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Revolução Francesa: por uma sociedade burguesa, liberal e capitalista

Saiba como a Revolução Francesa mudou a história da França e do mundo com seu lema "liberdade, igualdade e fraternidade"

Por Ludimila Ferreira
16 fev 2024, 17h18

Os franceses são conhecidos como um povo que gosta de protestar, e essa fama não é de hoje. Pode-se dizer que essa tradição começou há mais de dois séculos atrás, na Revolução Francesa. Lembrada como o evento responsável por arrancar as cabeças dos monarcas franceses, ela foi uma revolução burguesa e liberal que deu início ao capitalismo na França. O slogan da revolução, que ficou marcado na história, era “liberdade, igualdade e fraternidade”.

Entenda uma das revoluções mais marcantes da história que já foi parar em livros e filmes de ficção – e, é claro, mudou o mundo.

Antes da Revolução Francesa

Imediatamente antes da Revolução Francesa, a sociedade do país estava dividida entre os chamados três estados. O primeiro e segundo estados – clero e nobreza, respectivamente – , detinham todos os privilégios, enquanto o terceiro – composto pelos burgueses, trabalhadores das cidades e camponeses – viviam em constante penúria, embora representassem mais de 98% da população e fossem os responsáveis pelo sustento do país. Para completar, a França aprofundou a própria crise financeira ao ajudar no processo de Independência dos Estados Unidos, visando enfraquecer a Inglaterra.

Para se recuperar financeiramente, a monarquia passou a taxar ainda mais o terceiro estado, e a miséria cresceu entre o povo. Deixada de lado pelo Estado e acometida por tragédias climáticas, essa parcela da população começa a se revoltar. Influenciados pelo Iluminismo, vislumbram uma nova sociedade sem monarquia.

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+ Revolução Francesa: Cinema e literatura mostram diferentes visões

Queda da Bastilha e o início da Revolução Francesa

Prise de la Bastille por Jean-Pierre Houël
quadro Prise de la Bastille (Jean-Pierre Houël/Reprodução)

Oficialmente, o ano de início da Revolução Francesa é 1789. Em 14 de julho deste ano, o terceiro estado invade a Bastilha, importante prisão que representava o absolutismo. A ideia era ter acesso ao estoque de pólvora armazenado no local, já que o povo estava armado mas não tinha munição. O levante fez com que o rei negociasse com um representante de cada estado por meio da Assembleia dos Estados Gerais. O terceiro estado sempre perdia as votações por ser o único com um ideal próprio.

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Por isso, decide também proclamar a Assembleia Nacional Constituinte, que teria como missão redigir uma nova Constituição para o país.

Uma das figuras mais importantes de representação do terceiro estado foi Robespierre, responsável por propor a queda total da monarquia. Nesta época, nasceu o primeiro discurso sobre direitos humanos, e a Assembleia Constituinte aprovou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Apesar das negociações falhas, o rei e a rainha passavam a maior parte do tempo no Palácio de Versalhes, onde estavam alheios ao povo. Isso fez que com as mulheres parisienses marchassem até o palácio para cobrar melhorias de vida para a população.

A monarquia foi se tornando simbólica. O rei poderia governar, desde que seguisse a Constituição que foi implantada, dividindo os poderes entre Executivo, Legislativo e Judiciário. Neste contexto nasce também a Assembleia Nacional Legislativa, dividida em três grandes grupos:

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  • Os girondinos, representantes da alta burguesia e mais conservadores
  • Os jacobinos, representantes da média e pequena burguesia, e alinhados aos interesses dos sansculottes (o povo)
  • O grupo do pântano, que oscilava entre os dois lados.

Com medo dos rumos tomados na Assembleia e apoiados por Áustria e Prússia, o rei Luís XVI e a rainha Maria Antonieta tentam fugir. A ideia era refugiar-se na Áustria, país de nascimento da rainha, mas a fuga foi interceptada e o rei tido como traidor da França.

Com a monarquia frágil, os jacobinos avançam e conseguem aprovar a queda da monarquia, radicalizando de vez a Revolução.

A guilhotina e a queda da monarquia

Obra Exécution de Marie-Antoinette d'Autriche,
Obra Exécution de Marie-Antoinette d’Autriche, (wikimedia commons/Reprodução)

Os revolucionários acreditavam que, independentemente da posição social de uma pessoa, todos deviam morrer de forma igualitária, sem sofrer mais ou menos. Foi assim que inventaram a guilhotina em 1791. Porém, a queda da monarquia não veio de imediato. A república da França nasceu no ano seguinte, ainda com discussões do que deveria ser feito com os monarcas. Neste mesmo ano, os jacobinos tomaram as igrejas para derrubar o clero e junto derrubaram o calendário gregoriano, fundando no lugar das igrejas os Templos da Razão.

Mesmo com um lado da revolução querendo que os reis governassem de forma simbólica, para Robespierre só haveria revolução se a monarquia fosse deposta. Assim, o rei Luís XVI foi decapitado na guilhotina em 1793 e, logo após, Maria Antonieta.

+ O último prato de Maria Antonieta

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Depois da revolução

A revolução não terminou oficialmente com a morte dos monarcas. Robespierre começou a mandar para a guilhotina qualquer cidadão da França que fosse contra a revolução e as disputas de território começaram a se espalhara. A Inglaterra tentou invadir a França, assim como a Áustria, mas nenhuma das invasões prosseguiu. A guilhotina trabalhou dia e noite até que o próprio Robespierre acabou sendo uma vítima dela: foi o último a ser decapitado na máquina em 1794.

Os girondinos, então, reassumem o poder ao lado do grupo do pântano, e a alta burguesia passa a ditar os rumos da revolução. Entre disputas pelo retorno da monarquia e invasões, os burgueses entregam a defesa do país nas mãos de Napoleão Bonaparte, conhecido por suas vitórias militares. Popular, Napoleão dá o famoso golpe de Estado em 1799, o 18 Brumário, e instala o governo Consulado. Este tornou-se o marco do fim da Revolução Francesa.

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