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O que pode ser cobrado sobre as obras obrigatórias do vestibular?

#ClubedoLivroGE: professores dão dicas para te ajudar com a leitura. Leia a segunda matéria da série

Por Odhara Caroline Rodrigues
Atualizado em 5 jun 2019, 16h41 - Publicado em 19 abr 2017, 13h11
O que pode ser cobrado sobre as obras obrigatórias do vestibular?
Tem coisa melhor do que ler? <3 (Beauty and the Beast/Disney/Giphy)

A carga de leitura de quem está prestando o vestibular já é alta só por conta da quantidade de conteúdos disciplinares cobrados nas provas. Além disso, ainda há a lista de livros obrigatórios – só a Fuvest, maior vestibular do país, tem oito obras que são cobradas especificamente. É muita coisa, a gente sabe. E, por isso mesmo, fomos conversar com alguns professores em busca de dicas que possam te ajudar na hora de enfrentar os livros. Mãos à obra? 

Você já leu, na primeira matéria da série, sobre o que deve prestar atenção enquanto estiver lendo os livros. Agora nós vamos para a segunda parte: afinal, o que é mais cobrado na hora da prova?

Todos os professores com quem a gente conversou concordam em um ponto: o contexto. Você precisa saber em que meio o livro em questão foi escrito. “O aluno precisa entender que a arte, de um modo geral, é um produto de uma época sob o olhar do pintor, escritor, entre outros”, explica a professora Elaine Antunes, do colégio Dínamis.

Diogo Mendes, do Descomplica, desenvolve: “No estudo das obras exigidas pelos vestibulares, é muito importante compreendermos o estilo de época no qual elas se inserem. Assim, podemos perceber mais facilmente as motivações políticas, sociais e culturais do escritor. Ao ler Iracema, por exemplo, não podemos ignorar que o espírito nacionalista estava em alta à época, estimulado pelo, então, recente processo de independência. Já em O cortiço, muitos dos preconceitos ali presentes refletem diretamente o pensamento determinista, bastante em voga no período”.

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Elaine Antunes acrescenta que a comparação com outros autores do mesmo período pode lançar luz sob as subjetividades do autor, perceptíveis, por exemplo, na sua linguagem e em seu posicionamento ideológico. “É sempre bom comparar com outros escritores da época a fim de entender que uma obra é um olhar a respeito do tempo em que se vive”, ela explica.

Ele também alerta para quando os livros são da autoria de escritores estrangeiros. “Para o estudo dessas obras, é imprescindível o conhecimento do contexto histórico no qual os enredos se desenvolvem, diminuindo as diferenças históricas e culturais que distanciam os vestibulandos brasileiros do que é nelas contado”, diz o professor.

Também vale se atentar para a construção dos personagens. O professor João Jonas, do Colégio Cervantes, enumera: “Os perfis traçados, tanto psicológicos quanto sociais, os retratos de época e os diálogos estabelecidos com questões sociais universais e da época”. Falando em contextualizações históricas, Péricles Polegatto, editor de Linguagens e Códigos dos materiais didáticos da Pearson Brasil, dá outra dica: “É comum que os vestibulares cobrem a relação das obras com algum contexto atual da nossa sociedade”.

Então nunca se esqueça de ficar de olho nos jornais, ok? E tambêm dê uma olhada nas provas antigas para se adaptar ao estilo das questões. Na última matéria da série, nós vamos dar dicas de estudo para aplicar com os livros. Até!

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