Ter diploma universitário no Brasil pode acarretar um aumento de mais de 150% no salário
Relatório sobre educação da OCDE mostra que o Brasil é o país que mais valoriza o ensino superior
Está cansado de ouvir os seus pais falarem que você tem que estudar para entrar em uma faculdade? Pois eles têm razão. Um estudo divulgado na última terça-feira (13), pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostrou que investir no ensino superior resulta em ganhos futuros. E, entre os 30 países estudados, o Brasil é o que mais valoriza este tipo de ensino.
De acordo com o relatório, uma pessoa com ensino superior no Brasil pode ter um aumento de até 156% em seu salário. Isso quer dizer, por exemplo, que alguém que ganha um salário mínimo de R$ 545, com um diploma, poderia ganhar quase R$ 1.400. De um modo geral, a média de crescimento do salário nos países analisados, segundo o estudo, é de pelo menos 50%.
Além de maior salário, a educação é também garantia de emprego. A população brasileira de 15 a 29 anos e com mais estudo é a que tem menor probabilidade de estar desempregada. Entre a população dessa faixa etária que está fora do sistema educacional, 6,2% dos graduados da educação superior estão desempregados. Na mesma situação, estão 10,2% dos jovens que concluíram o ensino médio e 5,58% dos que não concluíram esse nível de ensino. Mas, apesar desta valorização, o relatório da OCDE aponta que 30,1% dos brasileiros entre 15 e 19 anos não estão estudando.
O relatório aponta também que, entre 2000 e 2008, o Brasil foi o país que mais aumentou os gastos por aluno da educação primária até o segundo ciclo da educação secundária (ensino médio), equivalente a uma elevação de 121%.
No entanto, a OCDE disse também que o total do produto nacional investido pelo Brasil em educação continua abaixo da meta da organização. Em 2008, o percentual do Produto Interno Bruto (PIB) destinado à educação, no Brasil, foi de 5,3%. A média da Organização ficou em 5,9% em 2008.
EUA, China e Japão dominam o ensino superior do mundo
A pesquisa da OCDE mostrou que quase metade dos estudantes formados em universidades no mundo vem de apenas três países: Estados Unidos, China e Japão. Do total de 225 milhões de estudantes universitários no mundo, 26% são oriundos dos EUA, 12,1% da China e 11,4% do Japão.
Segundo o texto, o mundo não vai melhorar econômica e socialmente enquanto apenas três países dominarem o ensino superior. Por isso, é importante comemorar o aumento de 25% de alunos ingressando no ensino superior entre os países pertencentes à OCDE, entre 1995 e 2009. Se esta tendência continuar, 59% dos jovens nesses países estarão para a faculdade.
*Com informações da Agência Brasil e do site da revista Good.
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