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Como se preparar para estudar em uma universidade no exterior

Saiba como funcionam os processos seletivos e como escolher a universidade certa

Por Letícia Albuquerque
Atualizado em 29 Maio 2020, 10h12 - Publicado em 29 Maio 2020, 10h12

De intercâmbios a universidades no exterior, a procura por experiências internacionais por estudantes brasileiros tem aumentado nos últimos anos. A última pesquisa divulgada, em 2019, pela Associação das Agências Brasileiras de Intercâmbio (Belta), informou que, em 2018, 37,7% mais estudantes começaram uma graduação internacional em comparação ao ano anterior.

Segundo Liza Yoshitani, gerente do processo de admissão em universidades estrangeiras na CI, uma das maiores agências de intercâmbio e turismo jovem do Brasil, “existe uma tendência, atualmente, dos estudantes se inscreverem em universidades no Brasil e, ao mesmo tempo, no exterior”. Dessa forma, o estudante está aberto para mais oportunidades e pode decidir qual caminho seguir após receber as respostas de aprovação.

Por isso, preparamos um guia respondendo as maiores dúvidas sobre fazer uma universidade no exterior e como se preparar para esse processo.

Escolhendo o destino de estudos

Liza conta que não há uma regra para essa escolha: “existem faculdades para vários perfis diferentes, principalmente nos EUA, que conta com 4.800 universidades”. Por isso, é preciso pensar quais são suas prioridades ao viver fora do Brasil. A escolha pode partir de um país em que você sonha viver ou, também, de um desejo acadêmico de estudar em universidades de renome internacional, como Cambridge e Harvard.

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Apesar da grande concorrência em instituições renomadas, as universidades sempre abrem vagas para estrangeiros. Isso porque ter maior diversidade, contar com alunos de diversos países, rende pontos às instituições nos rankings internacionais. Liza afirma que, para uma universidade ter boa reputação, ela deve ter uma porcentagem mínima de estrangeiros de origens diversas como estudantes, o que agrega na troca de cultura e valores, aumento da tolerância, além de gerar variedade de conhecimentos para o ambiente acadêmico.

Porém, para ingressar em qualquer universidade estrangeira é preciso estar de acordo com os requisitos particulares de cada instituição, como veremos mais à frente. Outro detalhe importante é a antecedência ao se preparar para o processo seletivo. Lembre-se de que o calendário acadêmico no exterior costuma ter início entre os meses de agosto e setembro, muito diferente do Brasil. Na CI, os consultores indicam que você comece os preparativos com o mínimo de um semestre de antecedência ao período que deseja embarcar. Mas quanto antes melhor.

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O que é “application” e como funciona

Application nada mais é que a inscrição no processo seletivo das universidades. Diferentemente do Brasil, a seleção dos alunos é mais extensa e baseia-se em duas etapas principais: a avaliação acadêmica a partir do histórico escolar (que deve ser entregue em português e em tradução juramentada no idioma requisitado pela instituição), o certificado de proficiência no idioma e documentos pessoais, como o passaporte.

Já na segunda etapa, o estudante é avaliado a partir de cartas de recomendação – geralmente de um professor e do diretor da escola –, uma carta de intenção escrita pelo próprio aluno, em que ele se apresenta e explica por que quer estudar na universidade escolhida e, por fim, um currículo geral com detalhes sobre seus estudos, atividades extracurriculares, participação em esportes ou olimpíadas acadêmicas, entre outros.

Como se destacar no processo seletivo

Os requisitos das universidades variam muito de acordo com seu perfil e o que esperam de seus graduandos. Mas uma coisa é certa: sua média de notas contará muito nessa seleção. “Em todos os países, as faculdades usam um sistema de meritocracia para avaliar os alunos, então o histórico escolar deve mostrar como eles se desenvolveram nos quatro anos anteriores (ou seja, desde o nono ano) e suas notas”, conta Liza.

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Ela dá o exemplo de uma universidade muito requisitada pelos brasileiros, a UCLA, na Califórnia, em que a média de notas, chamada DPA, é de 3.5, o que no nosso currículo escolar, significa uma média de 8.5 nas matérias. Segundo Liza, se o aluno não tem essa média, ele nem passa para a próxima fase de avaliação.

Para Liza, essa é uma desvantagem para os alunos brasileiros. “Nós temos que conversar com as universidades e explicar que temos uma cultura dos alunos se prepararem para avaliações que acontecem, geralmente, no final do terceiro ano do Ensino Médio, os vestibulares, então dificilmente um aluno do nono ano está pensando sobre isso, né?”, comenta. Mas ela também indica que essa tendência vem mudando e, por isso, quanto mais cedo o aluno começa a pensar na possibilidade de estudar no exterior, ele também se prepara mais academicamente.

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O idioma e os testes de proficiência

Uma das dúvidas levantadas pelos alunos é sobre o domínio do idioma estrangeiro, também chamado de proficiência. A maior parte das universidades, como comentamos antes, pedem o certificado do exame de proficiência que avaliará a partir de uma nota o desempenho do estudante. Cada idioma tem exames próprios: para Inglês existem o TOEFL, o Cambridge e o IELTS; para Espanhol, o DELE; Alemão, o Test-Daf, e assim por diante.

A escolha do teste de proficiência vai depender dos requisitos da universidade e, também, em qual idioma as aulas são ministradas, já que muitas instituições em países não-falantes do inglês ministram as aulas nesse idioma. Assim, será necessário ter proficiência na língua inglesa e não no idioma nativo.

É importante lembrar que os exames não são feitos pelas universidades (apesar de existirem algumas exceções, que não dizem respeito àquelas mais concorridas) e podem ser feitos no Brasil. Além disso, esses exames são pagos e devem entrar nas contas do seu orçamento.

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Quanto eu vou gastar estudando fora

Os preços das universidades estrangeiras variam muito entre si e, por isso, Liza afirma que também é importante levar em conta o custo-benefício na hora de escolher sua universidade. Em todos os países, estrangeiros pagam em torno de 30% mais caro para estudar em comparação aos nativos. Nesse caso, ter a cidadania europeia pode ajudar caso você queira estudar na Holanda ou em Portugal, por exemplo, uma vez que, nesses países, o passaporte europeu te dá o direito de pagar o mesmo valor que os estudantes locais.

Mas quase todas as instituições de ensino estrangeiras oferecem um sistema de bolsa próprio. De acordo com Liza, as bolsas são uma etapa posterior à aprovação do estudante e não podem ser garantidas. “Primeiro, você é aprovado na universidade; depois, entramos com o pedido pela bolsa que, na maior parte dos casos, é oferecida com base no currículo escolar do aluno”, conta. Nessa etapa, também, as notas do boletim vão fazer diferença.

Adaptando-se a uma nova realidade

Depois de, finalmente, ser aprovado surgem dúvidas sobre a adaptação no seu novo destino. Algumas universidades apostam em um sistema de apoio aos estudantes estrangeiros para fazê-los se sentirem bem-vindos com um departamento focado em planejar eventos e atividades para apresentar a universidade e como serão os anos seguintes de suas vidas.

Porém, universidades com grande renome e, consequentemente, muito concorridas não costumam dar esse apoio. É interessante também levar em conta esse quesito ao escolher sua universidade. Se, para você, uma adaptação confortável é importante, foque em instituições que te ofereçam esse sistema.

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