Discriminação de gênero tira mulheres de áreas exatas e preocupa governo
Governo quer treinar professores para lidar com questões de gênero e diversidade
Preocupado com o baixo índice de mulheres em profissões da área de exatas, o governo colocou como meta, qualificar, até 2014, meio milhão de professores nas questões de gênero e diversidade.
De acordo com a ministra Iriny Lopes, da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres (SEPM) órgão ligado à Presidência da República, a decisão tem o intuito de iniciar uma mudança cultural em longo prazo, que tenha reflexos na condição da mulher no mercado de trabalho.
“Uma das nossas metas é chegar em 2014 com meio milhão de professores formados em gênero e diversidade, um programa que está sendo coordenado pelo Ministério da Educação. Temos que dar escala a essa formação e melhorar as condições para trabalhar a autonomia das mulheres”, enfatizou a ministra.
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Desigualdade
A pesquisa Síntese de Indicadores Sociais de 2010 demonstrou que, mesmo mais escolarizadas que os homens, o rendimento médio das mulheres continua inferior ao dos homens. As mulheres ocupadas ganham em média 70,7% do que recebem os homens. A situação se agrava quando ambos têm 12 anos ou mais de estudo. Nesse caso, o rendimento delas é 58% do deles.
“O maior nível de escolaridade não fez todos iguais no mercado de trabalho nem fez com que os salários fossem iguais entre homens e mulheres para as mesmas funções. Infelizmente isso [o maior nível de escolaridade] não serviu no Brasil para alçar as mulheres a cargos de poder, de decisão, de chefia”, destaca Iriny.
*com informações da Agência Brasil
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