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O dia em que os nazistas visitaram o Brasil

A passagem do Zeppelin Hindenburg em 1936 marcou época, e até os dias de hoje guarda segredos sobre a história do nazismo no Brasil

Por Politize!
16 out 2023, 11h53

Texto publicado em parceria com o Politize!

Imagine um dia olhar para o céu e se deparar com uma nave metálica gigante de quase 250 metros de comprimento voando bem pertinho de você. Parece ficção, mas foi isso que milhares de brasileiros viram entre abril e dezembro de 1936, quando o dirigível alemão Hindenburg fez uma série de voos sobre o Brasil.

Apelidado de “Titanic dos céus” devido às suas dimensões impressionantes, o Hindenburg atraiu a atenção de milhares de brasileiros e foi fotografado centenas de vezes exibindo uma enorme suástica em suas laterais. Até os dias de hoje, esse sobrevoo misterioso deixa uma pergunta no ar – afinal, o que um dirigível nazista fazia no Brasil?

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A Era do Zeppelin

Os dirigíveis não eram uma novidade em 1936. Na verdade, sua história começa na Alemanha, com a invenção de um protótipo por Ferdinand von Zeppelin. Em 1908, ele realizou um voo experimental bem-sucedido de 12 horas e chamou a atenção do governo alemão.

No ano seguinte, Ferdinand fundou sua empresa Luftschiffbau-Zeppelin, com amplo financiamento estatal. Esta seria a primeira companhia aérea do mundo, com uma frota inicial de cinco dirigíveis. Nos anos seguintes, a empresa levou dezenas de dirigíveis aos céus e realizou milhares de viagens, fazendo com o zeppelin se tornasse uma paixão nacional e motivo de orgulho para os alemães.

Durante a Primeira Guerra Mundial, os dirigíveis se tornaram veículos militares, e foram utilizados por forças alemãs em diferentes operações, como no bombardeio a Paris em 1916. Após a guerra, com a derrota da Tríplice Aliança, o Tratado de Versailles proibiu o voo de dirigíveis e o programa alemão foi desativado, suspendendo a impressionante Era do Zeppelin.

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O Ressurgimento do Zeppelin

Alguns anos depois, Hugo Eckener, herdeiro de Zeppelin, obteve autorização para fabricar dirigíveis para viagens civis. Assim, a Luftschiffbau-Zeppelin iniciou a produção de novas aeronaves e inaugurou linhas aéreas por toda a Europa. Em 1930, pela primeira vez um dirigível visitou o Brasil, em uma primeira viagem transatlântica. O Graf Zeppelin impressionou brasileiros em diferentes cidades, seis anos depois do Hindenburg fazer seu primeiro voo.

O contexto de ressurgimento do zeppelin coincide com o momento de ascensão do nazismo na Alemanha. A partir de 1933, o governo alemão, sob o regime de Adolf Hitler, viu os dirigíveis como uma oportunidade de demonstrar seu poder e promover sua nefasta ideologia, e logo se apropriou do programa de financiamento das aeronaves.

Os dirigíveis, como o Hindenburg, serviram como uma extensão do orgulho alemão, reforçando a ideia de superioridade tecnológica e industrial da nação. Eles eram frequentemente utilizados em eventos e paradas do Partido Nazista, projetando a imagem de uma Alemanha moderna e próspera, o que era crucial para o regime.

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Propaganda Nazista a Bordo do Hindenburg

Durante os Jogos Olímpicos de Berlim em 1936, o Hindenburg sobrevoou o Estádio Olímpico, lançando folhetos de propaganda, reforçando a mensagem de grandiosidade do regime nazista. Foi nesse contexto, que a Luftschiffbau-Zeppelin foi obrigada e inserir uma suástica nazista na lateral do dirígivel, ainda que a contragosto do dono da empresa.

Em 1936, após a vitória do famoso boxeador alemão Max Schmeling sobre o pugilista americano Joe Louis, o atleta foi convidado a viajar a bordo do Hindenburg como um verdadeiro evento de propaganda nazista. 

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A Passagem Pelo Brasil

Em 1936, o Hindenburg partiu da Alemanha rumo ao Rio de Janeiro, seu primeiro destino transatlântico. Ele sobrevoou diversas cidades brasileiras, como São Paulo, Recife, Santa Catarina e Paraná, totalizando sete viagens de ida e volta só naquele ano.

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A passagem do dirigível no Brasil esconde segredos sobre a história do nazismo no país e ilustra um capítulo pouco conhecido da política nacional. No primeiro episódio da série Sobreposição, a Politize! conta o que o Hindenburg veio fazer por aqui e o que essa história revela sobre os planos dos nazistas para o Brasil.

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