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Conheça os 12 presidentes da República Oligárquica no Brasil

Se você conseguir relacionar os nomes aos fatos mais importantes, já vai conseguir responder muitas questões sobre o assunto

Por Redação do Guia do Estudante
Atualizado em 19 jun 2019, 17h04 - Publicado em 8 out 2014, 20h36

(Antes de começar o texto, gostaria de esclarecer o porquê de colocar 12 em vez de 11 presidentes. O 12º, Júlio Prestes, foi eleito em 1930, mas não tomou posse. Achei interessante colocá-lo aqui porque um projeto de lei que inclui o nome do presidente eleito na galeria dos presidentes da República foi aprovado em agosto desse ano pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte e agora segue para Plenário do Senado. Júlio Prestes foi eleito em 1930, mas foi impedido de tomar posse por conta do movimento histórico conhecido como Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder. A justificativa do projeto é “reparar um dano” causado a Prestes na época. Dificilmente isso vai cair no vestibular, mas só por curiosidade: ele é o único presidente eleito pelo voto popular a ser impedido de tomar posse.)

Depois desse parênteses gigante, vamos ao texto. Como eu prometi no texto sobre as 7 características mais importantes da República Oligárquica, vamos falar dessa vez sobre os presidentes do período. Essa é a parte mais chata de estudar, na minha opinião. São muitos nomes e datas. O único consolo é saber que o vestibular não é mais decoreba (na maioria dos casos), então, se você conseguir relacionar os nomes aos fatos mais importantes, já vai conseguir responder muitas questões sobre o assunto. Minha dica: Não entre em pânico para decorar essa lista.

– Veja as fotos de todos os presidentes que o Brasil já teve

Conheça os 12 presidentes da República Oligárquica no BrasilPrudente de Morais, em pé, no centro, foi o primeiro presidente civil do país (foto: reprodução/Museu da República)

1) Prudente de Morais (1894-1898)

Paulista, foi governador da província de São Paulo em 1898. Em seu governo com presidente, enfrentou a ocupação da Ilha de Trindade pelos ingleses, pacificou o Rio Grande do Sul (que estava vivendo a Revolta Federalista) e teve que lidar com rebeldes de Canudos (vamos ter um post só para falar sobre os movimentos revolucionários do período, não perca!).

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2) Campos Salles (1898-1902)

Paulista, foi ministro da Justiça no governo de Deodoro da Fonseca (República da Espada), período no qual ele instituiu o casamento civil e reformulou o Código Penal. Como presidente, incentivou a cafeicultura, resolveu conflitos de fronteira entre o Amapá e a Guiana Francesa e iniciou negociações com a Bolívia para a anexação do Acre. Foi o responsável por instituir o esquema político conhecido como política dos governadores (leia mais aqui).

3) Rodrigues Alves (1902-1906)

Paulista, foi duas vezes ministro da Fazenda antes de se tornar presidente. Manteve a política de apoio ao café, batizada de “socialização das perdas”: sempre que o preço do produto caía no mercado internacional, o governo reduzia a taxa cambial, desvalorizando a moeda e aumentando, assim, o lucro dos cafeicultores. Fracassou na tentativa de sanear o Rio e enfrentou a Revolta da Vacina, em 1904 (guardem esse nome. Alves voltaria a ser eleito presidente em 1918).

4) Afonso Pena (1906-1909)

Mineiro, eleito presidente em 1906 apoiado pela política do café com leite. Ampliou a colonização no interior do Brasil com a construção de estradas de ferro e portos e ligou a Amazônia ao Rio de Janeiro por meio de um telégrafo. Morreu em 1909, antes de encerrar o mandato.

5) Nilo Peçanha (1909-1910)

Nasceu em Campos, no Rio de Janeiro. Era vice de Afonso Pena e assumiu a presidência, governando o Brasil até 1910, em meio à disputa sucessória entre Minas Gerais e São Paulo. Criou o Serviço de Proteção ao Índio, sob a direção de Cândido Rondon.

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6) Hermes da Fonseca (1910-1914)

Nasceu no Rio Grande do Sul, e você está lembrando do seu sobrenome justamente porque ele era sobrinho do Marechal Deodoro da Fonseca, o primeiro presidente do Brasil. Hermes assumiu o cargo de ministro da Guerra no governo de Rodrigo Alves e instituiu o serviço militar obrigatório. De volta à presidência, em 1910, tentou restaurar a influência militar na política. Enfrentou as revoltas de Juazeiro e da Chibata. Para completar, no fim do seu mandato estourou a Guerra do Contestado, na divisa do Paraná com Santa Catarina.

7) Venceslau Brás (1914-1918)

Mineiro, era vice de Hermes da Fonseca. Assumiu a presidência também pela política do café com leite. É responsável pela participação do Brasil na 1ª Guerra Mundial. Durante seu governo o país passava por um crescimento intenso da atividade industrial, com a formação de um expressivo contingente de operários nos grandes centros urbanos (a Greve Geral de 1917 estourou durante o seu mandato).

8) Delfim Moreira (1919)

Mineiro, era vice-presidente de Rodrigues Alves (sim, o mesmo eleito em 1902). Alves morreu por causa da gripe espanhola e não chegou a tomar posse. Seu sucessor, Delfim Moreira, governou por pouco tempo, apenas sete meses, porque também estava com problemas de saúde.

9) Epitácio Pessoa (1919-1922)

Paraibano (uma exceção entre os eleitos na política do café com leite, que privilegiava os políticos de MG/SP (e RS)), foi ministro da Justiça de Campos Salles. Seu governo como presidente foi marcado por crises que anteciparam o fim da República Velha.

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10) Artur Bernardes (1922-1926)

Mineiro, assumiu a presidência, mas despertou uma oposição militar, principalmente na ala jovem do Exército. Teve de enfrentar então as revoltas tenentistas, que pediam a moralização da política e a volta das liberdades públicas.

11) Washington Luís (1926-1930)

Natural de Macaé, no Rio de Janeiro, assumiu a presidência do Brasil com grande endividamento interno e externo e uma queda nas exportações, provocada em parte pela crise econômica mundial (lembrar da Crise de 1929 – a Grande Depressão -, que teve como destaque a Quebra da Bolsa de Nova York em 1930). Foi deposto em 24 de outubro pela Revolução de 1930.

12) Júlio Prestes (-)

Paulista, foi eleito, mas não chegou a tomar posse por causa da Revolução de 1930. Disputou as eleições em março de 1930 contra Getúlio Vargas. Venceu com mais de 300 mil votos de diferença, mas, como era hábito nas eleições da República Velha, o resultado oficial foi recebido com descrédito pelos candidatos derrotados. Outra curiosidade sobre ele: foi o primeiro brasileiro a ocupar a capa da revista norte-americana Time, na edição de junho de 1930.

No próximo texto sobre a República Oligárquica vamos falar sobre as revoltas que aconteceram no período! Não percam! 😀

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