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Saiba como se candidatar a Harvard mais de uma vez

Nem sempre é possível uma aprovação imediata em universidades americanas de prestígio. Conheça a história da brasileira aprovada na segunda tentativa

Por Priscila Bellini, do Estudar Fora
Atualizado em 25 jul 2018, 15h02 - Publicado em 25 jul 2018, 07h00
Universidade cria fundo destinado à reparação de seu histórico escravagista
 (Harvard University/iStock)
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Não é à toa que as universidades da Ivy League tenham fama de competitivas. Se a intenção é, por exemplo, se candidatar a Harvard, as chances de aceite são de 5,2%. Os índices mais generosos ficam para a Universidade Cornell, que aceita 12,5% dos que aplicam para a graduação.

Estabelecer quem passa pelo crivo, portanto, é uma tarefa difícil. Essa porcentagem mínima precisa dar conta de todos os critérios da seleção, que incluem atividades extracurriculares e histórico acadêmico. Para os brasileiros, ainda, há o requisito de proficiência a ser comprovado, por meio de testes como TOEFL e IELTS.

Além disso, o aluno deve demonstrar sua excelência na área de interesse e os resultados obtidos no passado. O processo geralmente conta, também, com uma etapa de entrevistas.

Ainda assim, nem todo mundo consegue o “sim” logo de cara. Para aqueles que recebem a carta de rejeição, a princípio, há novas chances.

Como se candidatar a Harvard (ou outra Ivy League) pela segunda vez

Sim, é possível se candidatar a Harvard mais de uma vez – e o mesmo vale para outras instituições que compõem a Ivy League, associação de universidades americanas.

Antes de deixar de lado o sonho de estudar fora, vale refletir sobre o processo de seleção e sobre quais pontos comprometeram a candidatura. Ou seja, onde foi que o candidato “errou” ao apresentar sua application. De início, essa análise pode ser feita por ele mesmo, por alguém próximo – por exemplo, um amigo que conheça sua trajetória -, ou por um especialista.

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Nessa análise em busca dos erros que “barraram” a aprovação, devem ser levados em conta os diversos fatores estabelecidos na seleção (notas em testes padronizados, desempenho acadêmico no Ensino Médio e pontuação nos exames de proficiência em inglês, por exemplo). Também entram na lista as cartas de recomendação e os essays, que constituem uma parte essencial da candidatura.

Se a nota baixa em uma prova padronizada, com o SAT, salta aos olhos, é possível verificar qual a nota obtida pelos aprovados. Em geral, as universidades listam a média de desempenho dos recém-admitidos em seus sites oficiais.

E agora, o que fazer?

Depois do exercício de reflexão, chega o momento de pensar nos caminhos possíveis. Para se candidatar normalmente, por uma segunda tentativa, o aluno estrangeiro não pode estar cursando uma graduação no país de origem. Isso porque, nesses casos, o modo de admissão seria por transferência, processo diferente da application.

Com a carta de rejeição em mãos, resta elaborar um plano de ação para diferenciar a candidatura da primeira e da segunda investida. Ou seja, o aluno deve se esforçar para que, no período de um ano que separa esses dois momentos, sua application ganhe força.

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Por exemplo, o estudante pode se dedicar a um projeto pessoal, que soará interessante para os responsáveis por admissões. Ou arriscar-se em oportunidades de pesquisa, fóruns e conferências para jovens, ou ainda trabalho voluntário. Se o problema são as notas em testes padronizados, é possível fazê-los novamente.

Exemplo de quem tentou duas vezes – e conseguiu

A alagoana Larissa Maranhão nutriu por anos o sonho de fazer faculdade no exterior. Depois de ser rejeitada na tentativa inicial, decidiu se candidatar a Harvard novamente.

Ela refletiu sobre o que faria de diferente e seguiu a orientação de uma representante do escritório de admissões da universidade: viver novas experiências durante o gap year, o ano entre uma tentativa e outra.

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Ela também detalha quais foram as lições que tirou da experiência antes de embarcar para o curso de Economia da universidades mais prestigiada dos Estados Unidos. “Você pode sentar e desistir, ou pode seguir para alcançar o que deseja, por um caminho alternativo”.

Este artigo foi originalmente publicado por Estudar Fora, portal da Fundação Estudar.

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