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Antecipações ao Golpe de 64 e a presidência de João Goulart

O que é preciso saber para o vestibular

Por Redação do Guia do Estudante
Atualizado em 25 out 2017, 15h59 - Publicado em 18 nov 2011, 12h20

Com a renúncia do Presidente Jânio Quadros, em agosto de 1961, o esquerdista João Goulart (Jango)deveria assumir o governo. Mas partidos da oposição, como a UDN (União Democrática Nacional) e os militares tentaram impedir a sua posse.

Mesmo com poderes limitados, João Goulart assumiu o governo. Nessa época, a situação econômica do país era difícil. O déficit governamental e a taxa de inflação cresciam mensalmente e as receitas das exportações só diminuíam. A crise exigia soluções rápidas.

Foi então que o ministro do Planejamento, Celso Furtado, lançou, em 1962, o plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social, o Plano Trienal. O programa propunha uma taxa de crescimento de 7% ao ano e a redução drástica da inflação por meio de empréstimos externos e da renegociação da dívida. Mas, com forte oposição no Congresso e desconfiança do empresariado nacional e estrangeiro, o plano fracassou e a inflação e o custo de vida voltaram a crescer.

Outras tentativas de reestruturação, como as reformas de base (agrária, bancária, eleitoral e fiscal), também não conseguiram vencer a resistência da oposição. Numa tentativa de reverter a situação, em 1963 Jango mobilizou suas forças políticas para a campanha pelo retorno do preseidencialismo no novo plebiscito popular sobre a forma de governo, que já estava previsto na emenda constitucional de 1961. Com o reestabelecimento do presidencialismo, Jango retomou as rédeas da nação.

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Seguiu-se um período de intensa radicalização política: de um lado, greves e manifestações populares a favor das propostas do presidente, de outro, adversários deoposição, que responsabilizavam o governo pela crise econômica e acusavam Jango de estar preparando um golpe comunista. A tensão chegou ao ápice em março de 1964. No dia 13, o presidente promoveu um grande comício popular na Central do Brasil, no Rio de Janeiro, com a presença de cerca de 300 mil pessoas para apoiá-lo. Seis dias depois, seus adversários reagiram com a conservadora Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que reuniu outras 200 mil pessoas numa passeata contra o governo, dessa vez na cidade de São Paulo.

A queda de braço continuou até que, no dia 31 de março, tropas do Exército ocuparam as ruas das principais cidades do país, destituindo Jango – que se refugiou no exílio no Uruguai – e implantando um longo regime militar no Brasil, que se estendeu de 1964 a 1985.

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