OAB propõe estágio em favelas para estudantes de Direito
Para presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, curso precisa formar cidadãos conscientes e não apenas burocratas
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Furtado Coelho, fez uma proposta de alteração no currículo dos cursos de Direito para o Ministério da Educação (MEC). A ideia é incluir um estágio de seis meses em comunidades carentes como alternativa ao estágio já previsto na grade curricular de muitos cursos, que hoje é realizado em fóruns, juizados e tribunais. Para Coelho, o que se tem hoje são “experiências de faz de conta".
– Saiba tudo sobre a carreira em Direito
– Ministro da Educação diz que novos cursos de Direito terão de oferecer estágio obrigatório
Segundo o Estado de S. Paulo, no entanto, a proposta não é a de que o estágio seja obrigatoriamente realizado em comunidades carentes, mas terá de dar experiência prática no exercício do Direito. O estudante poderá escolher atuar em favelas, empresas, escritórios, tribunais etc., de acordo com sua afinidade.
A proposta foi apresentada nesta segunda-feira (29) durante um evento em Teresina e incluiu uma possível ampliação da carga horária e inclusão de disciplinas. Para Coelho, a grade curricular atual “é do século 19 e a metodologia e o sistema de avaliação são precários” Ele diz que falta ao curso formar “cidadãos conscientes de seu papel no mundo e não meramente burocratas ou tecnocratas"; ele diz também que boa parte dos alunos sai das instituições de ensino superior sem conhecimentos básicos, como processo eletrônico e prática do Direito.
A criação de novos cursos de Direito está suspensa desde o início do ano e deve durar 12 meses, até que a OAB e o MEC criem um marco regulatório e um novo currículo para a área.
LEIA MAIS
– Notícias de vestibular e Enem