Um dos meus períodos artísticos preferidos é, sem dúvida, o Surrealismo. Adoro obras que mexem com a nossa imaginação e que despertam a nossa curiosidade, por isso, sem curti o trabalho do artista belga surrealista René Magritte. Para quem não lembra o que é Surrealismo, abaixo vai uma pequena descrição, retirada do Almanaque Abril:
Surrealismo foi uma escola artística e literária que surge na França na década de 1920. Fortemente influenciada pela psicanálise, enfatiza o papel do inconsciente na criação. Propõe uma arte livre das exigências da lógica e da razão, que expresse o inconsciente e os sonhos. Destacam-se os escritores franceses André Breton e Paul Éluard, Antonin Artaud (no teatro), o cineasta espanhol Luis Buñuel e, na pintura, o belga René Magritte, o alemão Max Ernst e o espanhol Salvador Dalí.
Por que gosto do Magritte e escolhi falar sobre ele? Bem, primeiro, porque é aniversário dele hoje. Ele nasceu na Bélgica, em 1898, no dia 21 de novembro. Segundo, porque é interessante para quem está prestando vestibular conhecer o trabalho dele (se eu ganhasse 100 reais toda vez que visse uma questão com o quadro do cachimbo – que não é um cachimbo -, não teria ficado rica, mas já teria comprado uma passagem de avião pra Paris pra visitar vários museus). Em terceiro e último lugar, porque ele tem uma história de vida bem interessante, envolta em mistérios.
Pouco se sabe sobre a biografia do artista. Ele era filho de um alfaiate e de uma modista. Sua mãe se suicidou quando o menino ainda tinha 13 anos, se afogando em um rio, depois de várias outras tentativas para se matar. Diz a lenda que Magritte encontrou o corpo da mãe boiando, com a roupa encobrindo seu rosto. Digo “lenda”, porque isso até hoje não foi comprovado, gira em torno de especulações. O Museus de Arte Moderna de Nova York, o MoMA, analisa essa possibilidade com uma das influências para tantas obras do artista terem pessoas com o rosto tampado por tecidos, como no famoso quadro “Os amantes”, de 1928.
Essa suposição foi negada pelo próprio artista, como escreveu o museu: “Minhas pinturas são imagens visíveis que não escondem nada. […] elas evocam mistério e, de fato, quando alguém vê uma de minhas imagens, faz a si mesmo esta simples pergunta:’ O que significa isso?’ e isso não significa nada, porque o mistério também não significa coisa alguma, é irreconhecível.”
Para quem se interessou e quer conhecer mais pinturas e artistas desse período, a dica é dar uma passada no Google Art Project, que reúne diversos quadros de museus espalhados pelo mundo. Fiz uma pesquisa rápida sobre “Surrealismo” para vocês, é só clicarem aqui.
Outra dica é acompanhar exposições que pipocam por aqui. Para quem pode ir à São Paulo, está rolando uma mostra bem legal sobre o espanhol Salvador Dalí no Instituto Tomie Ohtake que vale a pena visitar. Fica em cartaz até 11 de janeiro, programão pras férias, hein?