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Jovem aprovada em universidades públicas estudava apenas 3 horas por dia

Luma estudou em escola pública e terminou o Ensino Médio pelo Encceja. Conheça sua trajetória até a aprovação na USP, Unicamp e UFPE

Por Ludimila Ferreira
Atualizado em 5 mar 2024, 19h22 - Publicado em 5 mar 2024, 19h00
luma estudante branca de cabelos cacheados
(Arquivo Pessoal/Reprodução)

Se a estudante Luma Ferreira, de 21 anos, tivesse um número da sorte, certamente ele seria o três. Durante três semestres, ela dedicou três horas todos os dias se preparando para o Enem, depois de enfrentar um Ensino Médio nada convencional em meio à pandemia. O resultado? Três aprovações: Ciência da Computação na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e na UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), e Arquitetura e Urbanismo na USP (Universidade de São Paulo).

Acabou optando pela UFPE: uma universidade mais perto de casa, que oferecia boas oportunidades de estágio e abertura para o mercado de trabalho. “Com esse curso eu vou conseguir me manter bem e ter um estudo que gostaria”, avalia.

Em conversa com o GUIA DO ESTUDANTE, Luma relembrou seu Ensino Médio em uma escola pública, contou por que precisou concluir os estudos por meio do Encceja (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos) e deixou dicas para quem busca a aprovação.

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Uma pandemia no meio do caminho

Nascida em Salvador, na Bahia, Luma vive em Natal (RN), onde cursou o Ensino Médio no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN). Ou ao menos boa parte dele. A estudante, como tantos outros colegas, se viu encurralada em casa pela pandemia de covid-19, e não conseguiu concluir os estudos regularmente. Acabou buscando o certificado do Ensino Médio por meio do Encceja, exame voltado para jovens e adultos. Todo esse cenário acabou atrapalhando sua preparação para o Enem

Luma conta que quando começou a estudar para o exame em julho de 2022, tinha uma base de conteúdos fraca. Além disso, enfrentava um momento conturbado em casa e havia perdido amigos, o que afetou sua saúde mental. “A pandemia me machucou muito e eu fiquei desolada. Peguei o Enem e me agarrei nisso”, relembra a estudante. Resolveu fazer o melhor com o que tinha à disposição naquele momento, e passou a dedicar três horas por dia aos estudos. Mas logo viu que a missão não seria fácil.

Como tinha cursado o Ensino Médio junto com o técnico de Geologia, várias disciplinas haviam ficado de fora da grade. “Eram quatro anos de curso e as matérias eram divididas de maneira avulsa”, relata, pontuando que não havia estudado História ou Biologia, por exemplo. Para ser aprovada, precisaria apostar em uma estratégia especialmente desenvolvida para sua situação.

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A estratégia de estudos

Três horas de estudo por dia pode até parecer pouca coisa quando se trata de passar no vestibular, mas Luma provou que o principal fator para alcançar a aprovação é entender as próprias limitações e dar o melhor de si no tempo que tem disponível. Por isso, seu primeiro passo foi estudar sobre como estudar.

Explorou métodos que focavam no aprendizado rápido e eficaz, e depois montou um cronograma focado em suas fraquezas. Ela diz que, se sentia que já dominava um assunto, seguia em frente. Também dedicou um tempo para analisar como funcionava o ingresso nas universidades que pretendia cursar, avaliando, por exemplo, o peso que atribuíam a cada área do Enem. 

Com tudo isso estruturado, utilizou o começo de 2023 para focar nas disciplinas que tinha muita dificuldade, como Matemática e Ciências da Natureza. Já na reta final, quando havia passado pela maioria dos conteúdos, passou a fazer mais simulados – e uma boa correção deles.

Veja os cronogramas da estudante:

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print de uma planilha com o cronograma de janeiro a julho de 2023
Cronograma de estudos de janeiro a julho de 2023 (Arquivo Pessoal/Reprodução)
print do cronograma de estudos
Cronograma de estudos de agosto a novembro de 2023 (Arquivo Pessoal/Reprodução)

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Além dos horários de estudo planejados e organizados, Luma diz que é importante para o vestibulando sempre realizar um autodiagnóstico durante o ano. Por fim, pontua que independentemente do tempo que tenha à disposição, é importante fazer com que ele renda. 

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“Eu ia para biblioteca sem celular. Só eu, o caderno e o notebook”, diz a estudante que cronometrava seus estudos. Ela conta que assistia a uma aula de cursinhos online ou do Youtube, e em seguida tirava um descanso de dez minutos para fazer o que quisesse. Depois, voltava com foco absoluto. Além disso, colocava pequenas metas durante seus estudos, como aumentar dois acertos sempre que fazia um novo simulado. Documentar os acertos fazia com que Luma se sentisse mais motivada e progredindo.

A comparação é o caminho para a frustração

Quando perguntada sobre o que faria de diferente em sua jornada, Luma não hesita: teria se preocupado menos e não teria se comparado com outros vestibulandos de realidades diferentes da sua. Ela relembra que costumava assistir a vídeos sobre alunos aprovados em cursos concorridos, como Medicina, ou então que vinham de um contexto diferente do seu e haviam estudado em escolas particulares.

Com isso, começava a pensar que a aprovação era inatingível – até o momento em que percebeu que pessoas diferentes têm jornadas diferentes. “Eu acho que se eu tivesse entendido isso antes, eu teria me machucado menos mentalmente e talvez teria talvez feito a prova com mais confiança”, conclui a estudante. 

Luma ainda destaca a importância de conciliar a vida pessoal com a rotina de estudos, sem abandonar os momentos de lazer. No final das contas, eles tornam as horas de estudo ainda mais produtivas.

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