Resultado do Enem está disponível
Notas chegam a tempo de ser computadas por Universidades Federais que iniciam inscrição amanhã, 29 de janeiro
da redação
O Ministério da Educação (MEC) divulgou as notas obtidas por quem prestou o novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Com o resultado, estudantes podem candidatar-se a bolsas do Pró-Uni e, a partir de 29 de janeiro, a 47,9 mil vagas em instituições de Ensino Superior Federais.
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Realizado em 5 e 6 de dezembro, o Enem estava inicialmente marcado para 3 e 4 de outubro, mas foi adiado por causa do vazamento da prova. Nos dias 5 e 6 de janeiro, seria aplicado para detentos, mas foi também feito por moradores de Brejetuba e Ibatiba, no Espírito Santo que não fizeram em dezembro, por conta de fortes chuvas em suas cidades.
A abstenção deste ano foi a maior da história do Enem. Dos cerca de 4,147 milhões de incritos, 2,583 milhões compareceram à prova do dia 5 – uma abstenção de 37,7%, contra 27,3% de 2008, por exemplo.
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O Enem ocorreu pela primeira vez em 1998. Em 2009, deixou de ter 63 questões aplicadas em um dia para ter 180 aplicadas em dois dias: ciências humanas (geografia e história) e ciências da natureza (física, química e biologia), no primeiro dia, e linguagens e matemática, no segundo. Além do formato da prova, o peso de seu resultado também mudou. Se antes ele apenas ajudava os candidatos a melhorar as notas obtidas em alguns exames, agora o Enem substitui os vestibulares de diversas universidades como as federais de Alfenas e do Estado do Rio de Janeiro.
– Baixe as provas do Enem 2009
– Baixe as provas canceladas do Enem 2009
CRÍTICAS
As mudanças no exame foram polêmicas, começando por seu conteúdo. “Textos longos para perguntar coisas muito óbvias não levam a nada”, criticou Luiz Carlos Belillello, professor de Biologia do Objetivo, ouvido pelo GUIA no dia 5 de dezembro, sobre as questões de sua matéria. Os cálculos foram mais complicados. Sem calculadora, [os alunos] levaram um bom tempo para fazê-los”, emendou Ricardo Balbino, que leciona física no Objetivo.
Alunos, de fato, queixaram-se de um número de questões desproporcional ao tempo de prova. Consonante às reclamações, a professora de português Elizabeth de Melo Massaranduba, também do Objetivo, considerou as alternativas e enunciados da prova de linguagens longos, o que exigiu tempo e fez que os alunos não terminassem uma das provas”.
O propósito do Enem também não passou imune às críticas. “Não é possível que com uma única prova você atenda a duas finalidades tão diferentes: avaliar o Ensino Médio e selecionar alunos para várias universidades”, sentenciou Nicolau Marmo, coordenador do Anglo Vestibulares, em entrevista ao GUIA logo após o término do Enem 2009. ”Eles não têm o programa do Ensino Médio “, acrescentou Elizabeth, argumentando que isso prejudica as escolas públicas de todo o país que ficam sem saber como construir o programa de ensino.
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Na semana em que ouviu as críticas, o GUIA procurou o Ministério da Educação e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) órgão responsável pelo Enem. A assessoria do Instituto não respondeu ao pedido de entrevista e a assessoria do MEC disse que o ministro Fernando Haddad não concederia entrevista.
FÓRUM
– Como você foi nos vestibulares que prestou neste ano?
– O que você pensa sobre a substituição dos vestibulares pelo Enem?
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