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Qual carreira mais tem a ver com você?

Buscar dados sobre os cursos, ouvir quem trabalha na área e avaliar o próprio perfil são pontos fundamentais na hora de decidir o seu futuro profissional

Por da redação
Atualizado em 7 jun 2018, 12h14 - Publicado em 13 set 2017, 18h01

Você já sabe como funciona o Ensino Superior (bacharelado, licenciatura, tecnológico, cursos presenciais e a distância, e assim por diante), agora é hora de escolher o curso que quer fazer. É, sem dúvida, a decisão mais importante que já tomou até o momento. Isso porque o que definir influenciará sua trajetória nos próximos anos. E mais: a escolha do curso vai traçar o profissional que você se tornará. Não existe um manual pronto que o ajude na escolha. Mas, há sim, algumas maneiras de orientá-lo nessa decisão.

Conhecer-se, saber o que gosta de fazer, os ambientes em que se sente mais à vontade são atitudes que fazem a diferença nesse momento. Depois é preciso buscar o máximo possível de informações sobre as carreiras. E até se informar a respeito de áreas que não tem muito interesse. Hoje em dia há tantas possibilidades de cursos que você pode se surpreender com algo que não sabia que existia. Aí é só juntar tudo e identificar o que quer fazer.

Ainda em dúvida? Então concentre-se nas cinco questões a seguir que podem ajudá-lo nessa difícil decisão.

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1. QUEM SOU EU?

Só se conhecendo bem você será capaz de identificar suas preferências. Faça uma análise sincera da sua personalidade. Coloque no papel as respostas para as seguintes perguntas: Você é introvertido ou extrovertido? Agitado ou tranquilo? Tem facilidade em se relacionar ou se sente mais confortável em pequenos grupos ou até sozinho? Tem espírito aventureiro ou gosta de lugares mais calmos? Está aberto a novas experiências ou prefere a rotina? O que gosta de fazer no tempo livre? Quais são seus pontos fortes e fracos? Indague-se também sobre os assuntos que acha mais interessantes e avalie como foi sua vida escolar até então. Por fim, relacione aquelas atividades que não se imagina fazendo de jeito nenhum e pondere sobre o que pretende ser daqui para a frente. Como se vê daqui a 20 anos? Lembre-se de que o trabalho costuma ocupar grande parte do seu tempo e define um estilo de vida. Por isso, é importante que você se identifique com os temas, as pessoas e os ambientes que farão parte do seu cotidiano.

ORGANIZE SUAS IDEIAS

Ao responder às perguntas sobre si mesmo, anote todas as respostas em um papel. Pode parecer bobeira, mas ao escrever você reflete melhor e organiza suas ideias. Outra dica é fazer testes de orientação profissional, pois eles ajudam no autoconhecimento ao propor questões para as quais terá que pensar sobre seu jeito de ser e suas preferências. Deixe tudo o que apurou anotado. É como criar um inventário sobre você mesmo. Essas informações serão bem úteis ao longo do processo de escolha.

2. COMO É O CURSO?

Antes de escolher um curso, reúna o máximo de informações possíveis sobre as profissões – existem mais de 270 estabelecidas no mercado! Em cada uma delas, há uma infinidade de áreas de atuação possíveis. Você pode se informar sobre as carreiras em várias fontes, como o site do GUIA DO ESTUDANTE e a edição impressa GUIA DO ESTUDANTE PROFISSÕES VESTIBULAR, além de manuais de vestibular, sites das instituições, Facebook, Twitter, YouTube etc. Circular por essa feira de cursos e profissões também pode ajudá-lo a fazer uma escolha consciente. Ao visitar os estandes e participar de palestras, você pode descobrir que o seu futuro está em um curso que nem sabia que existia. Tente conhecer o maior número possível de carreiras – o que o profissional faz, quais os diferentes campos de atuação, as portas de acesso e as perspectivas futuras. Com relação ao curso superior, informe-se sobre a grade curricular: do que trata, exatamente, cada disciplina? Como são as aulas – práticas ou teóricas? Existem muitas matérias envolvendo cálculos, desenho, redação? A carga de leitura é grande? Considere, também, se você tem o perfil para o tipo de graduação que pretende fazer. Pessoas que sentem menos prazer com os estudos, por exemplo, se dariam melhor fazendo um curso superior tecnológico, mais curto e mais prático do que um bacharelado.

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3. DE QUAIS CURSOS MAIS GOSTEI?

Depois de colher informações sobre as carreiras e os cursos superiores, é o momento de ir mais a fundo e elaborar uma lista de profissões finalistas. Da sua relação original, elimine as opções menos atrativas e tente associar algumas de suas habilidades e características com determinadas áreas. Se é uma pessoa dinâmica e esportiva, por exemplo, pode pensar em cursos como Educação Física, Fisioterapia, Esporte e até Medicina – uma das especialidades dessa profissão é a medicina do esporte. Definidas as finalistas, faça uma análise sincera se essas opções realmente têm a ver com você. Na FEIRA GUIA DO ESTUDANTE, converse com os expositores que oferecem os cursos que mais lhe interessam (veja aqui uma lista de perguntas que pode fazer). Mas, se estiver lendo esta matéria após a feira ter acontecido, as instituições na sua cidade que disponibilizam o curso e programe uma visita. Converse com alunos e professores para saber como é a rotina das aulas, os conteúdos estudados, as disciplinas práticas, o clima da sala de aula e as possibilidades de atuação do profissional formado.

4. COMO É O DIA A DIA DA PROFISSÃO?

Tão importante quanto conhecer a parte acadêmica do curso é saber como é, na prática, a profissão que escolheu. Você pode fazer isso mergulhando na rotina diária de quem trabalha na área, visitando empresas ou ouvindo palestrantes. Observe o ambiente de trabalho e as relações entre colegas – é um clima mais formal ou informal? Qual a dedicação exigida? Os horários são fixos ou maleáveis? Coisas simples assim fazem a diferença no dia a dia. Ouvir pessoas com carreira de sucesso para ter uma descrição do trabalho também é recomendável. Mas é bom saber, além do que elas gostam, dos aspectos de que não gostam.

Assim, com opiniões positivas e negativas, você tem uma imagem mais realista do campo ao qual pretende se dedicar. Se estiver na feira, vale a pena assistir a palestras com profissionais da área que selecionou. Um aspecto importante a investigar é a situação do mercado de trabalho. Como anda a empregabilidade de recém-formados? Quais as perspectivas de remuneração ao longo da carreira? É claro que, até se formar, a oferta e a procura de profissionais de uma área deverão se alterar consideravelmente. Mas, se conseguir enxergar as tendências no Brasil e no mundo, ficará mais fácil perceber as carreiras que provavelmente estarão em alta quando tiver o canudo em mãos.

5. DEVO FAZER O TESTE VOCACIONAL?

Se mesmo depois de todo esse processo algumas questões e inseguranças permanecerem, como não conseguir se decidir sobre duas ou mais profissões, não se desespere. Em alguns casos, vale a pena procurar ajuda especializada – até mesmo para confirmar sua decisão. Se estiver na feira, tente fazer os testes vocacionais e assistir às palestras sobre orientação profissional. No site do GUIA DO ESTUDANTE, você também encontra uma área específica sobre orientação profissional, com um serviço de centros de orientação (gratuitos ou a preços reduzidos) por estado e consulta on-line com orientadores. Os programas, em geral, incluem entrevistas, testes, dinâmicas de grupo e sessões informativas sobre cursos e profissões.

AS DÚVIDAS MAIS COMUNS RESPONDIDAS!

É normal surgirem dúvidas ao longo da escolha profissional. Não se desespere. Para ajudá-lo, respondemos algumas abaixo:

Essa é a angústia de qualquer escolha: você tem várias opções e precisa decidir-se por uma. Ao escolher uma, abre mão das demais. Além disso, a decisão profissional é a primeira grande escolha que você, provavelmente, vai fazer na vida. E existe um peso nisso. Mas, calma, lembre-se de que é apenas mais um passo, e não a definição do resto da sua vida.

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Considere que quem faz o que gosta, geralmente, faz bem. Não adianta optar por uma área promissora se você não se identifica com ela. E mais: o mercado é dinâmico, e nada garante que uma profissão rentável hoje se mantenha assim daqui a alguns anos. Portanto, vale mais a pena fazer o que se gosta.

Você não deve desprezar a opinião dos seus pais. Eles até podem ajudá-lo na questão do autoconhecimento. Mas que fique claro: a decisão final é sua! E, no caso de haver pressão sobre a sua escolha, a melhor saída é ter uma conversa sincera, na qual você deve expor seu ponto de vista e seus argumentos.

Vai depender da sua disposição em investir tempo e energia e também da sua situação financeira – se dá para pagar mais um ano de cursinho, por exemplo. É importante, ainda, observar se o seu desempenho e as suas possibilidades de aprovação melhoram à medida que você se prepara. E cuidado com a ideia de prestar dois cursos e entrar no que passar. A decisão deve ser sua, e não das circunstâncias.

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Reavalie os conceitos de errar, perder tempo e escolha definitiva: pense na experiência que acumulou e que foi ela que permitiu perceber a necessidade de mudança. Outra coisa é que a escolha profissional não é, necessariamente, “para sempre”: estamos constantemente mudando, e novos interesses surgem. Se avaliou que é hora de mudar, antes veja se a insatisfação não é momentânea (início do curso) ou se está relacionada a aspectos como distância da família ou relação com a classe. Também pense que uma mesma profissão permite muitas e diversas possibilidades de atuação.

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