelos estudos da criatividade, uma das mentes mais brilhantes da literatura já tinha, intuitivamente, chegado à mesma conclusão. “Não acho que a necessidade seja a mãe da invenção”, afirmou Agatha Christie em sua autobiografia. “A invenção, na minha opinião, surge diretamente do ócio, possivelmente também da preguiça”.

+ A outra profissão (bem comum) de Agatha Cristhie antes de se tornar uma lenda da literatura

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Preguiça moderada

Pois é, Agatha Christie, autora de mais de 80 livros repletos de reviravoltas brilhantes, não dependia de longas horas sentada à mesa para criar suas histórias. Pelo contrário: suas ideias mais geniais surgiam durante atividades cotidianas simples, como tomar banho ou mudar constantemente de ambiente enquanto escrevia. Para ela, o ócio era essencial para inventar. Mais tarde, no entanto, os cientistas foram mais precisos ao delimitar os limites desse ócio.

Em 2012, o pesquisador em psicologia e neurociência Benjamin Baird, da Universidade do Texas, resolveu fazer um experimento. Ele aplicou um dos mais famosos testes de criatividade para um grupo de participantes, que deveriam analisar um objeto e dar o maior número de sugestões de uso para ele.

Depois de alguns minutos, dividiu o grupo em três e submeteu todos a um período de incubação.

Durante 12 minutos, uma parte deles pôde descansar livremente, sem fazer nada. O outro terço foi submetido a uma tarefa repetitiva e que exigia pouco esforço mental, que era classificar números entre par e ímpar. Por fim, o último grupo passou por uma tarefa mais complicada em que deveria memorizar alguns números.

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+ O cientista que inventou uma técnica para aprender qualquer coisa

Depois dessa incubação, todos voltaram para a tarefa inicial de dar uma função para o objeto aleatório. Adivinha quem obteve o melhor desempenho? O grupo do meio! Eles tiveram um aumento de até 40% na sua criatividade, muito provavelmente porque suas mentes puderam operar em um modo difuso – ou seja, sem muito foco e vagando livremente.

O problema do primeiro grupo, que ficou ocioso demais, é aquele velho ditado que você já deve ter ouvido por aí: mente vazia, oficina do diabo. Quando não estamos fazendo absolutamente nada, a tendência é que nossa mente foque em um único tema, de forma detalhada e quase obsessiva.

Já o terceiro grupo passou a trabalhar em modo convergente, mas com outro tema, sem deixar espaço para refletir sobre o desafio inicial.

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Não é à toa que Agatha Christie teve suas melhores ideias enquanto fazia atividades cotidianas: de acordo com a ciência, essa parece ser a medida exata da criatividade.

E como aplicar tudo isso?

Você pode não ter a intenção de escrever o romance do século ou pintar uma obra de arte, mas exercitar a criatividade ajuda com inúmeras tarefas cotidianas. Quer um exemplo? Pense naquele desafio de Matemática que o professor passou na última aula e você não consegue resolver de maneira alguma.

Uma possível explicação para isso – se você já entendeu e dominou o conteúdo, é claro – pode ser o seu modo de resolvê-lo, com a mente no modo convergente. Nesta chave, quase sempre enxergamos apenas um caminho para a resolução, e quando ele dá errado, não restam alternativas.

Para ativar o modo difuso da mente, experimente fazer uma pausa estratégica e realizar tarefas simples e repetitivas que permitam à sua mente divagar livremente. Pode ser lavar uma louça, organizar uma gaveta ou qualquer outra tarefa manual. Provavelmente, você voltará mais leve e criativo para a Matemática!

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+ Como estudar matemática do zero

Com esses ajustes, o texto pode ganhar maior clareza, impacto e profissionalismo sem perder sua essência envolvente!

Se este ‘branco’ ocorrer no momento de uma prova, como o Enem, a dica de professores é mudar para disciplinas e questões que você tem mais facilidade, em que a mente possa trabalhar quase no automático. Mais tarde, volte para a pergunta difícil e veja se novas possibilidades de resolução surgiram!

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A técnica cientificamente comprovada que ajuda a ser mais criativo
A escritora Agatha Christie já dizia que uma pequena dose de preguiça não faz mal a ninguém! Entenda a ciência por trás da ideia

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