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Os fatos políticos mais importantes da história das Olimpíadas

Fatos políticos roubaram a cena em diversos momentos da história dos Jogos Olímpicos. Conheça os mais relevantes desde o evento de 1896

Por Redação do Guia do Estudante
Atualizado em 16 Maio 2019, 17h56 - Publicado em 5 ago 2016, 17h14

1896 | ATENAS
Instalam-se na capital grega as primeiras Olimpíadas dos tempos modernos. Seu mentor é o nobre francês Pierre de Coubertin, que constitui o Comitê Olímpico Internacional, em 1894. Os princípios olímpicos trazem uma dimensão política: “O objetivo do movimento olímpico é colocar o esporte a serviço do desenvolvimento harmonioso da humanidade, visando a promover uma sociedade pacífica, empenhada em preservar a dignidade humana”. O evento é coerente com sua época, na qual o desenvolvimento econômico capitalista leva à conformação de um mercado mundial.

1916
Marcados para Berlim, os VI Jogos Olímpicos da Era Moderna não acontecem por causa da I Guerra Mundial (1914-1918), que opuseram uma aliança liderada por Alemanha e Império Austro-Húngaro a outra formada por França, Reino Unido, Rússia e, depois, Estados Unidos. Mesmo cancelada, a Olimpíada de 1916 é contada com o número 6.

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1920 | ANTUÉRPIA
As Olimpíadas após a guerra são marcadas para Antuérpia como forma de homenagear o povo belga pelos sofrimentos causados pelo conflito. Mesmo sendo um país neutro, a Bélgica havia sido invadida e ocupada durante a guerra por tropas alemãs. Por imposição dos anfitriões, pela primeira vez são excluídos países dos Jogos por motivos políticos: são os derrotados na guerra Alemanha, Áustria, Bulgária, Hungria e Turquia.

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1924 | PARIS
Nesse ano, começam as Olimpíadas de Inverno, realizadas também a cada quatro anos, com esportes de neve. A primeira edição acontece em Chamonix, nos Alpes da França. No mesmo ano ocorrem as VIII Olimpíadas em Paris, nas quais aparece o lema olímpico, em latim: “Citius, Altius, Fortius” (Mais Rápido, Mais Alto, Mais Forte).

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1932 | LOS ANGELES
Os Jogos Olímpicos realizados em Los Angeles são duramente prejudicados pela Grande Recessão, iniciada com a quebra da Bolsa de Nova York, em 1929. No cenário de uma aguda crise econômica mundial, há uma significativa redução no número de países participantes (37, quando havia sido 46 países na Olimpíada anterior) e, sobretudo, no de atletas, caindo de 2.883 para apenas 1.332.

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1936 | BERLIM
Os Jogos Olímpicos, em Berlim, são marcados pela instrumentalização nazista. Adolf Hitler tenta usá-los como peça de propaganda da suposta “superioridade racial dos arianos”. A Alemanha vence em número de medalhas, mas seu grande fracasso foi o extraordinário desempenho de Jesse Owens, atleta negro dos Estados Unidos, que ganha quatro medalhas de ouro no atletismo.

1940 E 1944
As Olimpíadas de números XII e XIII não acontecem por causa da II Guerra Mundial, opondo a Alemanha nazista, Itália e Japão a Reino Unido, França, União Soviética e, mais tarde, aos Estados Unidos. O conflito atinge todos os continentes, e a Europa é o grande palco dos combates. Ao final, a Alemanha está destruída e é dividida em dois Estados.

1948 | LONDRES
Realizadas na capital britânica, as primeiras Olimpíadas do pós-guerra não contam com a Alemanha (vetada pelos britânicos) nem com o Japão. A URSS mantém a ausência, mas os países convertidos ao regime comunista, como Hungria, Tchecoslováquia, Polônia e Iugoslávia, participam e ganham medalhas.

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1952 | HELSINQUE
Os Jogos na Finlândia marcam a entrada da União Soviética (ausente desde a Revolução Russa de 1917). O país fica em segundo no quadro de medalhas, atrás dos norte-americanos, transpondo para o terreno olímpico a disputa geopolítica da Guerra Fria.

1956 | MELBOURNE
Primeiras Olimpíadas no Hemisfério Sul, sofrem o impacto do conflito entre israelenses e árabes, que leva Egito, Iraque e Líbano a boicotar os Jogos. Holanda e Espanha também não comparecem, em protesto contra a invasão da Hungria pela URSS, que havia entrado no território húngaro para reprimir um levante contra o governo. Na última hora, a China decide não ir, rompendo com o Comitê Olímpico Internacional (COI) após o reconhecimento da delegação de Taiwan. Pela primeira vez, a URSS vence os EUA no total de medalhas.

1964 | TÓQUIO
Nas primeiras Olimpíadas na Ásia, o COI decide banir dos Jogos a África do Sul, por causa do regime de segregação dos negros existente no país, o apartheid. A decisão tem base nos princípios olímpicos: “Qualquer forma de discriminação contra um país ou uma pessoa baseada em considerações de raça, de religião, de política, de sexo ou outras é incompatível com a participação no movimento olímpico”.

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1968 | CIDADE DO MÉXICO
Um momento marcante das Olimpíadas na Cidade do México foi o pódio dos 200 metros rasos, quando os medalhistas norte-americanos Tommie Smith (ouro) e John Carlos (bronze) fizeram a saudação dos Panteras Negras, um partido de defesa dos negros nos Estados Unidos. Era a época da luta pelos direitos civis nos EUA e os Jogos ocorreram meses após o assassinato do líder negro Martin Luther King. Por decisão do COI, os dois atletas foram banidos do esporte.

1972 | MUNIQUE
As Olimpíadas de Munique são tragicamente marcadas pelo ataque do grupo palestino Setembro Negro a atletas da delegação de Israel. Dois são mortos imediatamente e nove são feitos reféns, contra a exigência de libertação de 200 palestinos presos em Israel. No final, morrem 18 pessoas: 11 atletas de Israel, cinco terroristas, um policial e um piloto. Os Jogos ficam suspensos por 34 horas, mas, por decisão do COI, são retomados e chegam ao final.

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1976 | MONTREAL
Os Jogos de Montreal sofrem o boicote de 22 países africanos, liderados pela Tanzânia, em protesto contra a participação da Nova Zelândia, cujo time nacional de rúgbi tinha ido jogar na África do Sul, banida das competições esportivas por causa do apartheid.

1980 | MOSCOU
Já perto do fim da Guerra Fria, os EUA lideram um boicote aos Jogos na capital da URSS, para protestar contra a invasão soviética do Afeganistão (1979). Seguido por dezenas de países, como Alemanha Ocidental, Japão e Canadá, o boicote faz com que a competição tenha apenas 80 países participantes.

1984 | LOS ANGELES
Nos Jogos de Los Angeles, é a vez de os soviéticos puxarem um boicote, em represália ao de quatro anos antes. Mesmo assim, 140 países comparecem. A China decide voltar a participar das Olimpíadas, mesmo com a presença de Taiwan.

1988 | SEUL
As Olimpíadas na capital sul-coreana sofrem um boicote liderado pela Coréia do Norte e seguido por Cuba, Etiópia e Nicarágua. É um protesto contra a divisão da Coréia, ocorrida no fim da II Guerra Mundial, em dois estados: um comunista, no norte, e um capitalista, no sul.

1992 | BARCELONA
Após a queda dos regimes comunistas no Leste Europeu, as Olimpíadas de Barcelona vêem grandes mudanças. A União Soviética havia acabado no ano anterior, e 12 das 15 nações resultantes participam como Comunidade dos Estados Independentes (CEI); quando seus atletas vão ao pódio, porém, são alçadas as bandeiras de seus novos países. Com o fim do apartheid, a África do Sul volta aos Jogos.

2000 | SYDNEY
A cerimônia de abertura é marcada pelo desfile das delegações da Coréia do Norte e da Coréia do Sul sob uma única bandeira, simbolizando a unidade da nação coreana e uma mensagem de paz, já que os dois Estados nunca firmaram um acordo desde a Guerra da Coréia (1950-1953), estando, “tecnicamente”, em guerra.

2008 | PEQUIM
Com as Olimpíadas em sua capital, Pequim, em 2008, a ditadura da China teve de conviver com protestos pela independência do Tibete, região anexada ao país em 1950. Há um movimento liderado pelo dalai-lama Tenzin Gyatso – exilado na Índia – que pede autonomia à região. Para evitarem manifestações também contrárias ao regime, os Jogos Olímpicos tiveram grande aparato policial.

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