Para entender a situação de pandemia, é preciso saber o que o novo coronavírus tem de diferente de outros casos que já causaram situações agravantes no mundo. Convidamos o professor de Biologia do Anglo Marcelo Perrenoud para explicar por que um vírus menos letal que muitos outros na história da humanidade tem causado tantos problemas no mundo.
O novo coronavírus, como o conhecemos, faz parte da família viral Sars-CoV e é uma variedade do vírus que causou a epidemia Sars, em 2002, na China. Pesquisadores acreditam que essa variante habitava espécies de morcegos e acabou infectando um animal de carne nobre na China, o pangolim.
Perrenoud comenta que pesquisas recentes constataram que o Sars-CoV-2 não foi criado em laboratório, como já se difundiu em “fake news”, mas é apenas uma nova alteração dentro dessa família de vírus, que é conhecida desde 1960.
Apesar da letalidade baixa, o novo coronavírus tem um grande poder de disseminação pelo ar, o que resultou na sua rápida propagação mundo afora. Mas é preciso estar atento: uma das especificidades desse vírus é sua capacidade de atingir tanto vias aéreas superiores como células pulmonares internas, causando inflamações graves que podem levar o paciente à morte.
Por isso, o professor acha importante que vestibulandos estudem características de fisiologia relacionadas ao sistema respiratório e, também, aos sistemas e tecidos do corpo humano. Isso porque a covid-19 aumentou o número de casos de infartos e problemas renais, que podem ser cobrados nos exames.
Apesar do novo coronavírus ser um acontecimento relevante, Perrenoud aponta que os alunos não devem focar seus estudos apenas nisso. Há chances de os vestibulares voltarem-se a doenças parecidas, mas que não estão sendo faladas neste ano. Estudar de forma mais abrangente os tipos de vírus existentes, as formas de infecção e saber diferenciar viroses e bacterioses vai ser de grande ajuda.
Outro foco dos estudantes deve ser estudar vacinas e soros. A discussão sobre a criação de uma vacina contra o Sars-CoV-2 é um grande tema de debate social, já que o vírus é uma variedade desconhecida por pesquisadores, dificultando o processo de pesquisas e, como consequência, causando a pressão sobre os sistemas de saúde.
Comentando sobre “fake news”, Perrenoud alerta como é importante informar-se a partir de sites de confiança e atentar-se às fontes dos dados apresentados. Sites oficiais, como o da Organização Mundial de Saúde ou do governo brasileiro, reúnem informações e gráficos que podem cair nos exames, por isso é importante acompanhar as publicações. Assista à (assistir, nesse sentido, leva crase)) live completa.
Confira abaixo a lista do professor com sites de instituições oficiais em que você pode se informar: ((pode criar o link direto, como fiz abaixo, no botão da corrente acima – só não esquece de ticar em “abrir em nova aba”))
Organização Pan-Americana de Saúde
Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo
Sociedade brasileira de infectologia
Biokrill – Biologia de qualidade na internet