De acordo com o Censo Demográfico de 2010, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os autodeclarados negros (conjunto que inclui pretos e pardos) constituem 50,7% da população brasileira. No entanto, eles são minoria entre os concluintes do ensino superior, segundo um estudo do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) feito a pedido do UOL.
Dos universitários que fizeram Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) em 2010, apenas 6,13% se declaravam pretos ou pardos. Na carreira de medicina, apenas 2,66% dos concluintes em 2010 eram pardos ou pretos.
Em 2010, apenas 16.418 estudantes concluintes que prestaram o Enade se declararam negros de um total de 267.823 universitários. Em 2009, foram 35.958 negros dos 663.943 estudantes que fizeram o exame.
Em relação ao desempenho dos estudantes no Enade, os estudantes negros têm nota 1,7% menor do que os alunos não negros. Para o presidente do Inep, a diferença entre alunos negros e não negros é maior na educação básica, mas tem diminuído.
O Enade
Criado em 2004, o Enade é aplicado anualmente pelo Inep e integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). O objetivo é avaliar o desempenho dos estudantes com relação aos conteúdos previstos nos cursos de graduação e avaliar a qualidade de cursos e instituições de ensino públicas e particulares de todo o país.
Participa do exame uma amostra selecionada de estudantes do primeiro e do último ano dos cursos. Para os selecionados que estão terminando a faculdade, a participação é obrigatória e condição indispensável para a emissão do histórico escolar. Estudantes não selecionados também podem fazer a prova como voluntários.
Na análise do Inep descrita nesta matéria, apenas os resultados de estudantes do último ano foram considerados.
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