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Como o ‘hormônio da felicidade’ pode te ajudar a aprender melhor

Só de se imaginar recebendo uma nota dez, seu desempenho pode ser melhor na prova de matemática. Entenda!

Por Ludimila Ferreira
14 Maio 2024, 10h00
ser feliz ajuda nos estudos
 (Canva/Guia do Estudante/Reprodução)
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O nível de dopamina no cérebro pode estar diretamente ligado ao bom desempenho nos estudos – pelo menos é o que afirmam alguns pesquisadores. Conhecida como hormônio da felicidade, ela atua em uma longa listagem de funções do corpo, e pode até ajudar a aprender melhor quando está equilibrada. Ela  é produzida naturalmente pelo organismo, mas costuma aceitar uma ajudinha para funcionar melhor.

A liberação de dopamina por vir desde o consumo de chocolate, de uma música animada ou do simples pensamento positivo sobre o resultado de um exame.

Entenda o que é este hormônio, como funciona no cérebro e maneiras de auxiliar na sua liberação para ir bem nos estudos.

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O que é a dopamina

A dopamina, um dos quatro hormônios do bem-estar, é frequentemente associada a ações que levam a recompensas. O sistema de recompensas do nosso cérebro libera dopamina quando realizamos determinadas atividades, dando uma sensação imediata de felicidade e prazer. O mecanismo foi essencial para a sobrevivência da espécie – afinal, por que nos alimentaríamos se isso não gerasse em nós uma sensação prazerosa?

Um exemplo simples é comer chocolate. De acordo com estudos, o chocolate tem poder de liberar 55% de dopamina no cérebro. É claro que isso não quer dizer que a partir de hoje você vai estudar com uma barra de chocolate do lado, porque tudo em excesso faz mal – e falaremos mais disso adiante.

O fato é que, compreendo como o sistema de recompensa e a dopamina operam, você pode dar uma forcinha para seu cérebro durante os estudos. Entre os possíveis benefícios desse hormônio estão o auxilio no aprendizado e na concentração, e até a manutenção do sono e do humor. Já mostramos aqui no GUIA DO ESTUDANTE como dormir bem ajuda nos estudos, está lembrado?

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Ações que liberam dopamina

1. Pensar positivo

De acordo com o autor do livro “O Jeito Harvard de Ser Feliz”, Shawn Achor, o principal propulsor da felicidade são as emoções positivas. Para ele, a felicidade é, acima de tudo, um sentimento. “Emoções positivas inundam o nosso cérebro com dopamina e serotonina, substâncias químicas que não apenas fazem nos sentir bem como também sintonizam os centros de aprendizado do cérebro em um patamar mais elevado”, aponta o pesquisador.

Estas emoções ajudam a organizar informações novas no cérebro, mantêm o assunto por mais tempo na mente e facilitam o acesso à elas no futuro, possibilitando pensar com mais rapidez e criatividade. Além disso, desenvolver emoções positivas torna a pessoa uma solucionadora de problemas muito mais hábil. Logo, pensar no resultado positivo da prova enquanto ainda a executa pode ajudar a ir bem, já que o estudante estará mais concentrado.

2. Exercitar-se

Praticar exercícios físicos libera não apenas a dopamina, como a endorfina, outro hormônio do bem-estar. Mantendo a saúde mental e física em dia, essa combinação vai deixar o estudante mais criativo e preparado para encontrar soluções matemáticas ou até escrever uma redação melhor.

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O ideal é praticar exercícios diariamente, não só para a liberação de dopamina, mas para restaurar musculatura, articulações e circulação do corpo após horas de estudos sentado na mesma posição. Neste outro texto do GUIA, Jaime Kuk, professor de Biologia do Cursinho do XI e especialista em práticas terapêuticas chinesas, afirma que o ideal são exercícios de 5 a 10 minutos durante os estudos e antes das provas do vestibular.

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3. Comer chocolate – ou pelo menos pensar nele

Prefira os chocolates 70% cacau, que têm menos açúcar e mais nutrientes. Ingerir chocolate, principalmente o amargo, ajuda a aumentar o fluxo sanguíneo para o cérebro e também traz outros benefícios para a saúde, como redução da pressão arterial.

Está evitando o docinho? Tudo bem! Saiba que a dopamina é um neurotransmissor bastante ansioso e também aprende rápido: se você já comeu chocolate alguma vez na vida, a simples memória dessa experiência pode fazer com que o hormônio seja liberado. Ou seja, pense no chocolate e inunde-se de dopamina!

4. Meditar

Com benefícios para a saúde mental, o ato de reflexão melhora o foco e a concentração, além de promover o bem-estar emocional e melhorar a qualidade do sono – e claro, libera dopamina, que também faz com que a pessoa se concentre no que precisa ser feito.

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5. Ouvir música

De preferência, ouça músicas animadas. De acordo com e médica psiquiatra Jéssica Martani, em entrevista para O Estado de S. Paulo, os acordes musicais estimulam o circuito do prazer cerebral – o sistema de recompensa –, que processa a informação relacionada à sensação de satisfação, como acontece com o chocolate ou outros alimentos. 

“Os benefícios ainda vão além e podem ajudar a ampliar e facilitar a aprendizagem do jovem que escuta música ao estudar, por exemplo. Os sons podem favorecer muito o desenvolvimento cognitivo e sensitivo, envolvendo o aluno de tal forma que ele realmente cristalize na memória uma situação”, completa a médica.

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Cuidado com os excessos

Rolar a timeline do TikTok, por exemplo, libera dopamina, mas nem por isso é uma ação positiva. As redes sociais, de maneira geral, são uma abundante fonte do neurotransmissor, mas essas ações, assim como excesso de chocolate, podem virar vícios e te distrair do ponto principal, que são os estudos.

Anna Lembke, psiquiatra da Universidade Stanford, aponta em entrevista à BBC News Brasil que quando a dopamina é liberada e seus níveis sobem em resposta a algo que ingerimos ou fizemos, o corpo sente prazer, recompensa e euforia. Mas assim como existe uma subida nos níveis de dopamina, ela também desce, com o corpo tentando equilibrar os hormônios.

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Isso significa que logo após o boost de ‘felicidade’, vem a sensação de abstinência que pode ser maior ou menor dependendo da ação que causou a subida da dopamina. Por esta razão, é preciso tomar cuidado com o que se utiliza para dar essa bomba de energia ao cérebro.

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