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Palmatória ainda é usada como punição corporal em 20 estados norte-americanos

Mais de 220 mil crianças foram alvo de punições desse tipo entre 2005 e 2006

Por da redação
Atualizado em 16 Maio 2017, 13h44 - Publicado em 4 abr 2011, 13h56

Todos os anos, os Legislativos estaduais dos Estados Unidos debatem se a punição corporal é uma forma arcaica de violência contra a criança ou o adolescente, ou um meio eficaz de disciplina. Isso, porque ainda existem 20 estados norte-americanos que utilizam a palmatória (um artefato, na maioria das vezes feito em madeira, com uma haste e uma chapa na ponta) para punir estudantes indisciplinados.

Punições violentas em estudantes, como o uso da palmatória, é uma prática recorrente em estados norte-americanos

O assunto voltou à tona em março, após um aluno do segundo grau da escola City View, em Wichita Falls, no Texas, contar para os legisladores do estado que recebeu três golpes de palmatória na parte de trás de seu corpo, após escapar da sala de detenção da escola. Os golpes foram tão fortes que deixou marcas profundas no garoto, que foi parar no hospital. O estado está considerando proibir a punição corporal.

Além do Texas, também no mês passado os legisladores do estado Novo México, onde mais de um terço dos distritos escolares permitem a punição corporal, aprovaram uma proibição à palmatória. Para vigorar como lei, a medida precisa ser assinada pela governadora Susana Martinez, que não deu nenhum parecer sobre a aprovação do projeto.

Proibições de punições violentas sofrem resistência
Apesar de ser uma prática considerada violenta, a proibição do uso da palmatória para disciplinar os estudantes vem sofrendo resistência nos Estados Unidos. O senador estadual Vernon D. Asbill, professor e administrador escolar nodo Novo México, por exemplo, acredita que a prática feita com a supervisão e a aprovação dos pais é apropriada. Para ele, a ameaça da punição mantém os alunos na linha.

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A manutenção da punição violenta também é apoiada por muitos estudantes no país. Na Louisiana, onde a punição corporal também é legalizada, alunos, direção e o conselho da escola St. Augustine High School entraram em conflito, após a proibição do uso da palmatória.

A escola foi pressionada a proibir a prática pelo arcebispo Gregory Aymond de New Orleans, que disse que a palmatória promove a violência. Entretanto, a administração escolar e os alunos querem que o método de punição seja reinstaurado. O argumento é que a palmatória para pequenos delitos tem ajudado a St. Augustine – única escola católica de New Orleans – a construir o caráter dos alunos e atingir notas mais altas.

Os alunos da instituição chegaram a realizar uma passeata em apoio ao uso do instrumento.

De acordo com estimativas do Departamento de Educação federal, 223.190 crianças foram alvo de punição corporal nas escolas durante o ano escolar de 2005-2006.

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A palmatória pelo mundo
A palmatória foi utilizada como ferramenta de punição física em estudantes do mundo todo. No Brasil, seu emprego foi introduzido pelos jesuítas, como forma de disciplinar os indígenas. A prática só começou a ser repensada em 1970, com as campanhas pelo fim da violência infantil, na década de 1970. Na década de 1980, foi considerada crime.

Assim como no Brasil, o uso da palmatória, e do castigo físico em geral, é considerado crime em diversas partes do mundo. Entretanto, alguns países demoraram bastante para criminalizar a prática. A Inglaterra, por exemplo, só suspendeu o castigo físico em 1989. Mas, o exercício pode voltar a assombrar crianças e adolescentes do país, já que em 2004 o parlamento inglês voltou a discutiu a necessidade de aplicar castigos físicos como medida educacional legítima.

*Com informações do The New York Times e Revista Espaço Acadêmico

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