A aprovação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ou nas provas de vestibulares é o objetivo principal da vida de muitos jovens. O que a maioria não se dá conta é de que esse é só o primeiro passo para a construção de uma carreira profissional sólida.
E pensando em um futuro dentro do mercado de trabalho, quanto mais consciência os estudantes adquirirem em relação a isso, maiores serão as chances de conseguirem boas oportunidades na área de atuação escolhida.
Por isso, não deixe de comemorar a entrada na Universidade como uma grande conquista, mas lembre-se de que ela marca o início de uma nova trajetória, que também irá exigir comprometimento, proatividade e foco.
O que fazer no primeiro dia de aulas?
A Coach de Carreira Adriana Duque, acredita que é preciso começar a se familiarizar com o ambiente acadêmico desde o início: ”Participar da aula inaugural pode render bons frutos, no sentido do conhecimento da jornada acadêmica que se inicia. Além disso, é interessante começar a criar uma rotina focada em uma boa formação, que contemple atividades curriculares e extracurriculares, que ajudarão a criar diferenciais para a formação”.
É durante a faculdade que o jovem conta com o suporte do corpo docente para desenvolver as habilidades técnicas voltadas para a área de sua escolha, e também pode experimentar diferentes possibilidades de atuação para descobrir na prática o que gosta.
Para conseguir aproveitar esse período da melhor maneira possível, o planejamento de carreira faz toda a diferença: “Desenvolver esse plano que irá guiar o jovem para o mercado é um passo muito importante. Aqueles que esperam se formar para, só depois, olhar para a carreira, certamente já estarão em déficit”, comenta Adriana.
A importância do branding pessoal
Preocupar-se com o posicionamento e a criação de uma imagem é pensar em marketing pessoal. Conduzido de maneira assertiva, ele auxilia a criação de uma imagem consistente e coerente do profissional desde o início da carreira.
Como as pessoas que mais convivem com você te descreveriam? Qual palavra usariam para definir a sua maneira de agir?
São padrões de comportamentos e ações no dia a dia que irão determinar as respostas para as perguntas acima.
Se uma pessoa sempre chega atrasada em reuniões, por exemplo, ela vai ser lembrada por isso e pode ser considerada pouco comprometida ou enrolada. Se executa as suas tarefas antes do prazo com certa frequência, é eficiente.
É assim que qualquer imagem pessoal vai sendo criada ao longo do tempo e dependendo do seu posicionamento, ela pode ser uma grande vantagem para conseguir destaque no mercado.
Um exemplo prático disso? Imagine um aluno que sempre faz boas contribuições durantes as aulas de determinada matéria, consegue notas acima da média e se destaca nas apresentações de trabalho. Quando o professor for indicar um novo estagiário para a sua rede de contatos, inevitavelmente, ele vai lembrar do aluno que conseguiu construir uma imagem positiva.
Manter a coerência e a autenticidade em todos os momentos é fundamental para ter um marketing pessoal eficaz. Não adianta se comportar de um jeito com o coordenador de curso e de outro com os colegas de sala. Em algum momento, isso vai se tornar um conflito.
Segundo Adriana, adotar uma postura profissional já na faculdade, para criar bons relacionamentos é essencial: “Pesquisas apontam que as indicações são, com frequência, a “porta de entrada” para o mercado trabalho. Portanto, uma boa rede de contatos estabelecida na faculdade pode ser o pontapé inicial para a conquista da tão sonhada vaga de emprego”.
Experiências extracurriculares
As competências exigidas pelo mercado de trabalho, como a comunicação efetiva, a resiliência e o foco em resultados, devem ser desenvolvidas pelos universitários durante a graduação.
As atividades extracurriculares são uma excelente maneira de alcançar esse objetivo por proporcionarem vivência prática aos jovens, que passam a ser valorizados pelos recrutadores, por se mostrarem mais comprometidos, proativos e autônomos do que quem passou a faculdade inteira só dentro da sala de aula.
As possibilidades extraclasse são muitas, de projetos de extensão a empresas juniores, passando por organizações estudantis e ligas universitárias.
Para Adriana, o importante é fazer parte do projeto que mais fizer sentido levando em conta a carreira escolhida: “Fato é que o desenvolvimento de competências pode ser feito através de diferentes atividades extracurriculares. É interessante que o estudante mapeie as competências que quer desenvolver, veja como cada uma das opções pode ajudar, e aí sim, defina a sua escolha”, finaliza.
Esta matéria foi publicada originalmente no portal Na Prática, da Fundação Estudar.