As primeiras manifestações literárias brasileiras não constituem uma escola literária, são registros de viajantes e de jesuítas. O primeiro documento escrito da história do Brasil é a carta enviada pelo escrivão da expedição de Pedro Álvares Cabral, Pero Vaz Caminha (1450-1500), ao rei de Portugal com informações sobre a fauna, a flora e a gente da nova terra.
Literatura jesuítica: também chamada de literatura de catequese, teve como objetivo a conversão dos índios à fé cristã. Constitui-se de textos escritos por missionários jesuítas e tem como expoente máximo Padre José de Anchieta (1534 -1597) – que produziu, além de peças de teatro e poemas, uma gramática da língua tupi.
Literatura informativa: descreve e cataloga a nova terra e o povo que nela habitava. Surgiu com a necessidade de colonizar o território e teve como objetivo apresentar aos cidadãos da metrópole os benefícios que desfrutariam caso resolvessem se mudar para a América.
Com o que ficar atento?
A visão que o europeu tem dos índios baseia-se numa concepção de mundo eurocêntrica e eivada de preconceitos. O único ponto positivo desta visão é a descrição do “novo mundo” como uma terra paradisíaca e incomparavelmente bela. Em uma época como a nossa, em que a alteridade e a diversidade são paradigmas essenciais para a formação do cidadão, a visão quinhentista dos nativos brasileiros é de extrema importância para o vestibular.
– Simulado de Quinhentismo e Barroco
Como pode cair no vestibular?
As primeiras manifestações literárias no Brasil inspiram temas e formas a movimentos literários posteriores, como Romantismo e Modernismo. Essa influência pode ser explorada em questões que relacionem os períodos da literatura.
Também prestar atenção à relação Gil Vicente (leitura obrigatória para vários vestibulares) e Anchieta – cuja obra está ligada à tradição medieval e adapta o modelo de Vicente ao universo cultural indígena.
Como já caiu no vestibular
1. (Fed. Lavras – MG) Todas as alternativas são corretas sobre o Padre José de Anchieta, exceto:
a) Foi o mais importante jesuíta em atividade no Brasil do século XVI.
b) Foi o grande orador sacro da língua portuguesa, com seus sermões barrocos.
c) Estudou o tupi-guarani, escrevendo uma cartilha sobre a gramática da língua dos nativos.
d) Escreveu tanto uma literatura de caráter informativo como de caráter pedagógico.
e) Suas peças apresentam sempre o duelo entre anjos e diabos.
GABARITO
1. Resposta correta: B
Comentário: O grande orador sacro da língua de nossa língua, chamado por Fernando Pessoa “Imperador da Língua Portuguesa”, é o Padre António Vieira, autor pertencente ao período Barroco.
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