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Realismo português – contexto histórico, poesia, prosa e autores

Veja resumo, dicas e questão comentada

Por Redação do Guia do Estudante
Atualizado em 16 Maio 2017, 13h32 - Publicado em 23 set 2010, 16h48

Preocupando-se com a verdade dos fatos e a realidade concreta, o Realismo surge como reação ao idealismo e ao subjetivismo românticos. Inicia-se na França, em 1857, com o romance Madame Bovary, de Gustav Flaubert.

Em Portugal, o Realismo começa com a polêmica entre seus partidários e seguidores do Romantismo – a chamada Questão Coimbrã. A discussão envolve António Feliciano de Castilho – que escreve posfácio para o livro Poema da Mocidade, de Pinheiro Chagas – e Antero de Quental – que critica Castilho e defende o ideário realista no opúsculo Bom senso e bom gosto.

Poesia
Antero de Quental: adotando uma postura oposta ao lirismo ultra-romântico, defende a missão social da poesia e apresenta em sua obra uma busca filosófica da verdade através da própria experiência.

Cesário Verde: também se afasta do lirismo tradicional português, sobretudo pelo tratamento que dá a temas como cidade, amor e mulher. Buscando espontaneidade, usa estilo que valoriza a linguagem concreta e o tom coloquial. “Poeta dos sentidos”, constrói imagens com muitas cores, formas e sons. Essa visão plástica do mundo antecipa a postura assumida por Fernando Pessoa na pele de seu Heterônimo Alberto Caeiro.

Prosa
Eça de Queirós: admirador de Gustav Flaubert, Émile Zola e Honoré de Balzac, produz romances marcados pelo uso do determinismo e do impressionismo para construir críticas (à burguesia e ao clero, por exemplo). Dono de um estilo direto e contundente, é hábil na descrição de locais e comportamentos. O pessimismo, o humor e a ironia com que constrói personagens são tipicamente realistas.

Com o que ficar atento?
Orientado para a análise psicológica da sociedade, o romance realista tem como tema a riqueza e a miséria resultantes do crescimento desordenado dos grandes centros urbanos. Por isso, seus heróis são indivíduos em conflito com o meio em que estão.

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Como pode cair no vestibular?
As transformações sociais ocorridas a partir da segunda metade do século 19 ocasionaram o aparecimento de novas maneiras de pensar e explicar o mundo capitalista. Por isso, as diversas doutrinas surgidas nessa época são tema frequente das questões sobre o Realismo. As provas também costumam perguntar sobre o interesse realista pelo funcionamento e organização da sociedade, o racionalismo, a objetividade e a dinâmica social retratada pelos artistas do período.

Como já caiu no vestibular?
(Fuvest-SP) Ao criticar O Primo Basílio, Machado de Assis afirmou: “(…) a Luísa é um caráter negativo, e no meio da ação ideada pelo autor, é antes um títere que uma pessoa moral.”
Títere é um boneco mecânico, acionado por cordéis controlados por um manipulador. Nesse sentido, as personagens que, principalmente, manipulam Luísa, determinando-lhe o modo de agir, são:

a) Basílio e Juliana.
b) Jorge e Justina.
c) Jorge, Conselheiro Acácio e Juliana.
d) Basílio, Leopoldina e Conselheiro Acácio.
e) Jorge e Leopoldina.

Gabarito

Resposta correta: A
Comentário: Em sua crítica ao romance de Eça de Queirós, Machado condena uma das principais características da prosa de viés naturalista de Portugal: o determinismo biológico e social.

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SAIBA MAIS

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– Leia a biografia de Eça de Queirós

 

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