Este texto foi originalmente publicado no portal Na Prática, parceiro do Guia do Estudante.
O trabalho freelancer tende a se tornar uma alternativa importante para profissionais e empresas após a pandemia de covid-19. Neste artigo, nós te explicamos tudo o que você precisa saber para entender o mercado, para encontrar trabalhos e para se destacar.
Como é o trabalho de um freelancer?
Em linhas gerais, o trabalho freelance se diferencia do tradicional por apenas um motivo específico: a forma de contrato firmado entre um profissional e um empresa.
Isso porque os freelancers, ao contrário de outros trabalhadores, realizam suas funções a partir da prestação de um serviço esporádico, sem vínculo empregatício, e que termina ao fim de um projeto.
Basicamente, é como se você contratasse alguém para fazer algo por você, como um jardineiro ou um pedreiro, por exemplo. Você até quer que ele trabalhe com você por algum tempo, mas não vai precisar dos serviços dele no futuro e, portanto, é melhor não criar um vínculo contratual sem previsão de final.
É claro que, em muitos casos, a parceria entre contratante e contratado se torna mais duradoura, mas isso não implica em uma mudança no modo como o trabalho é acordado. Ao fim do projeto e com o pagamento do serviço, a relação termina do ponto de vista legal.
Nesse universo, portanto, é comum que os profissionais abram uma Micro Empresa Individual (MEI), criem um CNPJ, e passem a emitir nota fiscal para o seus clientes (as empresas) que eventualmente contratam os seus serviços.
+ Entenda as diferenças entre o trabalho via MEI e via CLT
E quais as áreas mais promissoras para um profissional freelancer?
Segundo um estudo publicado em 2021 pela plataforma internacional Freelancer, 66% das empresas devem ampliar o número de trabalhadores dessa modalidade após a pandemia de Covid-19. No mesmo relatório, 70% dos entrevistados disseram que vão incentivar o trabalho remoto também.
A mesma Freelancer publica um outro estudo, chamado fast 50, que aponta quais são os 25 tipos de trabalhos que mais cresceram no mercado desses profissionais no trimestre. Entre janeiro e março de 2021, estas são as áreas:
#1. Blockchain – 59.47 %
#2. Fotografia – 50.21 %
#3. Alemão – 43.78 %
#4. Extração de Dados – 26.25 %
#5. Redator de Blog – 24.75 %
#6. Francês – 24.37 %
#7. Local Job – 22.94 %
#8. Design de Interiores – 20.18 %
#9. Espanhol -18.20 %
#10. Vue.js – 17.26 %
#11. Arquitetura -16.99 %
#12. Home Design – 16.93 %
#13. Transcrição – 16.44 %
#14. Flutter – 15.49 %
#15. Escrita Médica – 14.76 %
#16. Redação de e-books – 14.71 %
#17. Express JS – 14.51 %
#18. Full Stack Development – 14.49 %
#19. Deep Learning – 14.05 %
#20. Redator de Livros – 13.31 %
#21. Suporte ao Cliente – 13.30 %
#22. Videografia -13.26 %
#23. 3D Rendering – 11.67 %
#24. Customer Service – 11.62 %
#25. Call Center – 11.60 %
Como encontrar trabalho freelance?
Durante a pandemia de Covid-19, o trabalho freelance, tanto quanto o tradicional, foi online. Mas, em alguns casos, pode acontecer de um profissional precisar ir até algum lugar para executar um projetos. Fotógrafos, por exemplo, não podem fazer fotografias à distância – pelo menos não na maioria dos trabalhos que existem.
Ainda assim, a maneira principal de encontrar trabalho freelance hoje é no mundo online. Siga as seguintes dicas para melhorar as suas chances de conseguir um trabalho como freelancer:
#1. Faça networking
Um passo inicial importante para conseguir trabalho como freelancer é se conectando às pessoas que oferecem trabalho e que já trabalham na mesma área que você.
Hoje em dia, esse tipo de contato ocorre de forma sistemática, todos os dias, no LinkedIn – uma rede social feita para pôr empresas e profissionais em contato o tempo todo.
#2. Crie um portfólio
É extremamente importante que você crie um portfólio para que os empregadores possam conhecer o seu trabalho. Só assim é que eles ou elas poderão entender se você tem qualificação para o trabalho, como você trabalha e o seu nível de experiência.
Sites como Contently, Medium, Wix, Behance, Pinterest e outros podem te ajudar a montar uma apresentação dos seus trabalhos ou de cases de sucesso na sua carreira. Pode ser necessário também, eventualmente, que você crie um currículo e envie junto ao portfólio. Por isso, não descarte essa opção e a mantenha sempre atualizada.
#3. Acesse as plataformas
Com uma boa rede para entender o mercado e com um portfólio bem atualizado, é preciso ir atrás dos clientes. Para isso, existem plataformas especializadas que podem te ajudar a encontrar um trabalho na sua área e com os clientes que você quiser.
O Na Prática possui, inclusive, uma lista atualizada mensalmente com as plataformas brasileiras e estrangeiras que conectam clientes a profissionais. Se você tem interesse em conhecê-las, acesse a seguir:
6 atitudes para garantir seus direitos como freelancer
#1. Informe-se
Inicialmente, é importante levantar todas as informações necessárias sobre a modalidade de trabalho, o que pode ser exigido, quais são as garantias, que preocupações o trabalhador deve ter e entender quais são as melhores alternativas para o que ele busca.
Nesse sentido, instituições como o Sebrae costumam prestar consultorias e cursos acessíveis sobre a temática.
#2. Firme contratos
Os contratos oferecem garantias tanto para o trabalhador como para a empresa e esclarecem as obrigações e direitos das duas partes, facilitando a comunicação e realização do trabalho. Portanto, caso saia algo fora do combinado, o contrato também é uma forma de garantia do recebimento do valor proposto.
#3. Tenha um seguro
Os freelancers costumam depender de sua habilidade de trabalhar no momento e, caso não consigam, eles não recebem.
Em caso de acidente ou doença, é vantajoso possuir um seguro para cobrir a inabilidade de trabalhar e receber um percentual do dinheiro que seria ganho nesse período.
#4. Planeje-se
Outra questão importante para assegurar os direitos dos freelancers é ter em mente que esses trabalhadores freelancers dependem da demanda de clientes, que às vezes podem ser altas ou baixas.
Para não se tornarem refém dessas oscilações é interessante que eles façam um planejamento financeiro e tenham uma reserva de dinheiro para conseguirem se manter nos períodos com poucas oportunidades de trabalho.
#5. Contribua para a previdência
Depende desses trabalhadores também garantirem seus direitos de freelancer contribuindo para a previdência e planejando uma aposentadoria. Isso também leva em consideração imprevistos e a possibilidade do trabalhador não conseguir realizar seu trabalho.
É claro que, para esse passo, você pode optar por investir seu dinheiro de forma privada ou via pública, mas o importante aqui é pensar o seu futuro e preparar o seu descanso.
#6. Aprenda a negociar seu preço
A negociação está ligada em todas as áreas do trabalho como freelancer. Seja discutindo prazos, valores ou condições, o trabalhador precisa desenvolver essa habilidade para trabalhar de forma que seja vantajosa e não prejudicial.
Para isso, existem alguns pontos a serem considerados na hora de dar um preço ao seu trabalho. São eles:
- Seu nível de experiência;
- O tempo para executar o trabalho;
- As tabelas de preços dos órgãos representativos da sua área;
- O nível de complexidade para executar o projeto;
- O custo operacional (transporte, equipamento, alimentação) durante o trabalho.
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