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Primeiros colocados dão dicas de como ir bem nas provas

O GUIA DO ESTUDANTE conversou com vários aprovados no Sisu e nos vestibulares deste ano; veja as dicas

Por Ana Lourenço
Atualizado em 18 ago 2017, 11h30 - Publicado em 22 fev 2017, 17h35

Conquistar uma aprovação nas primeiras colocações dos vestibulares mais concorridos do país não é uma tarefa nada fácil. Mas, afinal, o que os estudantes nessas posições fizeram de diferente? O GUIA DO ESTUDANTE conversou com vários aprovados no Sisu e nos vestibulares deste ano para descobrir. Veja as respostas abaixo e se inspire!

Curso Enem

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Foto: Arquivo pessoal ()

Bruno Lucas Andrade, 18 anos
> 1º lugar em Medicina na UFMG

Aprovado em um dos cursos mais concorridos do Sisu e segundo colocado na Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, Bruno enfrentou uma rotina pesada de estudos: pela manhã, aulas no cursinho Fibonacci, e depois uma sessão individual que podia durar várias horas – inclusive nos fins de semana.

Preparação
“Eu fazia simulados todos os sábados. Ao longo do ano fiz cerca de 13.000 questões. Meu principal ponto fraco até o início do ano passado era a redação, inclusive não consegui ser aprovado pela nota do Enem 2015 devido ao fraco desempenho. Por isso, tive uma dedicação especial nisso e fazia de 2 a 3 redações por semana no modelo exigido pelo Enem. Assim, cheguei para a prova preparado para praticamente qualquer tema. Ao longo do ano, cheguei a fazer cerca de 70 redações. E todo esse esforço me rendeu 960 pontos na prova de redação.”

Dica
“A frase ‘o único lugar que sucesso vem antes de trabalho é no dicionário’ sintetiza o que eu creio que me rendeu o primeiro lugar. A árdua rotina de estudos e a dedicação ao longo de todo o ano de 2016 foi determinante para que eu alcançasse o 1º lugar em medicina na UFMG. Eu aconselho aos estudantes que prestarão o vestibular que eles se dediquem ao longo do ano e tenham uma rotina de estudos individuais para que possam por em prática os conhecimentos adquiridos nas aulas teóricas.”

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Foto: Arquivo pessoal ()

Ana Beatriz do Prado Schiavone, 18 anos
> 1º lugar em Psicologia na UFSCar

Ana Beatriz também foi aprovada na USP Ribeirão Preto e na Unesp, em Bauru. Optou pela USP, que sempre foi seu sonho e possui um enfoque alinhado às suas preferências. A Psicologia foi sua escolha porque, segundo ela, “sempre fui fascinada pela mente humana”.

Preparação
“Ia para o cursinho extensivo de manhã, almoçava, descansava um pouco e estudava das 14h30 até umas 19h ou 20h. Fiz também curso de redação uma vez por semana, e fiz todos os simulados do cursinho. No fim do ano, fiz um intensivo de exatas e biologia para as segundas fases. Acho que o que me ajudou a alcançar o 1º lugar na UFSCar foi, definitivamente, o curso de redação. Não estudei de modo diferente para o Enem, meu foco sempre foi a Fuvest. Minhas maiores dificuldades foram conseguir manter a rotina de estudos e superar minhas dificuldades em exatas.”

Dica
“Acredito que é fundamental nessa fase se manter calmo. Nunca tive pressão nenhuma dos meus pais, o que já ajuda muito. Procurava sempre pensar que meu esforço daria resultado e que, se fosse preciso, mais um ano de cursinho não me mataria. Como qualquer ser humano, fiquei um pouco nervosa, mas tentava sempre manter a calma. Para quem vai prestar vestibular esse ano: estude todos os dias e tenha sua rotina, mas tire um tempo para descansar e fazer o que gosta, acho isso essencial para manter a serenidade e o foco. E, também, foque nas matérias que tem mais dúvidas.”

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Foto: Colégio COC ()

Artur Favaretto Pereira, 17 anos
> 1º lugar em História na UFSC e na Udesc

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A primeira colocação de Artur veio diretamente do ensino médio, que cursou no colégio COC Floripa, sem ajuda de cursinho. Ele conta que vem fazendo a prova do Enem desde o primeiro ano e, no segundo, foi um dos 104 alunos a obter 1000 na redação – com a qual conseguiu uma aprovação em Direito na UFF.

Preparação
“Durante todo o ano de 2016 optei por estudar em casa. Após a escola, estudava durante toda a tarde, com exceção dos finais de semana. À noite, intercalava semanalmente o estudo, com uma ou duas horas por dia. Creio que as palavras-chave são dedicação, esforço, persistência e organização. Muitas vezes acabava por não compreender totalmente um assunto, ou até vários, mas focava nas dúvidas e corria atrás do apoio necessário, fosse de professores ou de colegas. Por todo o ano esquematizei minhas metas diárias e semanais, para acompanhamento e regularidade com o que fora passado em sala. Assim, reunia as características fundamentais e lutava para me manter dentro dos meus cronogramas, mas sempre respeitando meus limites.”

Dica
“Digo que a força de vontade e o autoconhecimento, embora não sejam tudo, valem muito. O desenvolvimento das suas áreas de maior qualidade, tanto ao longo do tempo de estudo quanto na realização das provas, e o conhecimento dos pontos a melhorar, esquematizando desde o que estudar e resolver primeiro até quando fazê-lo, podem propiciar um preparo mais confiante e estimulante, podendo alavancar seus resultados. Organize suas metas, seus arquivos e horários; valorize seus acertos, persista nos seus erros, sempre dedicando-se ao seu máximo, que o resultado virá!”

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Foto: Arquivo pessoal ()

Murilo de Britto Vannucci, 20 anos
> 1º lugar em Ciências Biológicas na UFPel

Murilo fez o ensino médio em escola pública e completou os estudos com o cursinho COC que fez em São Bernardo do Campo, interior de São Paulo. Foi aprovado também em Biologia Marinha na Unesp. Ele vem prestando o vestibular há três anos, mas só tomou a decisão por Biologia após a influência dos professores no cursinho.

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Preparação
“Minha rotina de estudos foi bem simples, não foi nada exuberante. Eu ia para as aulas no período da manhã e, durante a tarde, estudava de duas a três horas, fazendo pausas e sabendo o meu limite. Até agora não estou acreditando que passei em primeiro lugar! A aprovação eu já esperava, por ter batalhado muito por isso, mas o primeiro lugar me surpreendeu! Mas acredito que o principal para alcançar qualquer coisa dentro do mundo acadêmico seja a constância e persistência.”

Dica
“Não desista do que você deseja, não ligue se os outros disserem que você não é capaz, não deixe de estudar, saiba seus limites e, uma das mais importantes dicas, na minha opinião, saiba tirar um tempo para você mesmo! Um dia da semana para si mesmo é fundamental para manter-se descansado.”

Foto: Colégio Pitágoras ()

Renata Mota de Carvalho, 17 anos
> Aprovada em Direito na UEMG e na UFPB

As aprovações de Renata também vieram direto do terceiro ano do ensino médio, que cursou no Colégio Pitágoras de Carajás. Ela obteve 940 pontos na redação do Enem 2016, e diz que sonha em se tornar delegada após concluir o curso de Direito.

Preparação
“Estudava todos os dias, no mínimo 4 horas. Ia para o colégio todas as manhãs e retornava 3 dias durante a tarde, e todos os sábados fazia prova. As duas tardes que não tinham aulas eram dedicadas para os estudos, e à noite também me dedicava, principalmente, para a redação. Tinha um objetivo e motivação para me dedicar mais aos estudos, então elaborei uma planilha com os horários e as matérias que eu iria estudar no dia, que passei a cumprir fielmente.”

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Dica
“Tenha dedicação e objetivo, elabore um plano de estudos e abra mão de certas coisas, principalmente no terceiro ano, para focar intensamente no vestibular, além de ficar ligado em atualidades.”

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Foto: Colégio COC ()

Carolina Pacheco Serra Serqueira, 18 anos
> 1º lugar em Direito na PUC-Campinas

Carolina já coleciona aprovações em Direito: além do primeiro lugar na PUC de Campinas, ela também passou na UFMG, na USP, na Unesp e na PUC São Paulo. Ela conta que não fez cursinho e se dedicou apenas durante o ensino médio, cursado no colégio COC Itapira.

Preparação
“A palavra que me guiou foi ‘equilíbrio’. Sabia que havia muito conteúdo a ser absorvido, mas que de nada adiantaria absorvê-lo e detonar meu preparo psicológico no processo. Então não me prendi 100% a módulos e exercícios: levei o material escolar como um guia, mas também me utilizei de métodos como livros não-didáticos sobre os assuntos dados em aula, as revistas do Guia do Estudante, filmes e aulas online para tornar o aprendizado mais dinâmico e menos cansativo. Além disso, respeitei os meus limites e sempre parei quando senti que não estava rendendo muito bem. Foi o preparo psicológico que me deu o jogo de cintura necessário para lidar com provas nas quais eu não tinha controle integral sobre o conteúdo – afinal, é impossível ter – e os métodos de estudo alternativos, como livros não cobrados e filmes, que me valeram uma nota alta na redação.”

Dica
“Planeje seus estudos, mas não tenha medo de mudar esse planejamento! Aprenda a ver o estudo como um investimento em você mesmo, que você faz do seu jeito, sem seguir padrões e regras; seu estudo deve se encaixar em você, nos seus limites e nas suas vontades. E o equilíbrio: sua vida social e familiar e sua saúde são tão importantes quanto o desempenho escolar e profissional.”

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Foto: Colégio Pitágoras ()

João Gabriel Purper Arruda, 17 anos
> Aprovado em Engenharia Mecânica na UFSM

João Gabriel é mais um aprovado diretamente do ensino médio, que cursou no Colégio Pitágoras de Carajás, e conta que escolheu o curso por sempre ter gostado de carros e aviação, além da preferência pela área de exatas.

Preparação
“Estudava de manhã na escola e duas vezes na semana voltava à tarde. Portanto tinha como tempo livre o período da tarde na semana, além do final de semana. Minha rotina de estudos sempre começava da seguinte forma: chegava em casa, almoçava e depois tirava um cochilo de meia hora no máximo. Na maioria das vezes começava a estudar às 14h e só parava por volta das 18h. De hora em hora, eu tirava uns 5 minutos para relaxar a cabeça e tomar água. A partir das 18h fazia mais 1 hora de exercícios no livro e na internet. Por volta das 19h30, eu ia ao clube nadar ou para a academia. Acredito que o que me rendeu a aprovação foi a persistência e a disciplina, porque fazer a mesma rotina por meses é cansativo e enjoa. Além disso, tem que saber se policiar, porque festas não faltam no ano, é bem tentador. O pouco tempo para lazer, então, nem se fala. Tem que persistir no caminho e saber dizer ‘não’ para algumas coisas.”

Dica
“Recomendo antes de tudo traçar um plano de estudos e ver qual o melhor horário pra estudar. Fazer resumos nas folhas, gravar áudios no celular e depois escutar, sempre fazer os exercícios que o professor propõe, são algumas das formas que ajudam na hora de relembrar e fixar o conteúdo. É sempre bom refazer as provas dos anos anteriores, isso te ajuda a entender como eles cobram as questões. Mesmo que seja necessário estudar e estudar sempre mais, um lazer nunca pode faltar pra relaxar a mente, porque estudar sob estresse e ansiedade não ajuda em nada. É bom incluir no plano de estudos um dia, se puder, de lazer… sábado e domingo. Recomendo muito fazer o que mais gosta, sair com os amigos, tocar algum instrumento musical, fazer um esporte. Além disso, na hora do estudo, esqueça o celular e as redes sociais. É um ano que você vai sofrer um pouco, mas vai colher frutos muito doces no ano seguinte e para o seu futuro.”

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Estudo, Universidades
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