Nesta quinta-feira (21), o Brasil e a China assinaram um acordo de intercâmbio para o Programa Ciência sem Fronteiras que beneficiará até 5 mil estudantes brasileiros entre 2012 e 2015.
A presidente Dilma Rousseff e o primeiro ministro da China, Wen Jiabao, durante assinatura de atos internacionais entre os dois países. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
A China vai oferecer 250 bolsas de estudos por ano e o governo chinês isentará mensalidade e taxa de matrícula de 600 vagas. As vagas estarão disponíveis em instituições que ofereçam aulas em inglês e são para as áreas prioritárias do Ciência sem Fronteiras (como engenharias, ciências da natureza e energia renováveis) para cursos de graduação, graduação-sanduíche e pós-graduação. As outras vagas serão custeadas pelo governo brasileiro.
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Os dois países também firmaram parceria para a criação de um centro de cultura brasileira na China e um centro de cultura chinesa no Brasil, que será o primeiro na América Latina. Segundo o Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a ideia é estimular a difusão da cultura e da língua dos dois países.
A parceria foi feita em uma reunião da presidente Dilma Rousseff com o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, no Rio de Janeiro, onde participam da Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável).
Intercâmbio com universidades africanas
Esta semana, o governo brasileiro também anunciou uma parceria com universidades de países falantes de língua portuguesa da África e do Timor Leste para o intercâmbio de estudantes.
O anúncio foi feito durante o encontro anual da Associação das Universidades de Língua Portuguesa (Aulp), que começou na última segunda-feira (18) na capital de Moçambique.
A verba é de 1 milhão de euros por ano (cerca de R$ 2,6 milhões) e beneficiará até 400 professores e alunos de cursos em instituições brasileiras e do exterior com o custeio de passagens aéreas e bolsas para o período de um a quatro meses nos projetos de ensino e pesquisa das universidades.
De acordo com o reitor da UFMG e vice-presidente da Aulp, Clélio Campolina, “o Brasil tem com a África uma dívida social desde a escravidão”, e essa é uma forma de integrar e promover o desenvolvimento da pesquisa nos países africanos e aproximar o Brasil do continente.
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