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Conheça as opções de pós-graduação na modalidade educação a distância

Cursos a distância são uma boa opção para quem não dispõe de tempo a perder locomovendo-se de casa à escola. Mas é preciso ter o perfil correto para essa modalidade de ensino

Por da redação
Atualizado em 16 Maio 2017, 13h48 - Publicado em 13 fev 2014, 19h02

Flexibilidade de horários e economia do tempo de locomoção são grandes vantagens de fazer um curso de pós-graduação na modalidade educação a distância (EAD). Mais de 120 instituições são autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC) a oferecer tais cursos. Nesta reportagem você conhece o sistema EAD – como são as aulas, a rotina de estudos e quais os critérios que atestam a qualidade de um curso. Fica sabendo, também, que é preciso ter um perfil e um dia a dia compatível com as exigências.

Diversas opções

Cursos de pós em EAD são oferecidos por escolas públicas e privadas. As universidades públicas estão reunidas no sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), do governo federal. Criado em 2006, o sistema oferece 517 cursos lato sensu. O foco de todos é o aperfeiçoamento de docentes e profissionais da administração pública. As únicas modalidades stricto sensu no formato semipresencial são o Profmat, o Profetras e o Profísica. São programas de mestrado em rede nacional, que qualificam professores nestas três áreas do conhecimento. Outros cursos nos mesmos moldes estão sendo elaborados pela UAB.

Nas instituições particulares, o leque de opções lato sensu é mais diversificado. A área com o maior número de cursos é Administração (MBAs) e suas ramificações, como gestão de negócios, gestão de projetos, finanças e marketing. Também aumenta o espaço para os cursos de direito, defesa, desenvolvimento sustentável, pedagogia, enfermagem e medicina, entre outros.

De acordo com a Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), a falta de regulamentação para cursos stricto sensu em EAD é um fator que desencoraja as universidades a montar programas de mestrado e doutorado a distância. Entre os cerca de mil cursos registrados no censo de 2012 da Abed, existem apenas dez mestrados e um doutorado.

Como funciona a EAD

Na EAD, estudantes e professores interagem acessando ambientes virtuais de aprendizagem. O aluno se conecta a uma plataforma online para assistir às aulas em vídeo, participar de fóruns de discussão e fazer trabalhos em grupo. Um software monitora a presença do estudante no site. Paralelamente, é preciso dedicar um bom tempo à leitura. Para isso, bibliotecas virtuais, que disponibilizam livros e artigos em formato digital, são essenciais.

Um curso em EAD não dispensa encontros presenciais, em polos de apoio, com biblioteca, material didático, laboratórios de informática e tutores (professores que auxiliam os alunos). O MEC não cobra a frequência do estudante nesses polos, mas, para concluir o curso, é obrigatório apresentar uma dissertação ou fazer uma prova de conhecimentos na faculdade. O trabalho de conclusão de curso é feito com orientação online ou presencial.

Flexibilidade

Além de ter as aulas sem sair de casa, o outro diferencial da EAD é dar liberdade para montar os horários de estudo, seguindo seu próprio ritmo. Isso sem mencionar o custo. Os cursos em EAD costumam sair bem mais em conta do que os programas convencionais. Porque oferecem tais vantagens, cresce a procura por cursos em EAD e o número de pós-graduações oferecidas.

O professor de inglês Ícaro Luís Fracarolli Vila, de Brodowski, interior de São Paulo, encontrou na EAD a oportunidade que buscava: atualizar-se em sua área de atuação, com autonomia de estudo e de horários. Entre 2010 e 2013, Vila fez quatro especializações em linguística e pedagogia. A incrementada no currículo melhorou seu desempenho em sala de aula e contribuiu para sua promoção a diretor da escola de idiomas CNA, na qual trabalha. “Como o meu cargo agora exige competências de gestão, eu me inscrevi em um MBA em Gestão de Negócios no início de 2013, e a EAD, mais uma vez, está me ajudando”, conta ele. Ao lado da ascensão na carreira, a EAD abriu novas portas ao professor: ele conquistou recentemente uma importante vaga de pesquisador auxiliar de EAD na Universidade de São Paulo (USP).

Selo de qualidade

A qualidade faz toda a diferença num curso em EAD. Na opinião de Stavros Xanthopoylos, diretor da FGV Online e vice-presidente da Abed, um bom curso deve ter calendário de estudos bem estruturado e ótimos tutores virtuais para tirar dúvidas, dar orientação na elaboração dos trabalhos finais e mediar chats e discussões. Para ter a garantia de que o curso escolhido tenha um projeto pedagógico com padrão de excelência, é aconselhável limitar a escolha às mais renomadas instituições.

Como a EAD é relativamente nova no Brasil, o mercado ainda impõe algumas barreiras à plena aceitação dessa modalidade de ensino. Aí, o diploma de uma instituição prestigiada também é relevante. “Eu estudei apenas em ótimas instituições e não sinto nenhum preconceito. Mas alguns colegas, que optaram por cursos em faculdades menos reconhecidas, perceberam essa dificuldade”, confirma Vila.

Mas o mercado de trabalho reconhece cada vez mais: a EAD dá ao aluno acesso a um ensino de ponta, com grandes mestres, não importa onde eles estejam. “A EAD leva educação de qualidade a qualquer um, em qualquer lugar”, afirma Emili Ferreira Abrahem, presidente da Associação Baiana de Estudantes de Educação a Distância.

O bom aluno de EAD
Antes de se matricular em um curso a distância, verifique se você tem as características recomendadas – ou se está disposto a desenvolvê-las. Primeiro, como ocorre para alunos de qualquer modalidade de pós-graduação, para ter bom aproveitamento no curso, o aluno deve estar motivado, com objetivos bem firmes traçados. Para um curso em EAD, especificamente, é preciso também espírito independente e disciplina para criar sua própria rotina de estudos, manter-se fel a ela e buscar, sozinho, os recursos de aprendizagem. Essa autonomia não dispensa o aluno de ter capacidade de trabalhar em grupo. Afinal, o estudo em EAD não é solitário. O candidato interage não apenas com tutores, mas também com colegas, no ambiente virtual e nos polos presenciais. Terceiro ponto, dominar a tecnologia para navegar com segurança pelos ambientes virtuais é essencial, bem como ter bom domínio do português para trocar mensagens com clareza e interpretar corretamente os textos. “A EAD é a modalidade de ensino mais indicada para formar cidadãos digitais e gerar competências bastante valorizadas no atual mercado de trabalho, diferenciando o aluno da concorrência”, conclui Xanthopoylos. Mas, se você gosta da vida acadêmica das faculdades e o contato direto com colegas e professores, a rotina solitária da EAD não é a melhor opção

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