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Débora Aladim indica seis livros para quem ama História

Da história das mulheres à história dos hospitais, a youtuber fala dos livros que a fizeram se apaixonar pela área e que mudaram sua vida

Por Taís Ilhéu
26 jun 2023, 11h27

Débora Aladim se lembra da primeira vez em que leu um livro de História, com H maiúsculo. Com onze anos de idade, ela conheceu nas 190 páginas de Cleópatra e sua Víbora a biografia de uma das mais famosas figuras históricas – e desde então é obcecada por essas “fofocas” do passado que hoje conta para os milhares de estudantes que a acompanham pelo Youtube e redes sociais. Ao longo do tempo, a influenciadora também descobriu que estudar História é mais do que diversão: é uma forma de compreender os tempos em que vivemos.

“O mundo em que a gente vive foi moldado pelas atitudes do passado”, conta. “Uma pessoa sábia pode, ao invés de aprender com os próprios erros, aprender com o erro dos outros”.

O GUIA DO ESTUDANTE conversou com Débora, graduada em História pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e autora do livro Redação Infalível, para reunir seis indicações de livros que todos os apaixonados por História deveriam ler – ou que podem converter até os mais avessos à esta área do conhecimento.

+ As dicas de Débora Aladim para construir uma boa redação, do começo ao fim

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Ah, e nada de raciocínios complicados ou de linguagem rebuscada. “Os livros mais interessantes que eu já li foram os que tiveram a leitura mais simples”, afirma, garantindo que são obras escritas não só para quem está na universidade, mas para todos que se interessam pelo tema.

Confira!

1. Coleção Mortos de Fama

A primeira indicação é, na verdade, um combo: a coleção infanto-juvenil Mortos de Fama. Faz parte dela o primeiro livro lido por Débora, sobre a rainha Cleópatra, mas também biografias de outros grandes nomes da História como Leonardo Da Vinci, Joana D’Arc, Isaac Newton, Shakespeare e outros. São livros ideais para quem está começando a se aventurar pela leitura, já que tem uma linguagem leve e ilustrações. “Eu li um livro de 150 páginas em 3 dias, você vai ter esse sentimento!”, garante a historiadora.

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Além disso, pode ser uma boa aposta para a galera de humanas que quer se aproximar de outras disciplinas. Débora, por exemplo, conseguiu entender mais a fundo a contribuição e o trabalho de figuras como Isaac Newton e Albert Einsten por meio da coleção.

2. História do Brasil, de Boris Fausto

Para Débora Aladim, o livro História do Brasil, escrito por Boris Fausto, é a “bíblia” dos historiadores. A obra, como o nome sugere, narra a história do país nos últimos cinco séculos, de forma didática e acessível. O sistema colonial, a escravidão e os governos autoritários brasileiros, que aparecem nas aulas de Ensino Médio de todo o estudante, são retomados aqui detalhadamente, fornecendo um panorama da formação da nossa sociedade.

Foi este livro, inclusive, que Débora levou para fazer as fotos de sua formatura na UFMG. “Para mim, ele é o maior historiador do Brasil.

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débora aladim e amigas seguram livros nas fotos de formatura.
Débora levou o livro “História do Brasil” para as fotos da formatura (Débora Aladim/Acervo Pessoal/Reprodução)

Se você ainda não está convencido da importância da obra, a influenciadora ainda lembra que você pode se deparar com ele no Enem. Isso mesmo: o livro já serviu de base para a elaboração de questões da prova inúmeras vezes!

3. Cidadania no Brasil: O longo caminho, de José Murilo de Carvalho

O mesmo argumento vale para o terceiro livro da lista: a obra do historiador José Murilo de Carvalho também já caiu no Enem. Mas o livro de 256 páginas que conta a história da cidadania no país, passando pelo direito ao voto e pela Constituição Cidadã,  também tem outros atrativos. Para Débora, José Murilo é um dos poucos historiadores que tratam bem de temas da atualidade. “Eu, por exemplo, caiu o muro de Berlim eu já não sei mais nada depois”, brinca.

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Por isso, garante: Cidadania no Brasil é uma boa pedida para quem quer entender o Brasil de hoje, seja para os vestibulares ou para a vida.

4. A fabulosa História do Hospital, de Jean-Noël Fabiani

Tem historiador especializado em Antiguidade, na Segunda Guerra ou em História do Brasil. Agora, já imaginou um especialista em História da Medicina? Essa pessoa existe e já lecionou a disciplina por mais de dez anos Universidade de Paris-Descartes, França. O médico cirurgião Jean-Noël Fabiani é autor de A fabulosa História do Hospital, obra que conta como a instituição nasceu e se transformou ao longo dos séculos. Nas páginas do livro, o leitor entende o porquê dos primeiros hospitais serem localizados em lugares isolados, como foi a descoberta de alguns medicamentos e o nascimento e importância da medicina humanitária como o Médicos Sem Fronteiras.

Débora também chama a atenção para a versão ampliada e em quadrinhos do livro, A Incrível História da Medicina.

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5. Qual o Problema das Mulheres?, de Jacky Fleming

A primeira coisa que o leitor precisa saber sobre o livro Qual o Problema das Mulheres? é que ele é recheado de humor e ironia. Portanto, não precisa se assustar quando a autora diz que não estudamos mulheres na escola porque elas tinham a cabeça pequena e que não cabia muito conhecimento além de como bordar.

O objetivo deste livro é mostrar como a história das mulheres é quase uma não-história: raramente estudamos o papel delas nas guerras, nas revoluções ou grandes invenções. Isso porque foram relegadas, como outros grupos, à “Lata de Lixo da História”. Débora Aladim conta que este conceito tornou-se um dos seus preferidos e sempre lembra recorre a ele em palestras sobre o tema.

O livro foi tão bem recebido que o jornal britânico The Independent escreveu: “o presente perfeito para todos os gêneros, idades e tendências políticas, infelizmente confinado à seção de humor em vez do lugar onde realmente deveria estar: o currículo escolar.”

6. A Origem do Mundo: Uma história cultural da vagina ou a vulva vs. o patriarcado, de Liv Strömquist

O livro que mudou a vida de Débora Aladim é escrito pela artista sueca Liv Strömquist, e narra como as mulheres passaram de endeusadas para odiadas ao longo da história da humanidade. Se em um primeiro momento era admirada por ser capaz de gerar vida, mais tarde passou a ser vista como um “penduricalho” neste processo – e também na sociedade.

Apesar de A Origem do Mundo ser uma obra em quadrinhos, com ilustrações e diálogos, o livro é denso à medida em que resgata mitos e tabus associados às mulheres por muitos milênios, seja no campo da psicanálise, com Sigmund Freud, ou das fábulas literárias, com os contos de fada. Tudo isso tem um espaço na história de Liv Strömquist!

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