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Quer trabalhar em uma startup? 5 áreas para se profissionalizar

Saiba quais habilidades é preciso dominar para entrar no mercado da inovação e enfrentar o desafio de empreender

Por Abril Branded Content
Atualizado em 16 Maio 2017, 13h27 - Publicado em 22 set 2016, 19h26

Quer trabalhar em uma startup? 5 áreas para se profissionalizar
(Imagem: iStock)

Trabalhar no promissor mercado de tecnologia e inovação é o desejo de muitos estudantes (e profissionais). Oportunidades não faltam. Startups de tecnologia do mundo todo abocanharam mais de 98 bilhões de dólares de fundos de investimento no ano passado – valor superior ao de 2014, segundo pesquisa das consultorias CB Insights e KPMG. Mas como se preparar para entrar em um mercado competitivo que tem algumas das mentes mais brilhantes do Vale do Silício e da engenharia mundial? O primeiro passo é investir em educação. Está interessado, mas não sabe por onde começar? Preparamos uma lista com cinco áreas em crescimento e as disciplinas a serem estudadas, com as histórias de startups fundadas por jovens:

Impressão 3D

Em 2015, 278 000 impressoras 3D foram vendidas no mundo todo, e a indústria de manufatura aditiva cresceu 25,9%, atingindo a cifra de 5,165 bilhões de dólares, de acordo com relatório da consultoria Wohlers. Essa indústria deve continuar se expandindo nas próximas décadas. As possibilidades dentro do universo da impressão 3D são vastas: construção, medicina e indústria aeroespacial são apenas algumas de suas verticais, e multiplicam-se as histórias de sucesso dentro delas.

Vale conhecer, por exemplo, o caso da Natural Machines, uma startup de Barcelona, na Espanha, que criou o Foodini. Esse aparelho, misto de impressora 3D e utensílio para a cozinha, é capaz de imprimir alimentos, de biscoitos de chocolate a massa de pizza e nhoque e hambúrguer. Aqui, no Brasil, há o caso de startups que compram impressoras 3D tradicionais para prestar serviços de impressão para outras empresas, como o Polygon Lab, de São Paulo, e outras que até fabricam as próprias impressoras, caso da Cliever, de Porto Alegre. As oportunidades são boas especialmente para aspirantes da engenharia.

Realidade virtual

Considerada a próxima grande plataforma computacional por Mark Zuckerberg, criador do Facebook, a realidade virtual começa a aumentar sua presença em nossas vidas. A consultoria IDC estima que o setor se expanda de 5,2 bilhões de dólares, em 2016, para cerca de 162 bilhões de dólares em 2020. Grandes empresas lançam um número cada vez maior de headsets de imersão, enquanto fabricantes de chip investem no hardware para fazer os computadores rodarem a tecnologia.

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Um bom caminho é investir na produção de games, aplicativos e conteúdo em realidade virtual, já que a demanda crescerá cada vez mais, à medida que os consumidores adquirirem seus headsets. Por exemplo, a startup alemã NOYS permite que músicos e bandas inteiras façam performances em mundos virtuais. A empresa oferece aos artistas todo o equipamento para que eles transportem a experiência da performance musical para o mundo digital. Outra empresa, chamada Virt, de Las Vegas, desenvolveu um robô equipado com câmeras para mapear o interior de imóveis e oferecer um passeio virtual a possíveis compradores. Por fim, a brasileira YouFacer planeja atacar o problema de distribuição de conteúdo com uma plataforma compatível com diversos dispositivos, em que o usuário poderá consumir vários tipos de conteúdo em realidade virtual.

Inteligência artificial

Apesar de os robôs humanoides impressionarem por sua capacidade de realizar tarefas quase como seres vivos, a maior expansão da inteligência artificial acontece nos bastidores. Computadores e sistemas superinteligentes chegam aos poucos a diversos setores da economia, como empresas de serviços financeiros, hospitais e comércio. As máquinas usam algoritmos de aprendizado e processadores de última geração para solucionar problemas baseados em seus próprios cálculos, auxiliando na tomada de decisão dos humanos.

Segundo levantamento da consultoria Markets and Markets, o setor de inteligência artificial crescerá de 419,7 milhões de dólares, em 2014, para 5,05 bilhões de dólares em 2020. Esses valores representam grandes oportunidades para jovens na área da ciência da computação. Nesse caso, disciplinas específicas dentro desse campo de estudos, como aprendizado de máquina e algoritmos complexos, além de engenharia de software e hardware, são necessárias para entrar com fôlego nesse mercado competitivo.

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Entre as startups nessa área, a californiana Botanic cria interfaces de voz para sistemas que interagem com humanos. A Banjo, também dos Estados Unidos, desenvolve uma ferramenta que prevê desastres e perigo com base em “sinais sociais”. O objetivo da empresa é, no futuro, ser capaz de inviabilizar atos terroristas com a ajuda da inteligência artificial.

Dinheiro virtual e a blockchain

Os anos de euforia em torno do bitcoin ficaram para trás, mas a moeda virtual trouxe progressos tecnológicos e conceitos importantes para o futuro da economia global. Um desses avanços foi a blockchain – sistema que funciona como um livro de registros virtual no qual as transações são contabilizadas e permanecem disponíveis para consulta. A blockchain ajuda a acelerar processos financeiros e a manter a transparência deles. É aqui que muitas startups têm encontrado oportunidades de inovação.

A americana Provenance, por exemplo, busca ampliar a transparência da cadeia produtiva utilizando a blockchain para registrar o caminho de insumos e o “histórico” dos produtos que chegam ao mercado. Já a Colony coloca os dois pés no futuro: a startup do artista Jack du Rose, colaborador do britânico Damien Hirst, arquiteta um sistema para interligar indivíduos e empresas para realizar trabalhos e projetos como uma colônia interligada.

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Meio ambiente

Gurus do empreendedorismo do Vale do Silício, como Paul Graham, da aceleradora Y Combinator, são unânimes ao dizer que boas ideias de startups surgem de onde existem problemas a serem resolvidos. Nosso meio ambiente é uma grande fonte desse tipo de desafio. O Acordo de Paris, tratado climático firmado em abril deste ano, dá claras indicações de que, se nada for feito em relação à emissão de gases de efeito estufa e às mudanças climáticas, a sobrevivência humana na Terra estará ameaçada. É por isso que muitas startups têm investido nessa área. A Ecoviate, por exemplo, desenvolveu um equipamento chamado Co2ube, que se conecta ao escapamento de veículos e usa um processo químico de fotossíntese para diminuir a emissão de dióxido de carbono.

Mas há muitas verticais e nichos de oportunidade dentro da área ambiental, como a de segurança alimentar. No mundo todo, é desperdiçado anualmente 1,3 bilhão de toneladas de comida, um terço do total da produção. Para atacar esse problema, a startup VacuVita desenvolveu um recipiente a vácuo que mantém alimentos frescos por um período até cinco vezes maior, ampliando sua preservação.

Esses são apenas alguns exemplos que ilustram a magnitude da oportunidade dentro do setor de tecnologia. Oportunidades não apenas de obter sucesso financeiro, mas também de fazer a diferença – no mundo e na vida de milhares de pessoas.

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