O Conselho Universitário (CO) da Universidade de São Paulo (USP) vai votar, nesta terça-feira (4), a adoção de cotas para estudante de escola pública através dos dois meios de seleção da universidade: o vestibular da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest) e o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que utiliza as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O CO é a instância máxima da universidade.
De acordo com a proposta – que, caso aprovada, será uma medida inédita na USP -, prevê o aumento progressivo de vagas para cotistas em todos os cursos e unidades, atingindo 50% das vagas até 2021. A medida já teria início em 2018, com 37% das vagas de cada unidade; em 2019, 40% das vagas em cada curso; em 2020, 45% das vagas em cada curso e período; em 2021, 50% das vagas em cada curso e período.
Cotas na Medicina
A Faculdade de Medicina da USP decidiu pela adesão parcial ao Sisu, com 50 vagas das 125 disponíveis. A decisão também é inédita para o curso. Das 50, 40 são para estudantes de escola pública (dos quais 15 para PPI), e os outros 10 para ampla concorrência.
Ingressantes de escola pública
Do total de novos alunos em 2017, 4.036 vieram do ensino público, um total de 36,9%, ante 3.763 do ano passado, que somavam 34,6%. Houve também um aumento nos aprovados autodeclarados pretos, pardos e indígenas (PPI), somando 2.114 pessoas – 19,3% do total, ante 17,1% do ano anterior.
De um total de 11.072 vagas, foram 2.338 oferecidas pelo Sisu. Destas, 1.741 são destinadas à política de cotas (cerca de 75%), sendo 1.155 para estudantes de escola pública e 586 para estudantes de escola pública autodeclarados PPI. A medida que será votada pelo CO não inclui políticas específicas para os estudantes PPI.