No mundo globalizado em que vivemos, falar uma segunda língua já é visto como algo básico, e não mais como um diferencial no currículo. Prova disso é que o mercado de trabalho, que busca sempre profissionais qualificados e atualizados, inclui dentro desses quesitos o domínio de idiomas, principalmente do inglês.
No entanto, um levantamento do Índice de Proficiência em Inglês realizado pela empresa de educação internacional EFEducationFirst entre 68 países mostra que o brasileiro está defasado neste ponto. Em 2014, o Brasil alcançou apenas a 38ª posição da lista, ficando atrás de países como a Argentina e o Peru.
A competitividade do profissional no mercado de trabalho é afetada diretamente pelo mau desempenho em inglês, como explica Bernadette Franco, Pró-Reitora de Pós-Graduação da Universidade de São Paulo (USP). “Quem fala, lê, escreve e entende inglês sai sempre na frente de quem não tem essa capacidade”, afirma.
O inglês para a pós-graduação
No mundo da pós-graduação isso não é diferente. De acordo com Bernadette, cursos acadêmicos como mestrado e doutorado exigem o conhecimento do inglês para que o aluno possa estar em dia com os avanços da ciência. “Para os cursos de especialização e profissionalizantes o inglês pode ser menos importante, mas mesmo assim não deve ser deixado de lado”, acrescenta.
Apesar de cada instituição possuir seus próprios requisitos de seleção para os cursos de mestrado e doutorado, é comum entre muitas delas a exigência de um certificado de proficiência em inglês ou ainda a aplicação de uma prova própria para testar os conhecimentos do candidato na língua.
Bernadette ainda lembra que em áreas como a de humanas, por exemplo, o francês e o espanhol também são importantes. Isso pode acabar levando a um impasse: quem tem um inglês fraco ou intermediário e possui interesse em outra língua deve focar em melhorar o inglês ou em aprender esse novo idioma?
“O ideal seria fazer as duas coisas. Hoje uma pessoa pode ter proficiência em outras línguas. No entanto, se não souber inglês terá muita dificuldade para acompanhar o mundo em que vivemos”, afirma a Pró-Reitora.
Como estudar inglês tendo uma rotina ocupada?
Para quem tem um dia a dia atarefado, incluir nele um curso de inglês pode parecer uma tarefa difícil. Com um pouco de organização, no entanto, é possível dedicar uma parcela do seu tempo ao estudo da língua.
Muitas escolas oferecem cursos no horário da noite, que podem ter aula uma ou duas vezes na semana, ou ainda no horário do almoço. Considere: turmas com apenas um dia de aula possuem uma carga horária mais pesada, mas você precisará ir até a escola apenas uma vez na semana; turmas com dois dias de aula exigem que você se desloque mais vezes, mas a carga horária de cada dia é menor. Existe, ainda, a possibilidade de fazer cursos aos sábados.
Caso seja realmente impossível encaixar um curso presencial em sua rotina, não desista: você pode se inscrever em um curso a distância ou recorrer a aplicativos didáticos, como o Duolingo e o Voxy. Mas lembre-se que, nesses casos, é ainda mais necessário ter disciplina nos estudos, já que você não terá a cobrança física de um professor sobre o seu desempenho.
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