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Brasileiro aprovado em Columbia dá dicas para estudar no exterior

"Boas notas não são tudo", afirma o estudante

Por Priscila Bellini, do Estudar Fora
Atualizado em 16 mar 2018, 07h00 - Publicado em 16 mar 2018, 07h00
 (iStock/iStock)
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Para o capixaba João Pedro Schuchter, estudar fora era um plano de longa data. Ele contava desde cedo com o encorajamento da família para manter os estudos em dia e sabia do prestígio das instituições estrangeiras. A preparação para chegar às universidades americanas, então, levou tempo e exigiu foco por parte do brasileiro durante um ano inteiro. Mas os resultados valeram a pena, afinal: João foi aprovado em Columbia.

“Sempre quis estudar no exterior, desde que comecei a estudar inglês, a ver filmes americanos, a praticar inglês com músicas…”, conta ele, que inicia a graduação este ano. A motivação para estudar fora cresceu ainda mais depois de seu irmão mais velho embarcar para a Universidade Columbia, em Nova York. “Eu já tinha certeza de que o meu terceiro ano seria focado na application”.

Além da proximidade com o irmão, a universidade americana oferecia vantagens, como o renome a nível internacional, bolsas de estudo generosas e a possibilidade de mesclar diversas áreas na graduação. No caso do brasileiro, os campos de interesse incluíam política, ciência da computação e neurobiologia. “A liberdade que Columbia oferece vai me dar tempo suficiente para decidir em qual área focar”, diz o brasileiro.

Decidido a se candidatar, foi a vez de colocar as mãos à obra. Durante o período de preparação, João contou com apoio do Prep Estudar Fora, programa gratuito criado pela Fundação Estudar, cujas inscrições vão até 23 de março.

“Boas notas não são tudo”

O processo de seleção das instituições americanas costuma ser caracterizado como “holístico”. Ou seja, os fatores considerados não se limitam a notas em provas, mas levam em conta a trajetória do candidato, suas atividades extracurriculares e seus planos de carreira.

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Justamente por isso, há diversas etapas no processo. Entre elas, estão testes de proficiência (como TOEFL e IELTS), exames padronizados como o SAT e redações que “apresentam” o aluno ao escritório de admissions. A soma de tais etapas deve contar a trajetória do estudante, uma história que interesse à universidade.

Para elaborar sua application, João Pedro reuniu aspectos ligados a suas atividades extracurriculares. Um deles tinha a ver com protagonismo jovem, já que o brasileiro se tornara delegado nacional junto à Secretaria Nacional da Juventude. Entravam na lista de atividades as olimpíadas científicas, o interesse do brasileiro por cinema independente e sua participação em programas de reforço escolar para outros estudantes. O jovem aprovado em Columbia define a imagem passada que pretendia passar na application: “uma pessoa de cidade pequena que tentou atuar da melhor forma possível para fazer a diferença onde mora”.

Entretanto, João destaca que não há perfil exato ou modelo para ser aceito nas principais escolas dos Estados Unidos. “Você não precisa saber fazer bem 20 mil coisas”, aponta ele. “Mas sim ser bom no que faz e ter impacto onde mora”. Nessas horas, comparar-se a outros candidatos, com outras experiências acadêmicas e extracurriculares, é um problema. “Não dá para comparar o palco dos outros com o seu backstage”.

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Dicas de um aprovado em Columbia: como se preparar

Os conselhos de João têm um ponto de partida em comum: a candidatura é um processo difícil. Não só pelas provas exigidas, que demandam tempo para treinos e estudo das matérias, mas também pela elaboração dos essays, o “coração” da application.

No caso do brasileiro aprovado em Columbia, foram três temas de redação cogitados – sendo que os dois primeiros foram descartados depois de várias correções. “Havia dias em que eu acabava de corrigir minha redação, enviava e, no dia seguinte, recebia de novo, com uma observação em cada linha”, conta João. Eram parágrafos a serem cortados, correções gramaticais a serem feitas, frases a serem reescritas, sempre com orientação de um mentor mais experiente. “Eu queria deitar, chorar e desistir daquilo”.

Contar com apoio dos especialistas e mentores envolvidos no Prep Estudar Fora, além da rede de alunos, fez diferença. “Os coordenadores estavam sempre disponíveis. Se alguém estivesse triste, ou mesmo nervoso na véspera de uma prova, eles sempre vinham conversar”.

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Uma boa application, como ele ressalta, não precisa ter notas impecáveis de cima a baixo. “Boas notas não são tudo. Se você tirar uma ruim, não é o fim do mundo”, opina João. “O principal é perseverança ao fazer a candidatura”.

Este artigo foi originalmente publicado por Estudar Fora, portal da Fundação Estudar.

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