Atualizado em 24/07/2012
As instituições de ensino superior rejeitaram, por unanimidade, a proposta de reajuste salarial feita pelo governo no último dia 13. O levantamento foi divulgado na última segunda-feira (23), pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), a partir das resoluções obtidas nas assembleias gerais dos professores, realizadas entre os dias 16 e 20 de julho. Em reunião com o Ministério do Planejamento, o sindicato apresentou uma contraproposta, mas não houve acordo. O impasse entre governo federal e professores de universidades federais continua. Um novo encontro foi agendado para quarta-feira (24).
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Professores em greve fazem manifestação em frente ao Palácio do Buriti em Brasília (Elza fiúza/ABr)
Os professores estão em greve desde 17 de maio. No total, 56 das 59 universidades federais, além de 34 dos 38 institutos federais de educação tecnológica aderiram à paralisação. Eles reivindicam reestruturação da carreira e melhores condições de infraestrutura nas instituições. Segundo o sindicato, a proposta feita pelo governo não contempla todas as exigências de melhoria das condições de trabalho e de valorização salarial.
A proposta apresentada previa mudanças no plano de carreira, que seriam realizadas a partir de 2013, e um reajuste salarial, com um aumento que, de acordo com o governo, poderia chegar a 45,1% para o topo da carreira (professores titulares com dedicação exclusiva). Além disso, para "incentivar o avanço mais rápido e a busca da qualificação profissional e dos títulos acadêmicos", os níveis de carreira seriam reduzidos de 17 para 13.
Os representantes das instituições federais de ensino, no entanto, se disseram insatisfeitos com a proposta. Segundo a presidente da Andes, Marinalva Oliveira, a oferta governamental não atende às reivindicações da categoria porque beneficia um percentual pequeno dos docentes universitários.
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