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Mãe ajuda aluno a bater em diretora no Rio; professores reclamam de insegurança

Sindicato prepara documento com relatos de agressão e encaminha ao Ministério Público; antropóloga vê 'desvalorização' da categoria

Por Redação do Guia do Estudante
Atualizado em 16 Maio 2017, 14h00 - Publicado em 3 Maio 2010, 15h57

da redação

– Vai prestar Enem? Simuladão do Guia do Estudante dá carro 0km

 

Uma diretora de escola pública do Rio de Janeiro recebeu socos de um estudante durante reunião com de pais de alunos envolvidos em uma briga. A mãe ajudou o aluno na agressão, conforme publicou a Agência Brasil nesta segunda-feira (3), gritando palavrões para ofender a diretora e arrancando a fiação do telefone da secretaria para impedir que a polícia fosse chamada.

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Relatório com esse e outros casos de violência escolar foi encaminhado ao Ministério Público pelo Sindicato Estadual dos Profissionais de Ensino (Sepe) do Rio. A categoria reclama da insegurança nas escolas fluminenses.

“Procuramos também a Câmara de Vereadores e a OAB [Ordem dos Advogados do Brasil] para cobrar do governo medidas que garantam a segurança das pessoas”, disse a professora Edna Félix, diretora do sindicato.

O relatório também traz o caso de um professor ameaçado depois de repreender um estudante em sala. “Depois da aula, encontrei meu carro pichado, com referências a uma facção criminosa, a frase ‘vai morrer’ e palavras obscenas”, disse. O professor trabalha em uma escola em Campo Grande, na zona oeste do Rio, e relatou que tem medo de trabalhar, pois o aluno continua frequentando as aulas.

DROGAS E DESVALORIZAÇÃO
A antropóloga Alba Zaluar, coordenadora do Núcleo de Pesquisas das Violências da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), avalia que o comportamento violento é consequência da desvalorização da profissão.

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“Estamos vivendo uma crise das figuras de autoridades”, define a antropóloga. Para ela, ironia, desacato, agressões verbais e às vezes físicas seriam reflexo da postura cada vez mais desafiadora dos jovens.

Para a pesquisadora, o problema também tem a ver com a aproximação do tráfico de drogas na vida dos alunos. Os conflitos de quadrilhas são levados para dentro dos colégios, e os professores, diante disso, ficam de mãos atadas.

“Não temos como acompanhar se está realmente havendo um aumento dos casos de violência nas escolas porque o poder público não oferece dados oficiais”, disse a pesquisadora.

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