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Quanto maior o grau de escolaridade, maior a diferença salarial entre homens e mulheres, diz relatório do IBGE

Pesquisa também revela que um em cada cinco jovens de 15 a 29 anos não estuda nem trabalha e, desses, 70% são do sexo feminino

Por da redação
Atualizado em 16 Maio 2017, 13h28 - Publicado em 29 nov 2013, 17h49

Segundo o relatório "Síntese de Indicadores Sociais" divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta (29), a diferença salarial entre gêneros aumenta conforme o grau de escolaridade. Em 2002, o rendimento das mulheres era equivalente a 70% do rendimento dos homens. Em 2012, dez anos depois, a relação passou para 73%. Para aqueles com 12 anos ou mais de estudo, a situação é ainda mais desigual: o rendimento feminino cai para 66% da renda masculina.

Também há diferenças em relação à ocupação de cargos gerenciais: o acesso de pessoas com 25 anos ou mais aos cargos de direção ficou em 5% para as mulheres e 6,4% para os homens. “Mesmo em setores em que as mulheres são maioria, como os setores de saúde, educação e serviços sociais, há uma desigualdade maior entre homens e mulheres”, disse à Agência Brasil a pesquisadora do IBGE Cristiane Soares. Nessas áreas, o rendimento das mulheres em cargo de chefia corresponde a apenas 60% do rendimento dos chefes homens. Por outro lado, as mulheres ainda são maioria na ocupação de trabalhos precários e não remunerados.

Cresce acesso à educação, mas desigualdade racial ainda é grande

Os dados, obtidos na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) entre 2002 e 2012, revelam ainda outras situações de desigualdade no campo do trabalho e da educação. A proporção de jovens de 18 a 24 anos no ensino superior passou de 9,8% para 15,1% em dez anos. Mas, enquanto 66,6% do total de estudantes brancos nessa faixa etária frequentavam o ensino superior, só 37,4% dos estudantes pretos ou pardos cursavam o mesmo nível.

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A escolaridade média da população de 25 anos ou mais de idade aumentou de 2002 a 2012, passando de 6,1 para 7,6 anos de estudo completos, sendo que 40,1% das pessoas dessa faixa etária alcançaram 11 anos de estudo ou mais. O aumento da escolaridade foi mais intenso para os 20% “mais pobres”, cujo crescimento foi de 58%, enquanto os 20% “mais ricos” apresentaram uma elevação de 10% na média de anos de estudo entre 2002 e 2012.

Sem trabalhar nem estudar

O estudo também revela que um em cada cinco jovens brasileiros de 15 a 29 anos não trabalhava nem frequentava a escola em 2012 e, destes, cerca de 70% eram mulheres. O grupo, chamado de nem-nem, reúne 9,6 milhões de pessoas. Entre elas, 58,4% tinham pelo menos um filho. A proporção cresce com a idade: 30% das meninas com idade entre 15 e 17 anos, 51,6% entre 18 a 24 anos e 74,1% do grupo entre 25 e 29 anos. Para a coordenadora-geral da pesquisa, Ana Lúcia Saboia, não é possível atestar uma causa direta entre ter filho e não trabalhar nem estudar. “Precisamos ter uma estrutura melhor de creches, por exemplo. Nós mulheres sabemos como é difícil conciliar trabalho com filho”, comentou ela à Agência Brasil.

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Veja outros dados da pesquisa aqui (PDF) e aqui.

 

 

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