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Francisco Cembranelli fala sobre ser promotor de Justiça

Famoso pelo Caso Isabella Nardoni, o promotor explicou as diferenças entre prestar concurso e seguir na advocacia

Por Ana Lourenço
Atualizado em 16 Maio 2017, 13h39 - Publicado em 31 ago 2014, 11h26

Sabe aqueles filmes que retratam julgamentos em que o promotor arrebata o público e ganha a causa com um discurso memorável? Na vida real, o dia a dia do promotor é menos glamouroso do que parece – e não muito bem retratado pelos filmes. É o que conta o promotor de Justiça Francisco Cembranelli, famoso por ter atuado no Caso Isabella Nardoni, que participou de bate-papo na sexta-feira (29), primeiro dia da Feira GUIA DO ESTUDANTE.

Formado em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), Cembranelli conta que participou de cerca de 1.500 julgamentos em mais de 20 anos de carreira. Além do Caso Isabella, atuou também no Caso Celso Daniel, referente ao assassinato do prefeito de Santo André, em 2002.

Apesar do Direito ser uma carreira ampla, ele conta que acabou indo logo cedo para a promotoria, abandonando as outras possibilidades na área. Sua aspiração foi o fato de seu pai ter exercido a profissão por 40 anos, e prosseguir no ramo acabou por ser natural. “Ao contrário da impressão que os filmes podem passar, o promotor é o defensor da sociedade, e não aquele que acusa. Ele inclusive pode pedir a absolvição de alguém se acreditar que as provas são insuficientes para condenação”, diz.

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Cembranelli ressaltou a diferença entre seguir na advocacia ou trabalhar como juiz e promotor. “Ouvi de um professor uma vez que, se alguém se preocupa mais em defender o cliente do que cumprir a lei à risca, essa pessoa deve partir para a advocacia”, conta. “Se alguém procura um advogado confessando o crime, ele não pode recusar o caso apenas porque o cliente é culpado. É função dele colocar o interesse do cliente em primeiro lugar”, explica.

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Para se tornar promotor, é necessário prestar o concurso específico – e muito concorrido – para o Ministério Público (MP). Francisco Cembranelli, no caso, é promotor do júri no MP de São Paulo, o maior do país. Em relação à carreira no júri popular, ele conta que é preciso ser um pouco “artista”. “O promotor do júri se dirige a pessoas leigas, e por isso precisa desenvolver certas habilidades. A linguagem precisa ser vigiada, não dá para usar jargões do Direito em meio a um júri com pessoas comuns.”

Já em relação aos casos famosos em que atuou, Cembranelli explica que “o promotor deve tentar se isentar de pressão o máximo possível”, e, segundo ele, é importante tratar todos os casos da mesma maneira, mesmo se algum acaba repercutindo com mais intensidade na mídia. Nesse sentido, é melhor que a pessoa que esteja no cargo de um juiz ou promotor já possua alguma experiência anterior e não seja tão jovem, para evitar que o poder “suba à cabeça”. “É preciso respeitar a consciência e aplicar a lei, antes de tudo”, completa.

A Feira vai rolar até o dia 31 de agosto, das 9 às 19h, em São Paulo. O local é o Expo Center Norte – Pavilhão Amarelo, na avenida Otto Baumgart, 1000 – Vila Guilherme (CEP 02055-000).

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