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Jornalismo

O bacharel em Jornalismo trabalha na busca de informações e na sua divulgação por meio de veículos de comunicação

Por Redação do Guia do Estudante
Atualizado em 22 Maio 2019, 16h40 - Publicado em 28 Maio 2012, 14h00
Jornalismo
(GE/Guia do Estudante)

O bacharel em Jornalismo trabalha na busca de informações e na sua divulgação por meio de veículos de comunicação, como jornais, revistas, rádio, Tv e internet. É o profissional da notícia.

No seu dia a dia, ele investiga e divulga fatos e informações de interesse público, redige e edita reportagens, faz entrevistas e escreve artigos, adaptando o tamanho, a abordagem e a linguagem dos textos ao veículo e ao público a que se destinam. Pode se especializar em acompanhar os acontecimentos na política, na economia ou na administração pública. Ou se dedicar a divulgar novidades no campo da ciência, dos esportes, da saúde e da cultura.

Pode se especializar, ainda, em segmentos mais específicos, como moda ou gastronomia. Senso crítico, capacidade de expressão, cultura geral, domínio do português, de técnicas de redação e de softwares de edição de textos e de imagens são requisitos fundamentais.

Fique de Olho

MEIO DIGITAL EXIGE NOVO PERFIL

O jornalismo mudou, e os recém-formados devem acompanhar a nova realidade. Embora meios impressos como jornal e revista ainda tenham seu lugar, a produção digital, com o crescimento das mídias sociais, consolidou-se como um importante canal de comunicação. Isso mexe com o perfil do profissional, que precisa dominar ferramentas como o web analytics, que é a análise de dados qualitativos e quantitativos de um site, com o objetivo de aumentar a sua audiência.

Nesse novo formato do jornalismo, descobrir o número de cliques em um site, o tempo de permanência do leitor na página ou as palavras-chaves mais buscadas pelos internautas em um portal ajudam a definir o melhor horário para subir um conteúdo e até criar pautas a partir da repercussão que um tema está causando nas redes sociais.

 

COLETIVOS DE JORNALISTAS

Nos últimos anos, surgiram no país vários coletivos de jornalistas, compostos principalmente por recém-formados ou estudantes de Jornalismo dedicados a fazer reportagens investigativas, fora da chamada grande imprensa, para divulgação na internet.

“Alguns coletivos têm o apoio de jornalistas experientes, outros estão ligados a organizações sociais”, diz a professora Roseli Fígaro Paulino, da ECA-USP. “Os rendimentos não são altos, mas é uma chance de atuar naquilo em que se acredita, fazendo um jornalismo sério e independente”.

 

OBRIGATORIEDADE DO DIPLOMA

No Brasil, não é obrigatório o diploma de graduação em Jornalismo para exercer a profissão. Em 2009, o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou essa exigência. O assunto voltou à tona em 2012 com a aprovação no Senado da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 206/2012, que propõe a volta da obrigatoriedade do diploma. Em agosto de 2017, a PEC ainda aguardava votação na Câmara dos Deputados.

Os defensores do diploma dizem que a formação acadêmica garante um nível mínimo de qualidade profissional e amplia a segurança nas negociações trabalhistas com os empregadores do setor.

Já os críticos apoiam-se na ideia de liberdade de expressão e afirmam que na maioria dos países democráticos não há essa exigência.

O que você pode fazer

Comunicação digital multimídia: criar, montar, implantar e cuidar da manutenção de websites, intranets e extranets. Redigir e editar boletins e revistas eletrônicas. Administrar conteúdos na internet.

Comunicação empresarial: promover o contato entre determinada organização com a imprensa ou outro público-alvo, como funcionários, fornecedores, clientes, governo e entidades, a fim de divulgar o nome da empresa, seus valores e produtos.

Edição: definir o enfoque e o tamanho da reportagem e redigir o texto final. Em veículos impressos e na internet, selecionar fotos e ilustrações que serão usadas. Em rádio e TV, combinar imagens e/ou sons para dar forma final a documentários e noticiários.

Fotojornalismo: fotografar cenas reais, pessoas e acontecimentos para reportagens em jornais, revistas ou internet.

Reportagem: coletar informações e redigir textos para divulgação em rádio, televisão, jornais, revistas ou internet.

Mercado de Trabalho

O mercado de trabalho para jornalistas, especialmente em veículos da imprensa tradicional, como jornais e revistas, passa por uma grande transformação. “O modelo de contratação mudou radicalmente nos últimos anos”, diz a professora Roseli Fígaro Paulino, coordenadora do grupo de pesquisa Comunicação e Trabalho da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP. “Hoje tem trabalho, mas quase não tem emprego. A contratação de serviços se dá majoritariamente por meio de profissionais autônomos, os freelancers, e contratos de pessoa jurídica, no qual o jornalista tem de ter uma empresa para prestar serviço ao jornal, rádio ou site”. Com isso, o jornalista precisa, cada vez mais, ter um perfil empreendedor.

“Estamos acrescentando à grade curricular do curso a cadeira de empreendedorismo em jornalismo, que deve começar a ser oferecida em 2019. Queremos preparar o profissional para ser capaz de empreender”, diz o professor André Chaves de Melo Silva, coordenador do curso da ECA-USP.

Agências de assessoria de imprensa, assim como departamentos de comunicação de empresas privadas e repartições públicas, ainda contratam, e os salários são em média um pouco mais altos do que no meio impresso.

A geração de conteúdo digital para a internet, por outro lado, abre novas possibilidades – inclusive a de empreender criando portais, sites, canais no YouTube. Mas, para isso, o bacharel precisa entender da linguagem da internet e das redes sociais e ter conhecimento de ferramentas multimídia.

Mesmo com a não obrigatoriedade do diploma, as empresas de mídia são exigentes e preferem candidatos com formação superior. São Paulo e grandes capitais oferecem o maior número de vagas, mas a perspectiva de trabalho na internet e nas redes sociais aumenta as chances de atuação em cidades de médio porte.

Curso

As disciplinas básicas incluem língua portuguesa, economia, ética, filosofa e teoria da comunicação. E entre as matérias específicas constam história do jornalismo, jornalismo interpretativo e informativo, técnicas de redação e edição de texto, técnicas gráficas e novas tecnologias de comunicação.

A grade curricular prevê aulas práticas de fotojornalismo, jornalismo impresso e on-line, radiojornalismo e telejornalismo desde o primeiro semestre.

O trabalho de conclusão de curso, obrigatório, pode ser um projeto prático, como a elaboração de um jornal impresso ou de um programa de TV, mais a entrega de uma monografia ou relatório. No último ano, o aluno também tem que fazer estágio.

Duração média: 4 anos.

Outros nomes: Comun. Soc. (jornalismo e multimeios); Comun. Soc. (jornalismo).

 

Legenda:

Estrelas da Avaliação do Guia do Estudante

★★★★★ - Excelente

★★★★ – Muito bom

★★★ - Bom

CPC – Conceito Preliminar de Curso ① ② ③ ④ ⑤ 

O CPC é o indicador do Ministério da Educação que mede a qualidade dos cursos. Ele varia de 1 (menor valor) a 5 (maior valor). Ele está informado na ficha do curso para todas as graduações que tinham esse indicador disponível (fonte: site do Inep, anos 2014, 2013 e 2012). 

Cifrões – Referem-se às faixas de preço da mensalidade:

$ - Até 500,00 reais

$$ - De 500,01 a 750,00 reais

$$$ - De 750,01 reais a 1.000,00 reais

$$$$ - De 1.000,01 a 1.500,00 reais

$$$$$ - Acima de 1.500,01 reais

n/i - Valor não informado

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