Quando um jovem está em busca de um estágio, ele se preocupa em montar um currículo adequado e, durante um processo seletivo, ter um bom desempenho em provas, dinâmicas de grupo e entrevistas. Mas agora há uma nova preocupação: a imagem online.
Isso mesmo. Pode parecer estranho, mas desde que a internet 2.0 se consolidou e fez surgirem as chamadas redes sociais, como Twitter e Facebook, as empresas têm analisado de perto a vida online dos candidatos. Como ele expressa suas ideias em seu Twitter? Ele escreve coisas interessantes em seu blog? Essas respostas podem pesar na hora de conseguir uma vaga.
Carmen Alonso, gerente de treinamento do Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), explica que o jovem deve se preocupar em valorizar a vida online pensando na carreira. E não apenas porque o empregador pode querer analisar os perfis, mas também porque é possível usar a internet justamente para encontrar novas oportunidades e estar preparado para elas.
“A ideia é explorar as possibilidades das redes. Você pode pesquisar eventos, conhecer profissionais da área, buscar por oportunidades de estágio. Aproveite para se unir a grupos de sua área, captar contatos. Isso é se posicionar estrategicamente, criando o seu perfil profissional online”, diz.
E ter essa vida online é importante em todas as áreas? Para Carmen, sim. “Tem um peso maior naquelas da área de comunicação e que trabalham diretamente com internet. Mas uma postura adequada é essencial em qualquer profissão”, afirma.
“E se eu não tenho blog nem perfis em redes sociais? Ficarei prejudicado?”, você pode estar se perguntando. Para Carmen, claro que o jovem pode optar por não ter esses perfis na internet, é sua liberdade. “Mas o fato de tê-los é muito positivo, será bem visto pelo empregador, pois mostrará que é um jovem antenado que usa as ferramentas de seu tempo”, acredita. Para ela, “se você não tem essa vida online perde a oportunidade de ver e ser visto”, diz.
Leandro Lanzoni, 20 anos, está no 3º ano em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero, em São Paulo. Ele conta que sua vida online foi um fator decisivo na hora de conseguir um estágio:
“Em um questionário tive que preencher as redes sociais das quais eu fazia parte e tinha conhecimento, colocar o endereço de meus perfis e do meu blog. Durante a primeira entrevista, com um dos sócios da empresa, já tinha notado que por causa da pesquisa que ele tinha feito previamente no meu blog a conversa pôde se aprofundar um pouco mais, ele já sabia do meu interesse pelo assunto e já tinha lido meus textos. Depois que fui contratado fiquei sabendo que meus perfis nas redes sociais e o conteúdo do meu portfólio, que mantinha no blog, foram importantes na seleção”, diz.
Atualmente Leandro está efetivado na empresa como analista jr. de mídias sociais e leva a sério uma boa presença na rede. Ele tem perfis no Twitter, Facebook, Linkedin, Tumblr, Foursquare, Google Latitude, Blip, Flickr, My Space e Last.fm.
Ele usa seu blog como um cartão de visita, com seus contatos, portfólio com os principais trabalhos e também posts variados:
“No meu currículo sempre coloquei o endereço do meu blog, porém não pensava que as empresas levariam muito a serio. Mas estava enganado, além do estágio, no ano passado consegui vender para uma editora de livros didáticos uma fotografia que tinha feito para um trabalho na faculdade. Eles encontraram a foto em meu Flickr e entraram em contato comigo”.
Confira algumas dicas para usar a internet de maneira positiva para a carreira:
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