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MEC pede explicações da Unip sobre possível fraude no Enade

Segundo denúncias, instituição estaria escolhendo os melhores alunos para fazer a avaliação nacional

Por Por CAROLINA VELLEI e MARIANA NADAI
Atualizado em 16 Maio 2017, 13h47 - Publicado em 5 mar 2012, 19h16

O Ministério da Educação (MEC) encaminhou, na última quinta-feira (1º), um pedido de explicações à Universidade Paulista (Unip), que deve ser respondido em até 10 dias, após receber uma denúncia sobre possíveis irregularidades nas notas da instituição no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade).

De acordo com as denúncias, feitas por uma instituição de ensino superior concorrente à Unip, encaminhada ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), a Universidade Paulista estaria escolhendo apenas os melhores alunos de cada curso para fazer a prova do Enade, melhorando assim a nota dessas graduações.

A prova, aplicada anualmente a universitários, avalia a qualidade do ensino oferecido por faculdades, centros universitários e universidades de todo o país. Os números são muito utilizados pelas instituições em material publicitário para atrair novos alunos e, em caso de baixo desempenho, as instituições de ensino podem sofrer punições do MEC, como suspensão de vagas.

De acordo com a vice-reitora da Unip, a professora Marília Ancona, não há nenhuma irregularidade dentro da instituição e todos os estudantes que devem realizar o exame o fazem. “Não estamos escolhendo estudantes para fazer a prova. Há vários erros nessa denúncia, entre eles o de que o número de concluintes é muito diferente dos que entram na universidade. O número que usaram para fazer essa denúncia é do censo, que soma os formandos do primeiro e do segundo semestre, mas só fazem o Enade – as provas acontecem no final do ano – os concluintes do segundo semestre da instituição. Por isso essa diferença”, explica a professora.

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Segundo Marília Ancona, a denúncia é fruto de uma surpresa da instituição concorrente, que achou estranho a melhora das notas da Unip na avaliação nacional. Em 2009, por exemplo, diversos cursos de Direito da universidade conseguiram a maior nota na prova, o conceito 5. “Essa melhora não foi surpresa para nós. Depois dos nossos primeiros resultados no Enade, que foram muito ruins, fizemos uma avaliação e, em 2007, montamos um programa de aperfeiçoamento da qualidade dos cursos”, diz.

A vice-reitora conta que após o Enade 2008, o MEC já havia pedido algumas informações sobre a Unip, por notar uma discrepância muito grande entre o número de ingressantes e o de concluintes. “Explicamos que essa diferença existe porque com a mudança curricular, os cursos se tornaram mais difíceis e muitos alunos acabam desistindo de continuar na instituição. Além disso, como recebemos estudantes com formações muito heterogêneas, é normal que alguns demorem mais para se formar”. De acordo com a professora, o MEC aceitou as informações da instituição.

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