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Como melhorar a memória: o jeito surpreendente descoberto por cientistas

É uma forma simples de fixar novos conhecimentos, que promove benefícios até para quem possui danos neurológicos

Por Redação do Guia do Estudante
6 dez 2020, 10h03

Quando se pensa em como melhorar a memória, o que vem à cabeça é se concentrar sem parar em um assunto em questão. É o jeito mais eficiente, certo? Segundo cientistas, esse raciocínio está errado: é o contrário que impulsiona a memorização. Segundo a BBC, descobertas recentes nesse campo mostraram que tirar pausas para fazer, literalmente, nada, ajuda imensamente na hora de memorizar algo.

No entanto, para isso, é importante ter o mínimo de “interferência” durante essas folgas. Ou seja, é preciso evitar deliberadamente qualquer atividade que possa prejudicar a formação da memória. Isso inclui checar o e-mail, redes sociais e ouvir música, por exemplo. Essas vantagens, de acordo com as pesquisas científicas, se estendem às pessoas que têm amnésia e alguns níveis de demência.

Estudos relacionados ao longo dos anos

Os benefícios do “descanso sem perturbações” foram documentados pela primeira vez em 1900, pelo psicólogo alemão Georg Elias Muller. Em seu experimento, o grupo que teve suas “baterias mentais” recarregadas com um descanso depois de estudar conseguiu lembrar de 50% do que precisava, contra 28% do grupo que não teve pausa. 

Em 2000, os efeitos foram mais profundamente investigados por Sergio Della Sala, da Universidade de Edimburgo, e Nelson Cowan, da Universidade de Missouri. A equipe estava interessada em descobrir se a interferência reduzida durante o break poderia melhorar as memórias de pessoas que sofreram uma lesão neurológica, como um derrame.

Embora os dois pacientes com casos mais graves de amnésia não tenham apresentado benefícios, os outros triplicaram o número de palavras que conseguiram lembrar. Os resultados ficaram entre 14% e 49%, colocando-os quase na faixa de pessoas ​​sem danos neurológicos.

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Michaela Dewar, uma aprendiz de Della Sala e Cowan, liderou vários estudos de acompanhamento, replicando as descobertas em muitos contextos diferentes. Suas pesquisas revelaram que a vantagem é duradoura e beneficia tanto jovens quanto idosos. Além de sobreviventes de AVC, as pessoas nos estágios mais precoces e mais leves da doença de Alzheimer também se beneficiam das pausas sem interrupções.

Não ter perturbações ou realizar atividades durante a pausa, porém, é tão importante, que até “sonhar acordado” muito profundamente pode atrapalhar. Um dos estudos, em que os participantes imaginavam um evento passado ou presente quando descansavam, resultou em diminuição da capacidade de relembrar. “Por isso, pode ser mais seguro evitar qualquer esforço mental concertado durante o tempo de inatividade”, destaca a BBC.

Como melhorar a memória, de acordo com as conclusões científicas

Hoje é bem aceito entre os estudiosos o fato de que quando as memórias são inicialmente codificadas, elas passam por um período de consolidação que as armazena a longo prazo. Antes, pensava-se que isso acontecia apenas durante o sono. Porém, Lila Davachi, uma pesquisadora da Universidade de Nova York, descobriu que o cérebro promove atividade neural de memorização similar durante períodos de descanso “acordado”.

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Programar períodos regulares de descanso, sem distrações, pode ajudar a memorizar um novo aprendizado com um pouco mais de garantia. “Você pode inserir esses intervalos de 10 a 15 minutos dentro de um período de revisão”, diz Aidan Horner, da Universidade de York, autor de pesquisas sobre a memória com estudantes. “E isso pode ser uma maneira útil de fazer pequenas melhorias em sua capacidade de relembrar”.

Este texto foi originalmente publicado no portal Na Prática, parceiro do Guia do Estudante.

 

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