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Qual a diferença entre resumo e resenha?

Eles parecem sinônimos, mas não são. Entenda as diferenças entre resumo e resenha, quando usar cada um e por que isso faz diferença nos vestibulares

Por Luccas Diaz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
20 jun 2025, 19h00
Mulher estudando escrevendo redação à mão no caderno
 (Unsplash/Reprodução)
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Na escola ou na faculdade, é comum professores pedirem resenhas de filmes, livros ou exposições. É também comum solicitarem resumos de conteúdos importantes, ou que possam ser usados como consulta na hora da prova. Na prática, você sabe distinguir qual é qual? O que deve ser incluído em cada um? Qual seria, afinal, a diferença entre resumo e resenha?

A confusão é bem válida. Afinal, os dois gêneros textuais são parecidos: lidam com a ideia de sintetizar informações. Eles cumprem, no entanto, funções bem diferentes — por isso cada um deve ser escrito à sua maneira. Para quem acha que a dúvida é boba, vale lembrar: tanto a resenha quanto o resumo podem ser cobrados nas redações de vestibulares como a Fuvest e a Unicamp.

Bora aprender a fazer cada um?

+ Unicamp: veja temas e gêneros que podem cair na redação

O que é um resumo

A principal diferença entre um resumo e uma resenha está no papel de quem escreve. No resumo, o foco é transmitir, de maneira breve, fiel e objetiva, as ideias centrais de um texto, livro, filme, artigo ou qualquer outro conteúdo que seja. Quem faz um resumo não deve incluir opiniões, julgamentos ou comentários pessoais.

É um texto puramente factual: precisa ser neutro e se limitar aos pontos mais importantes do material original. Geralmente, é curto.

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Assim, o objetivo do resumo é puramente informar. Ele é usado, sobretudo, como uma ferramenta de estudo, de fixação de conteúdo ou de memorização de informações. No dia a dia, resumir algo é uma das formas mais intuitivas de estudar.

E não tem muito segredo: é, invariavelmente, traduzir um conteúdo longo ou complexo em um pequeno texto ou em tópicos.

+ 4 passos para fazer um bom resumo

Leia abaixo um resumo, bem contido, da primeira e segunda Lei de Newton.

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A primeira lei de Newton, ou princípio da inércia, garante que, se a força resultante que atua sobre um corpo é nula, então esse corpo tem a tendência de permanecer em seu estado de equilíbrio: equilíbrio estático (em repouso) ou equilíbrio dinâmico (em movimento retilíneo uniforme). Mas o que acontece quando a força resultante que atua em determinado corpo não for nula?

A Segunda Lei de Newton, ou princípio fundamental da dinâmica, afirma que a aceleração que um corpo adquire é diretamente proporcional à resultante das forças que atuam sobre ele e tem a mesma direção e o mesmo sentido dessa resultante.

Ou seja, uma força resultante não nula provoca uma aceleração no corpo. E a intensidade dessa aceleração é diretamente proporcional à intensidade da força. Além disso, a força resultante que atua sobre um corpo e a aceleração causada por essa força têm a mesma direção e o mesmo sentido.

+ 4 técnicas para virar um especialista em interpretação de texto

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O que é uma resenha

Por outro lado, a resenha tem uma proposta analítica. Além de apresentar uma síntese do conteúdo, ela traz uma avaliação crítica sobre a obra. Isso significa que, ao escrever uma resenha, o autor não apenas explica do que se trata aquele material, mas também expressa sua opinião, analisa os pontos fortes e fracos, discute a relevância da obra.

Muitas vezes, dá também um veredito final, dizendo se vale ou não consumir o material. Dessa forma, podemos dizer que a resenha é um texto híbrido: ela incorpora o resumo, mas vai além, apresentando uma análise crítica de quem escreve.

Costumamos encontrar dois tipos de resenhas. A resenha crítica, que é a mais comum, traz a análise detalhada de uma obra, levando em conta critérios como contexto, linguagem, público-alvo e relevância – pense em algo como os vídeos da crítica de cinema Isabela Boscov.

+ Resenha do leitor: “Ensaio sobre a Cegueira”

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Já a resenha descritiva é aquela que foca mais em apresentar as características do material, sem se aprofundar tanto na avaliação — embora ainda possa conter uma dose de opinião. É mais incomum e pode ser confundida com um resumo. Mas é preciso lembrar que, no resumo, a opinião não deve ser incluída. Se é texto majoritariamente descritivo e tem uma parte opinativa, então já é uma resenha descritiva.

Veja abaixo a proposta de redação da Unicamp 2016, que apresentava como opção uma resenha da fábula “A deliberação tomada pelos ratos”.

Você é um estudante universitário que participará de um concurso de resenhas, promovido pelo Centro de Apoio ao Estudante (CAE), órgão que desenvolve atividades culturais em sua Faculdade. Esse concurso tem o objetivo de estimular a leitura de obras literárias e ampliar o horizonte cultural dos estudantes. A resenha será lida por uma comissão julgadora que deverá selecionar os dez melhores textos, a serem publicados.

Você escolheu resenhar a fábula de La Fontaine transcrita abaixo. Em seu texto, você deverá incluir:

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a) uma síntese da fábula, indicando os seus elementos constitutivos;
b) a construção de uma situação social análoga aos fatos narrados, que envolva um problema coletivo;
c) um fechamento, estabelecendo relações com a temática do texto original.

Seu texto deverá ser escrito em linguagem formal, deverá indicar o título da obra e ser assinado com um pseudônimo.

+ Resenha do leitor: “Quincas Borba”

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