A Universidade de Brasília (UnB) inicia as aulas do segundo semestre esta semana e preparou uma semana de atividades para recepcionar os ingressantes do meio de ano. Intitulado #InspiraUnB, o projeto pensado para a recepção incluirá palestras na quarta (14) e na quinta-feira (15) durante os turnos matutino e noturno.
As atividades ocorrerão no campus Darcy Ribeiro, na Asa Norte e contarão com palestras para refletir sobre a vivência universitária e o poder da educação. Uma das palestrantes será Duilia de Mello, pesquisadora da Nasa (Agência Aeroespacial Americana) e vice-reitora da Universidade Católica de Washington. Toda a programação e orientação para os calouros pode ser conferida no site Boas-vindas UnB.
Incertezas
Apesar da recepção inspiradora, os alunos da UnB entram na universidade com um clima de incerteza. Noo final de abril, o ministro da educação Abraham Weintraub anunciou que cortaria 30% da verba discricionária de três grandes federais: A Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade Federal Fluminense (UFF).
Em entrevista concedida ao jornal O Estado de S.Paulo, Weintraub afirmou que o corte seria em função da “balbúrdia” promovida nessas universidades e ao baixo desempenho acadêmico delas. A UnB rebateu que subiu do 19º para o 16º lugar em 2018 no ranking anual publicado pela Times Higher Education (um dos mais renomados rankings mundiais) e que mantém a nota máxima, cinco, no Índice Geral dos Cursos (IGC), avaliação do MEC.
Dias depois, o Ministério da Educação informou que o bloqueio de verbas atingiria, na verdade, todas as universidades e institutos federais do país. Atualmente, a UnB está com R$ 48 milhões da sua verba discricionária contingenciada e despesas como pagamento de energia elétrica, transporte nos campi e vigilância são algumas das mais comprometidas.