Localizada na Cordilheira dos Andes, a cidade Machu Picchu foi um dos poucos lugares do Império Inca a escapar da devastação causada pelos colonizadores espanhóis durante o século 16. Ela foi construída por volta de 1450 onde hoje é território do Peru, no governo de Pachacuti (que reinou durante 1438 e 1471), encravada sobre o vale do rio Urubamba.
Por estar em um lugar de difícil acesso (a mais de 2.400 metros de altitude), os espanhóis nunca chegaram a encontrar Machu Picchu durante a invasão colonial. Mas, mesmo que a tivessem encontrado, já iriam se deparar com prédios vazios e espaços completamente tomados pela vegetação. Até hoje não se sabe ao certo a razão pela qual os Incas abandonaram o local e isso permanece um mistério…
Quem quer que tenha construído o local, planejou muito bem cada detalhe. De um lado ficavam as casas dos nobres, junto com os palácios e templos. As casas dos sábios, escribas e artesão eram localizadas ao redor da praça principal. Os camponeses viviam um pouco mais abaixo, entre estábulos de animais e armazéns. A cidade está dividida em duas grandes zonas: a zona agrícola, formada por conjuntos de terraços de cultivo, que se encontra ao sul; e a zona urbana, onde viveram seus ocupantes e onde aconteciam as principais atividades civis e religiosas.
As pedras usadas na construção foram extraídas do próprio lugar. Para o povo quíchua, a grande altitude os aproximava do céu e a cidade era utilizada para diversos rituais sagrados e também com um reduto para estudos. Machu Picchu, na língua quíchua, significa “velha montanha”. O Templo do Sol, em formato arredondado, é uma das provas da engenhosidade da arquitetura do Império Inca, confira abaixo:
Os europeus não chegaram a conhecer Machu Picchu, mas a cidade não permaneceu “esquecida” ou, como foi apelidada, “perdida”. A população peruana conhecia o local e foram os moradores de lá que mostraram o caminho das ruínas ao explorador norte-americano Hiram Bingham, professor da Universidade de Yale. Ele foi o responsável por “redescobrir” Machu Picchu aos olhos do mundo, em 24 de julho de 1911. Sua viagem rendeu um livro, intitulado “The lost city of the Incas” (A cidade perdida dos Incas).
– Veja detalhes sobre a expedição que redescobriu Machu Picchu
Bingham levou artefatos do local para a Universidade de Yale para estudá-los e só recentemente a instituição concordou em devolvê-los ao Peru. O trabalho de restauração de parte das ruínas começou logo após essa expedição e hoje Machu Picchu é um dos lugares mais visitados do mundo.
Datas importantes na história de Machu Picchu
Século 15: Fundação de Machu Picchu, de acordo com evidências arqueológicas
1911: Uma expedição patrocinada pela Universidade de Yale e liderada por Hiram Bingham redescobre o lugar onde está a cidade. O professor norte-americano visitou a cidade novamente em 1912 e 1915.
1983: Machu Picchu é colocada pela Unesco na lista de Patrimônio Mundial da Humanidade.