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Redação: escrever em primeira pessoa é errado?

Professora explica se o recurso é realmente um vilão na hora de fazer as provas

Por Julia Di Spagna
Atualizado em 6 dez 2020, 12h02 - Publicado em 28 ago 2020, 16h43

Para uma redação receber nota máxima no vestibular, ela precisa atender a certas exigências da banca, como apresentar coesão, coerência, domínio da norma culta e ser escrita de acordo com o tema e o estilo textual cobrado na proposta. Mas, além desses fatores, alguns detalhes e regras podem fazer a diferença entre conseguir ou não um bom resultado. 

Entre essas regras, você já deve ter ouvido que falar que é absolutamente proibido escrever em primeira pessoa em uma redação, certo? Mas será que isso vale sempre, para todos os vestibulares e todos os tipos de texto?

Vestibular

A dissertação argumentativa, gênero textual exigido na maioria dos vestibulares, deve ser um texto objetivo, crítico e analítico, embasado em argumentos sólidos. Ou seja, sua nota será prejudicada se escrever algo com caráter opinativo, subjetivo e baseado em crenças pessoais. Por isso, nesses casos, a recomendação é que a redação seja feita na terceira pessoa do discurso. 

O uso da terceira pessoa na dissertação permite ao escritor o papel de observador da situação, aumentando as chances de uma visão objetiva, distanciada e ampla sobre o problema. Isso ajuda a emitir um parecer isento e com credibilidade, pois o autor assume a função de pesquisador e mediador, que utiliza dados e citações de autoridades no assunto para comprovar sua tese. 

Segundo a professora de redação Andréia Silveira Tavares, do Maximize, o uso da primeira pessoa do discurso em dissertações argumentativas, apesar de não ser indicado, não é proibido. Ela afirma que é esse recurso pode até ser observado na leitura de redações com nota máxima nos vestibulares mais concorridos do país, como Fuvest, Unicamp e Enem.

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“Não é proibido que o candidato utilize em alguns momentos, poucos e específicos no texto, contanto que saiba utilizá-la argumentativamente a seu favor”, diz a professora.

Como usar?

Tavares explica que é possível que o próprio escritor tenha uma autoridade no assunto, com dados empíricos relevantes, ou tenha experiências no tema, propriedade e credibilidade para apresentar e compartilhar tais conhecimentos. 

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“É quando o uso da primeira pessoa pode ser persuasivo, pois fala como representante, porta-voz de um grupo, de uma categoria profissional, morador de determinada região, integrante de grupos étnicos, etc.”, exemplifica a professora. 

Mas, lembre-se: deve ser utilizado com cautela e apenas se você se sentir seguro e consciente da estratégia que está usando, não aleatoriamente, por costume ou por falta de orientação, como muitas vezes ocorre.

Outros gêneros textuais

Em outros gêneros textuais, como na narração, o uso da primeira pessoa também é permitido, sempre com o cuidado na escolha do narrador mais adequado.

Já nas redações que pedem Carta Argumentativa, o uso da primeira pessoa do discurso é obrigatório.

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Confira aqui como deve ser o estilo de texto em forma de carta ou e-mail.

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