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Conheça os 3 canais de navegação mais importantes da História

Grande parte dos principais eventos históricos da humanidade tiveram como cenário o mar

Por Redação do Guia do Estudante
Atualizado em 6 jun 2019, 15h57 - Publicado em 24 nov 2014, 02h33

Quando a gente pensa que a História é feita através do contato entre os povos, dá para perceber que os meios de transporte colaboram muito para essa interação. Antes dos aviões, carros e até dos trens, o trânsito de pessoas e mercadorias era feito prioritariamente por vias aquáticas. Grande parte dos principais eventos históricos da humanidade tiveram como cenário o mar.

A facilidade de comunicação com marítima era, portanto, decisiva para o sucesso da economia de um território. Por exemplo o caso de Veneza e Gênova. As duas figuraram entre as regiões mais bem-sucedidas do mundo enquanto dominaram as principais vias de acesso pelo Mediterrâneo à Ásia.

Pensando nisso, decidimos relembrar alguns dos canais de navegação mais famosos da História. Confira a lista abaixo:

– Canal da Mancha

imagem-do-curso-do-eurotunel(Imagem: Wikimedia Commons)

O Canal da Mancha já foi palco de diversas batalhas e esteve na mira de diversos invasores devido a sua posição estratégica entre duas potências europeias: Grã-Bretanha e França. Na Segunda Guerra Mundial, os alemães tentaram controlar o canal durante a Batalha da Inglaterra. No começo do século 19, o general francês Napoleão queria ocupar os vizinhos atravessando o canal, mas não conseguiu escapar pelo bloqueio britânico. Isso só para citar alguns conflitos…  Outro ponto que vale a pena saber é a sua parte mais estreita, que tem 33 km de distância entre uma margem a outra e é conhecida como Estreito de Dover, onde morreu a nadadora brasileira Renata Agondi, que tentou a travessia sem sucesso, em 1988. É nesse caminho também que passa o Eurotúnel, um túnel ferroviário com mais de 50 km de extensão que liga o Reino Unido à França. O acordo entre os dois países só foi assinado em 1984, apesar de essa ideia já ter sido levantada há mais de 200 anos. Construído abaixo do leito do mar e inaugurado em 1994, ele é usado pelo Eurostar, um trem-bala que transporta passageiros, e pelo Euro Tunnel, um trem que consegue transportar carros.

– Canal de Suez

(Imagem: Wikimedia Commons)(Imagem: Wikimedia Commons)

Desde a época em que o Egito era controlado por faraós que se pensava na ideia da construção do Canal de Suez. Cerca de 500 anos a.C., a passagem entre o Mar Vermelho e o Mar Mediterrâneo foi aberta completamente, durante o governo de Dario I. Mas, como a construção era precária, as areias do deserto voltavam a fechar partes do trecho. A construção com a engenharia moderna só foi iniciada no século 19, com o envolvimento direto de britânicos e franceses. Como mostra essa reportagem da Aventuras na História, a dificuldade para concluir a obra foi grande. Ferramentas precárias somadas à escassez de água potável fizeram com que a obra demorasse mais de dez anos para ficar pronta (vocês irão ver que foi bem menos do que o tempo levado para construir o Canal do Panamá). Mas, o esforço valeu a pena. Suez tem hoje 195 km de extensão – é o mais longo do mundo – e permite que navios vindos da Europa possam chegar à Ásia sem precisar passar em volta da África. Essa posição geopolítica estratégica gerou uma disputa internacional, a Guerra do Suez, em 1956. Saiba mais sobre o conflito.

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– Canal do Panamá

(Imagem: Wikimedia Commons)(Imagem: Wikimedia Commons)

A ideia de construir um canal para ligar o Oceano Atlântico ao Pacífico existia desde o século 16, quando os espanhóis chegaram à América Central e ao México. O transporte de ouro de uma costa à outra da América era muito arriscado navegando-se pela parte Sul até entregar as cargas à Coroa espanhola. Criou-se então uma rota terrestre-fluvial que atravessava o território do Panamá e que durava cerca de 30 dias (bem mais rápido do que atravessar metade do continente de navio). A descoberta de ouro na costa oeste do território dos Estados Unidos, na Califórnia, despertou o interesse norte-americanos pela região, que chegaram a construir na metade do século 19 uma ferrovia ligando os dois territórios. Mas, quem saiu na frente foi a França, que recebeu do governo local uma licença de 99 anos para operar um canal navegável no istmo do Panamá. Fato interessante: quem recebeu a concessão foi o mesmo engenheiro envolvido na construção do Canal de Suez, o francês Ferdinand de Lesseps. No entanto, mesmo com tecnologias sofisticadas, a construção não foi muito pra frente. A geografia do Panamá era bem diferente da do Egito. O clima favorecia epidemias de malária e febre amarela entre os trabalhadores (mais de 20 mil mortos). Crises de corrupção complicaram ainda mais a empreitada. Como a pressão dos norte-americanos pelo local e o fracasso dos franceses, em 1904 o presidente dos Estados Unidos assinou um acordo para controlar a construção e a operação do Canal do Panamá. A obra foi concluída em 1914, depois de um esforço para controlar o mosquito que transmitia as doenças aos trabalhadores.

– Saiba mais sobre os 100 anos do Canal do Panamá

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