Assine Guia do Estudante ENEM por 15,90/mês
Continua após publicidade

Entidade LGBT pede apoio ao MEC para ambiente escolar ser mais receptivo às diferenças

Casos recentes de preconceito e homofobia em universidades ilustram preocupação da entidade

Por Redação do Guia do Estudante
Atualizado em 16 Maio 2017, 13h54 - Publicado em 19 Maio 2010, 17h08

por Guilherme Dearo

Na última terça-feira (18), representantes da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transgêneros (AGBLT) se reuniram com o ministro da Educação, Fernando Haddad, em Brasília, para discutir o preconceito nas escolas. O grupo pediu apoio do ministério para que o ambiente escolar seja mais receptivo às diferenças de gênero e orientação sexual e ajude a formar cidadãos que respeitem as diferenças.

Para o grupo, o fim do preconceito e a inclusão dessas minorias começam pela formação escolar. Na ocasião, o secretário da Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, André Lázaro, propôs que o MEC fortaleça seu grupo de trabalho nessa temática e crie uma agenda até o fim do ano.

 

 

 

 

 

 

 

 

Enquanto isso…
O apelo da AGBLT junto ao MEC para que medidas de educação de respeito às diferenças sejam tomadas desde cedo nas escolas contrasta com casos recentes de preconceito e homofobia em universidades brasileiras. Um exemplo aconteceu esta semana, na Faculdade de Minas (Faminas).

 

Um cartaz que trazia a imagem de duas meninas se beijando e que seria utilizado para divulgar a 7ª Semana Acadêmica do Serviço Social, que aconteceria nesta semana na Faminas, com o tema "Fortalecer as lutas sociais para romper com a desigualdade", foi vetado pela direção da faculdade. A direção queria que a imagem das duas meninas fosse retirada. Como recusou trocar o cartaz, a coordenadora do curso de Serviço Social, Viviane Pereira, foi demitida pela Faminas. Além disso, o evento foi cancelado.

Outro caso de homofobia aconteceu em abril, na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF-USP). Um jornalzinho feito por um grupo anônimo e que circulava por email entre os alunos incitava estudantes a jogar fezes em homossexuais. O GUIA falou com exclusividade com alunos atacados pela publicação.

Assinado com um pseudônimo, o texto do pasquim dizia que os gays estavam manchando o nome da faculdade e que, para conter tais cenas inadmissíveis, desafiava: “jogue merda em um viado que (sic) você receberá, totalmente grátis, um convite de luxo para a Festa Brega 2010”.

Continua após a publicidade

Não à homofobia
Se há casos de preconceitos nas universidades brasileiras, grupos que debatem a questão também não faltam. Na Escola de Comunicações e Artes da USP (ECA-USP), por exemplo, que chegou a ser citada no texto do jornalzinho da FCF, desde março existe o Núcleo de Gênero.

Criado pelo Centro Acadêmico Lupe Cotrim, da ECA, o grupo se reúne mensalmente nas noites de quarta-feira para discutir as questões de gênero na sociedade brasileira. Com foco nos estudantes da ECA, mas aberto a todos os interessados, o grupo debate sobre como profissionais que vão atuar na mídia e em meios artísticos são responsáveis pela construção de representação e estigmas relacionados à questão do gênero e como reformular estigmas que podem levar ao desrespeito à dignidade humana.

“A intenção é que as pessoas reflitam sobre sua realidade e pensem em como podem agir em sua profissão e em suas vidas em uma sociedade que reproduz estereótipos”, diz Camila Souza Ramos, estudante do 4º ano de Jornalismo da ECA e diretora do Centro Acadêmico.

Busca de Cursos

Continua após a publicidade

Outro exemplo é o Grupo Prisma, ligado ao Diretório Central dos Estudantes, que atua em toda a USP com discussões e trabalhos sobre diversidade sexual. O grupo participou de um debate com o Grupo de Gênero para discutir o caso do jornal homofóbico na USP.

SAIBA MAIS – Notícias de vestibular – Notícias de Enem

Leia mais:
Publicação da USP que incitou violência a homossexuais pede desculpas por "exagero cometido"
Como você convive com as diferenças?
Você pratica ou é vítima de bullying?

Publicidade
Entidade LGBT pede apoio ao MEC para ambiente escolar ser mais receptivo às diferenças
Estudo
Entidade LGBT pede apoio ao MEC para ambiente escolar ser mais receptivo às diferenças
Casos recentes de preconceito e homofobia em universidades ilustram preocupação da entidade

Essa é uma matéria exclusiva para assinantes. Se você já é assinante faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

MELHOR
OFERTA

Plano Anual
Plano Anual

Acesso ilimitado a todo conteúdo exclusivo do site

a partir de R$ 15,90/mês

Plano Mensal
Plano Mensal

R$ 19,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.