A Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da Universidade de São Paulo (USP) discute medidas que poderão enxugar a grade curricular do curso de Economia. O motivo é a falta de professores de matérias optativas eletivas.
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O curso tem hoje 69 professores. Desses, 17 já passaram da idade de se aposentar e 3 estão licenciados. Há duas décadas estimava-se em 120 o número de docentes. Conforme os professores foram saindo, algumas disciplinas praticamente deixaram de existir, pois haviam sido criadas como resultado de pesquisas desses professores.
Das 50 disciplinas do curso, cerca de metade é oferecida com regularidade. Algumas matérias, segundo alunos, não abrem turma há anos, como Economia Agrícola, Economia do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Economia e Responsabilidade Social.
Para mudar essa situação, algumas propostas foram apresentadas. Duas propostas estão em jogo. A primeira, da coordenadora Vera Fava, prevê a reorganização das optativas eletivas em 10 módulos – matérias de seis créditos-aula e dois créditos-trabalho que seriam ministradas por entre dois e quatro professores. Além das obrigatórias, o aluno cursaria cinco módulos para se formar.
A outra sugestão, do professor Rodrigo De Losso, quer adicionar dois créditos-trabalho às obrigatórias centrais do curso (Macroeconomia, Microeconomia e Econometria), o que implicaria a redução da carga horária destinada às matérias optativas de 26% da grade para 16%. Pela proposta, a FEA também teria de fazer uma faxina nas optativas de Economia, sendo obrigada a oferecer 15 disciplinas todo ano. Para colar grau, o aluno precisaria pegar oito.
Os professores do departamento têm até 2 de setembro para votar as mudanças na grade. As alterações ainda devem ser apreciadas por órgãos colegiados da FEA e da universidade. Se aprovadas, passarão a valer para os ingressantes a partir de 2013.
A dificuldade para recompor o quadro de professores, entre outros motivos, pode estar sendo ocasionada pelo aquecimento da economia. Profissionais bem formados estão sendo disputados pelas empresas e por instituições de ensino privadas. No ano passado, a USP não conseguiu preencher duas vagas abertas para docentes de Economia.
*Com informações de O Estado de S.Paulo
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