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Macetes e musiquinhas para decorar fórmulas não ajudam no vestibular

Segundo coordenador de cursinho, músicas e frases engraçadinhas usadas nos estudos são inimigas do aprendizado

Por por FÁBIO CALVETTI
Atualizado em 16 Maio 2017, 13h49 - Publicado em 13 mar 2011, 23h14

Você sabia que a Lei de Euler, uma das fórmulas mais utilizadas para resolver problemas de geometria, é também conhecida como “Vamos fazer amor a dois”? Calma, o matemático Euler não era nenhum tarado tentando conquistar todo mundo com seus conhecimentos geométricos. Na verdade, a frase sacana foi criada por estudantes para decorar a Lei de Euler (Vértice + Faces = Arestas + 2 ou V + F = A +2).

Além desse macete, existem incansáveis piadas e musiquinhas utilizadas tanto por estudantes quanto por professores para ajudar na hora de decorar fórmulas, princípios de física e até nomes de presidentes da República. No entanto, apesar de parecer facilitar, esses macetes mais atrapalham do que ajudam na hora do vestibular.

“Decorando musiquinhas e frases desse tipo você não está aprendendo matérias, você está simplesmente virando um papagaio que repete palavras”, defende o professor Alberto Francisco do Nascimento, coordenador do cursinho Anglo (que afirma não ensinar “macetes” aos alunos).

De acordo com ele, o perigo ao utilizar frases bem-humoradas e canções é não compreender o significado da disciplina e ter seu aprendizado prejudicado.”O aluno não está desenvolvendo o raciocínio, ele só está decorando coisas. Aprender não é decorar”, critica.

E se você ainda pensa em usar macetes para decorar elementos da tabela periódica e nomes da história, vale lembrar que isso já não tem tanto valor no vestibular. “A decoreba acabou há muitos anos nos bons vestibulares. É só olhar Fuvest, Unicamp, Unesp, UFRGS. Eles não têm decoreba. Tem inclusive várias escolas que apresentam formulários para o aluno usar durante a prova”, afirma Alberto.

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